tag:blogger.com,1999:blog-9890260421550788902024-03-04T00:26:52.092+00:00Enxertados na Cruz de CristoSer católico, caminho de santidade e elevação da alma até Deusfranciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.comBlogger74125tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-28453398495979353722023-07-07T16:50:00.000+01:002023-07-07T16:50:04.596+01:0016 do Summorum Pontificum<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">Happy 16th Anniversary to Summorum Pontificum, Liberating the Traditional Latin Mass for All Time!<a href="https://t.co/ZcV0OxcRWM">https://t.co/ZcV0OxcRWM</a> <a href="https://t.co/FxKbKpKmR1">pic.twitter.com/FxKbKpKmR1</a></p>— DC Rosary Rally for the Latin Mass (@dcrosaryrally) <a href="https://twitter.com/dcrosaryrally/status/1677317127504646146?ref_src=twsrc%5Etfw">July 7, 2023</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
<p></p>
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr">16º Aniversario del motu proprio Summorum Pontificum del Papa Benedicto XVI<br>¡Eternamente agradecidos!<a href="https://twitter.com/hashtag/MisaTradicional?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#MisaTradicional</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/LatinMass?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#LatinMass</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Messe?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Messe</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Messa?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Messa</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Masse?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Masse</a> <a href="https://t.co/Cg0IniFesa">pic.twitter.com/Cg0IniFesa</a></p>— UNA VOCE SEVILLA - Misa Tradicional (@UnaVoceSevilla) <a href="https://twitter.com/UnaVoceSevilla/status/1677080465604329477?ref_src=twsrc%5Etfw">July 6, 2023</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-71240105194370344302020-01-07T12:54:00.001+00:002020-01-07T12:55:31.364+00:00Todas as pessoas boas vão para o céu? O inferno é real?Dois vídeos do padre Mike:<br />
<br />
Todas as pessoas boas vão para o céu?<br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TT4JAxfhgcQ" width="560"></iframe>
<br />
O inferno é real<br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/7-hTfkMrET0" width="560"></iframe><br />
franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-39010586784386213452019-08-08T12:34:00.000+01:002019-08-08T12:42:12.209+01:00Porquê a missa tradicional?Porque é que por todo o mundo existem católicos a pedir a celebração da missa na forma tradicional, também chamada de forma extraordinária do rito romano?<br />
<br />
<b>Primeiro resposta a algumas ideias erradas:</b><br />
<br />
Quem pede a forma extraordinária não a pede por causa de ser em latim, nem por nostalgia do latim, mas sim por tudo o que ela contém, o latim nem é o mais importante.<br />
<br />
As pessoas entendem a missa em português mas pelo que vemos (falta de vocações, poucos cristãos vão à missa, sacramentos tratados como serviços que a Igreja presta) a vasta maioria não a compreende, vai uma grande distancia entre entender o que é dito em oração até o compreendermos e vivermos. Além de que o que temos em português é uma tradução do missal de 1969 e não do missal usado na forma extraordinária, o texto que supostamente não compreendemos por ser em latim continuamos a não compreender porque o que temos em português é uma tradução de outro texto.<br />
<br />
A Igreja sempre teve e tem uma diversidade de ritos, isso não é factor de desunião, antes pelo contrário é ir ao encontro das necessidades das pessoas e da forma que melhor as ajuda a viver uma vida cristã.<br />
<br />
Procurar a forma extraordinária não leva a nenhum relativismo litúrgico, pelo contrário, é pelo facto de querermos uma expressão clara da nossa Fé e da liturgia que procuramos a forma extraordinária. <br />
<br />
<b>Porque pedimos então a forma extraordinária?</b><br />
O motivo é porque queremos conhecer, viver e transmitir a Fé da Igreja, a Fé que sempre foi conhecida, vivida e transmitida ao longo dos séculos, desde os Apóstolos passando pelos mártires e diversos Santos. Sendo a missa fonte e centro da vida cristã e a Fé a virtude sobrenatural que alimenta a Esperança e a Caridade e nos leva a uma vida cristã, pedimos então uma missa que de facto nos ajude a viver a Fé da Igreja. A forma extraordinária de facto é verdadeira fonte e expressão da Fé da Igreja.<br />
<br />
<b>O que tem a forma extraordinária para de facto ser verdadeira fonte e expressão da Fé?</b><br />
Em primeiro lugar tem claramente um sacerdote e um altar no qual se oferece o sacrifício da nossa redenção em glória e louvor a Deus e para a nossa salvação e santificação.<br />
<br />
Nela vemos claramente que existe uma acção e que essa acção não é nossa mas de Cristo e que não somos nós o centro da atenção mas sim Deus e é a essa acção de Cristo tendo Deus como centro para a qual somos chamados a participar como povo de Deus.<br />
<br />
Nela temos uma riqueza de textos e orações que abrangem todas as características do ser cristão: humildade de nos reconhecermos pecadores necessitados da Graça de Deus, contrição para pedirmos perdão, impetração e propiciação por nós e pelos que faleceram, louvor e glória a Deus vendo no nosso Pai as características do que é bom, justo e verdadeiro, a alegria da salvação, a esperança de alcançarmos o Céu que é a nossa verdadeira morada e o amor e união de reconhecermos o nosso próximo como nosso irmão.<br />
<br />
Nela temos os salmos de impetração, as orações à Santíssima Trindade, a Avé Maria, a invocação do Espírito Santo, o ofertório que é todo ele uma oração magnífica do pecador que encontra o seu Salvador, que expressa claramente a acção que está a acontecer na missa. Temos as três línguas colocadas na Cruz do Senhor: latim, grego e hebraico. Temos a leitura de São Paulo a alertar-nos para nos examinarmos antes de recebermos o Corpo e Sangue do Senhor. Textos que nos recordam dos requisitos da Fé, da exigência dos preceitos morais, da justiça de Deus, do fim-dos-tempos. Temos o contacto e o realce de importantes e exigentes aspectos da doutrina que nos é transmitida pela Sagrada Escritura e que foi constantemente transmitida ao longo dos séculos praticamente desde os Padres da Igreja. Temos o contacto com a plenitude da Verdade que nos encaminha para a conversão e santificação, sendo este o verdadeiro fim da Sagrada Escritura.<br />
<br />
Na evocação e memória dos santos temos um todo uniforme e rico em que as orações os evocam e honram, as leituras salientam as suas virtudes dando-os como exemplo, e o sacrifício eucarístico manifesta a ligação da Igreja Triunfante, representada pela lista de santos no Canon, a todos nós, peregrinos na Igreja Militante. Toda a liturgia expressa a unidade da santificação, mostrando-nos o caminho de santidade: Jesus na Eucaristia e o modelo de santidade que os Santos alcançaram.<br />
<br />
Na Palavra que é lida temos além do Jesus que nos ama e procura o nosso bem-estar e felicidade temos também o Jesus que nos recorda do pecado, nos chama à conversão, nos alerta para os perigos que nos afastam de Deus e nos podem levar à condenação eterna.<br />
<br />
Ao existirem apenas duas leituras é proporcionado um equilíbrio de distribuição do tempo dando maior ênfase ao Sacrifício Eucarístico como centro e motivo da missa, tornando as leituras num momento de oração e preparação da alma para depois nos unirmos a Jesus no oferecimento do Altar e O recebermos em comunhão.<br />
<br />
Ao existir apenas um ciclo anual de leituras facilita a memorização e interiorização dessas leituras, tornando-as em acção de santificação.<br />
<br />
Na forma extraordinária temos os sinais e símbolos do Mistério Pascal que celebramos, a sacralidade e beleza do espaço e dos gestos, o silêncio, a beleza e elevação do canto que nos ajudam a elevar a alma a Deus. São aspectos que nos levam à admiração, louvor e gratidão por tudo o que Deus fez por nós. Nela temos o mais sublime acto de oração da Igreja em adoração a Deus, onde de facto podemos dar o nosso melhor.<br />
<br />
O facto de ser celebrada orientada para o oriente litúrgico, com o sacerdote como pastor a ir na frente do povo de Deus encaminhando-o e orientando-o no caminho da salvação e da oração, coloca o foco da atenção em Deus mostrando-nos o verdadeiro motivo porque estamos ali. Evoca a nossa esperança enquanto aguardamos a vinda do Senhor no fim-dos-tempos. É uma prática antiga e usada de forma consistente pela Igreja ao longo dos séculos, que sempre foi entendida como sendo uma forma adequada para louvor e glória de Deus. É simplesmente colocar o olhar em Cristo como o ponto de encontro em Deus e o Homem.<br />
<br />
A forma como é tratado e reverenciado o Corpo e Sangue do Senhor mostra-nos claramente a verdade da transusbtanciação, que de facto estamos perante já não do pão e do vinho mas do Corpo e Sangue do Senhor, que o alimento que tomamos é de facto do Cordeiro de Deus com o olhar posto no banquete celeste e na vinda do Senhor no fim dos tempos.<br />
<br />
Esta forma, pela virtude da religião, chama-nos à santidade, sendo a santidade a nossa união com Deus, a preparação da alma para se unir a Deus, o desejo e vislumbre da bem-aventurança eterna para a qual fomos criados. É esta santidade a verdadeira fonte das boas obras e do amor ao próximo, é ela que nos leva à humildade, castidade, caridade e fraternidade, obediência, penitência, pobreza de espírito, generosidade, à alegria e ao amor.<br />
<br />
Com a forma extraordinária temos também os exorcismos do baptismo, as bênçãos, indulgências, devoções tradicionais, o ofício divino, missa de requiem pela alma de quem faleceu, as temporas, um tempo litúrgico após o Pentecostes, e tantos outros elementos que formam a nossa identidade católica.<br />
<br />
Em relação ao suposto problema do latim, a leitura da Palavra pode ser feita em português como bem indicou o Papa Emérito Bento XVI, numa época em que felizmente já é elevada a alfabetização, facilmente se acompanha e participa na missa com um missal latim/português. Esse missal será depois bastante útil se for usado em casa como livro de oração pessoal e familiar.<br />
<br />
Assim quando pedimos a forma extraordinária pedimos o mesmo que se pede no rito do baptismo segundo a forma extraordinária: <br />
<i>- Que vens pedir à Igreja de Deus?<br />- A Fé.<br />- E para que te serve a Fé?<br />- Para alcançar a vida eterna.<br />- Então se queres possuir a vida eterna, tens de cumprir os mandamentos: "amarás ao Senhor teu Deus como todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento; e amarás ao teu próximo como a ti mesmo."</i><br />
<br />
A forma extraordinária de facto ajuda-nos a procurar o fim para que fomos criados: a bem-aventurança eterna.<br />
A vós, pastores da Igreja, pedimos a generosidade de a facultardes para que nela possamos participar, pela graça de Deus e pela salvação das almas.<br />
<br />franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-47663901799266152632019-07-25T11:16:00.003+01:002019-07-25T11:16:20.627+01:00Confissões<div style="margin-left: 40px;">
<i><i>Santo Agostinho, Confissões, final do Livro IX:</i></i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<i><i> </i></i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<i>"32. Foi conduzido o cadáver à sepultura. Fui e voltei, sem derramar lágrimas. <u>Nem mesmo chorei durante as orações que Vos dirigimos, ao ser oferecido o Sacrifício da nossa redenção pela defunta</u>,
cujo cadáver já estava depositado junto do sepulcro, antes de o
enterrarem, como ali é costume. Nem sequer chorei durante as orações !
Mas todo o dia senti, no meu íntimo, uma tristeza oprimente. </i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>Com
o espírito agitado Vos suplicava, com todas as forças, que sarásseis a
minha dor. Creio que, se mo não concedíeis, era para gravardes na minha
memória, ao menos por esta única experiência, quanto são poderosos os
laços do hábito até na alma que já se não alimenta com palavras
enganadoras. Lembrei-me de ir ao banho; ouvira dizer que este nome lhe
fora dado por causa dos gregos lhe chamarem balanêion, por aliviar o
espírito de angústias. Confesso também isso à vossa misericórdia, ó Pai
dos órfãos, confesso que depois do banho fiquei como estava, sem
conseguir expulsar do coração esta amarga tristeza. Depois adormeci. </i><br /><br /><i>Acordei
e achei a minha dor bastante mitigada. Estando só, deitado no meu
leito, recordei os versos verídicos do vosso Ambrósio: Vós sois, na
verdade, </i><br /><br /><i>"Deus, Criador de todas as coisas, Regendo o mundo supremo, </i><br /><i>Vestindo o dia com a beleza da luz, Vestindo a noite com a graça do sono, </i><br /><i>Para que o repouso, ao labor de cada dia, Os membros fatigados restitua, </i><br /><i>As mentes cansadas alivie e as tristezas angustiosas dissipe..." </i><br /><br /><i>33.
Depois, pouco a pouco, voltava aos anteriores sentimentos a respeito da
vossa serva. Recordava-me da sua convivência, piedosa para convosco, e
santamente afável e paciente para comigo, e que de repente me fora
arrebatada. <u>Sentia consolação em chorar ante a vossa presença por causa dela e por ela, e também por causa de mim e por mim</u>.
As lágrimas que reprimia, soltei-as para que corressem à vontade,
estendendo-as como um leito sob o meu coração. Este repousou nelas,
porque aí estavam os vossos ouvidos e não os de qualquer homem que
soberbamente interpretasse o meu choro. </i><br /><br /><i>Confesso-Vos
agora tudo isso, Senhor, por escrito. Leia-o quem quiser, interprete-o
como lhe parecer. Se alguém julgar que eu pequei, chorando uns breves
minutos por minha mãe — que eu nesses momentos via morta ante os meus
olhos e que tantos anos por mim chorara para que eu vivesse aos vossos
olhos — , esse não se ria. Mas se é dotado de grande caridade, chore
pelos meus pecados diante de Vós, que sois o Pai de todos os irmãos do
vosso Cristo.</i><br /><br /><i>34. Agora, sarado já o meu coração desta ferida, na qual se poderia censurar a minha sentimentalidade, <u>derramo
diante de Vós, meu Deus, pela vossa serva, uma outra espécie de
lágrimas. Manam dum espírito comovido pelos perigos que cercam toda a
alma "que morre em Adão". Vivificada em Cristo ainda antes de ser
libertada da carne, vivia de tal modo que o vosso nome era louvado na
sua fé e nos seus bons costumes</u>. </i><br /><br /><i>Contudo, não ouso
dizer que desde o tempo em que a regenerastes pelo baptismo, não caísse
de sua boca alguma palavra oposta à vossa lei. O vosso Filho, que é a
Verdade, declarou: "Se alguém chamar 'louco' a seu irmão, será réu do
fogo da geena". E ai da vida humana, ainda a mais louvável, se a
julgardes sem a vossa misericórdia! Mas porque não examinais as nossas
faltas com rigor, confiadamente <u>esperamos </u>algum lugar junto de Vós. <u>Quem,
porém, Vos enumera os seus verdadeiros méritos, que outra coisa expõe
senão os vossos benefícios? Oh ! se os homens se reconhecessem como
homens, "se aquele que se gloria se gloriasse no Senhor!</u>" </i><br /><br /><i>35.<u>
Por isso, "Deus do meu coração, minha glória e minha vida", esqueço um
momento as boas acções de minha mãe, pelas quais alegremente Vos dou
graças, para Vos pedir perdão de seus pecados</u>. Ouvi-me em nome
d'Aquele que é a Medicina das nossas chagas, que foi suspenso do madeiro
da cruz e, sentado "à vossa direita, intercede por nós". Sei que ela
praticou a misericórdia e que perdoou de coração as faltas contra ela
cometidas; perdoai-lhe também as suas dívidas, se algumas contraiu em
tantos anos que se seguiram ao baptismo. </i><br /><br /><i><u>Perdoai-lhe,
Senhor, perdoai-lhe, eu Vo-lo suplico, e "não entreis com ela em juízo".
"Que a vossa misericórdia supere a vossa justiça", pois são verdadeiras
as vossas palavras e prometestes misericórdia aos misericordiosos.
Contudo, se alguém foi misericordioso, a Vós o deve, a Vós</u>, "que Vos compadecereis de quem já tiverdes tido piedade e usareis de misericórdia com quem tiverdes sido misericordioso". </i><br /><br /><i>36. <u>Creio que fizestes já o que Vos suplico, mas desejo, Senhor, que "aproveis esta oblação voluntária da minha boca"</u>. <u>Perto do dia da sua morte, minha mãe</u>
não desejou que seu corpo fosse pomposamente sepultado, nem que fosse
ungido com aromas, nem ambicionou um túmulo magnífico, nem se preocupou
com tê-lo na pátria. Nenhuma destas coisas nos recomendou. <u>Mostrou
apenas desejo de que nos lembrássemos dela junto do vosso altar, onde
nunca tinha faltado um só dia a render-Vos homenagens, porque sabia que
lá se distribui a vítima santa que "destruíra o libelo de condenação,
contrário a nós"</u>. Com essa vítima triunfou do inimigo que enumera as
nossas faltas e procura acusações contra nós. Mas o nosso adversário
nada encontrou n'Aquele com quem nós vencemos. </i><br /><br /><i>Quem
poderá restituir a Cristo Jesus seu sangue inocente? Quem lhe poderá
restituir o preço com que nos resgatou do inimigo para nos arrancar
dele? <u>Era a este mistério da vossa redenção que a vossa serva ligara a sua alma pelos vínculos da fé</u>.
Ninguém a arranque jamais da vossa protecção. Que o leão e o dragão nem
à força nem por insidias se entreponham entre ela e Vós. <u>Para que o
astuto acusador a não convença e arrebate, ela não responderá que nada
deve. Dirá antes que as suas dívidas lhe foram perdoadas por Aquele a
quem ninguém pode restituir o que por nós pagou sem ser devedor</u>. </i><br /><br /><i>37.
Que ela esteja em paz com o marido, já que, anteriormente ou
posteriormente à sua união com ele, com ninguém mais se desposou.
Serviu-o com paciência, alcançando méritos para também o ganhar para
Vós. </i><br /><br /><i><u>Inspirai, meu Senhor e meu Deus, inspirai aos
vossos servos, meus irmãos, aos vossos filhos, meus senhores, a quem
sirvo pelo coração, pela voz e pela pena, inspirai a todos os que lerem
estas páginas que se lembrem, junto ao altar, de Mónica, vossa serva, e
de Patrício</u>, outrora seu esposo, pelos quais me introduzistes nesta vida, dum modo tal que eu ignoro. </i><br /><br /><i>Que
se lembrem, com piedoso afecto, dos que foram meus pais nesta vida
transitória e meus irmãos em Vós, nosso Pai, e na Igreja Católica, nossa
Mãe, e meus concidadãos na eterna Jerusalém. Por esta suspira o vosso
povo na sua peregrinação, desde a partida até ao regresso. </i><br /></div>
<br />
<div style="margin-left: 40px;">
<i>Assim,
graças a estas Confissões, o desejo último de minha mãe será mais
copiosamente cumprido, com as orações de muitos, do que somente com as
minhas."</i></div>
<br />
<br />
<div style="margin-left: 40px;">
<i> </i></div>
franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-20954682795585504112019-05-16T11:00:00.000+01:002019-05-16T11:01:26.884+01:00A mensagem de Fátima e a conversãoArtigo original de <a href="http://www.lanuovabq.it/it/quel-messaggio-politicamente-scorretto-ma-evangelico-di-fatima" target="_blank">Vittorio Messori na la nuova bussola quotidiana</a>, traduzido por <a href="https://padrepauloricardo.org/blog/a-mensagem-politicamente-incorreta-de-fatima" target="_blank">Equipe Christo Nihil Praeponere no site do padre Paulo Ricardo</a>:<br />
<br />
<h1 class="post-caption__title post-caption__title--desktop">
A mensagem de Fátima, tão politicamente <br />incorreta quanto o Evangelho</h1>
<div class="post-caption__callout">
Fátima
possui uma mensagem “dura” que, na linguagem de hoje, dizemos ser
“politicamente incorreta”. Exatamente por causa disso ela está de acordo
com o Evangelho.<br />
<br />
Todas as aparições marianas parecem assemelhar-se umas às outras, <b>havendo sempre no centro das mensagens um apelo à oração e à penitência</b> e, ao mesmo tempo, cada uma é diferente da outra pela "acentuação" de um aspecto particular da fé.<br />
<br />
A aura que circunda Lourdes é pacata, tanto é que se nota que em
nenhuma outra ocasião Maria sorriu tanto, chegando ao ponto de fazê-lo
em três ocasiões. "Ria como uma menina", disse Bernadete. E não sabia,
aquela santinha, que justamente isso iria induzir os austeros
inquisidores da comissão que investigava a autenticidade da aparição a
ficarem ainda mais desconfiados. "Nossa Senhora que ri! Por favor, um
pouco mais de respeito com a Rainha do Céu". Por fim tiveram que superar
essa suspeita: pois <b>foi assim mesmo que tudo aconteceu</b>. Não se deve esquecer, é claro, que esta mesma Senhora que apareceu na gruta, dizendo ser a Imaculada Conceição, <b>assumirá ainda um aspecto um tanto sério, </b>
<b>repetindo os apelos de penitência e oração por si mesmos e pelos pecadores</b>.
Mas há um ar de serenidade, a falta da ameaça de um castigo, que é
talvez um dos aspectos que mais atraem aos Pirineus as multidões que
conhecemos.<br />
<br />
<h3 class="referencia">
Misericórdia e justiça</h3>
A atmosfera de Fátima, ao contrário, <b>parece sobretudo escatológica, apocalíptica</b>.
Ainda que seja com um final que conforta e asserena. É evidente que a
razão principal da aparição portuguesa é conclamar os homens a uma vida
terrena de tremenda seriedade, e que não seja outra coisa senão uma
breve preparação à vida verdadeira, a uma eternidade que pode ser de
felicidade ou ainda de tragédia. <b>É um chamado à misericórdia e, ao mesmo tempo, à justiça de Deus</b>.<br />
<br />
A insistência unilateral de hoje somente sobre a misericórdia esquece a
máxima do "et-et" (a harmonia entre a graça e a natureza, entre o tempo
e o eterno, entre passado e futuro, entre liberdade e justiça) que
preside o espírito do catolicismo e que, aqui, vê em Deus o Pai amoroso
que nos recebe de braços abertos e, ao mesmo tempo, o juiz que pesará
sobre a sua infalível balança o bem e o mal. Recebe-nos no paraíso, sim,
mas um paraíso que é necessário ganhar, gastando da melhor forma os
pequenos ou grandes talentos que nos foram confiados.
<b>O Deus católico certamente não é aquele sádico do calvinismo
que, a seu bel-prazer, divide em duas a humanidade: aqueles que nascem
predestinados ao paraíso e aqueles que <i data-redactor-tag="em">ab aeterno</i> são esperados no inferno.</b>
É assim, afirma Calvino, que Ele manifesta a glória do seu poder. Não, o
Deus católico não tem nada a ver com semelhante deformação. <b>Mas muito menos é o permissivista bonachão, o tio tolerante que tudo aceita e tudo igualmente acolhe</b>,
o Deus de que fala sobretudo o laxismo dos teólogos jesuítas (que foram
condenados pela Igreja) e contra os quais Blaise Pascal lançou as suas
indignadas <i>Cartas provinciais</i>.<br />
<br />
Ainda que soe desagradável aos ouvidos de um certo "bonismo" atual, tão
traiçoeiro à vida espiritual, Cristo propõe à nossa liberdade uma
escolha definitiva para a eternidade inteira: <b>ou a salvação ou a condenação</b>.
Assim, poderia esperar-nos inclusive aquele inferno que omitimos, mas
ao preço de omitirmos também as claras e repetidas advertências do
Evangelho. Nele está contido o comovente apelo de Jesus: "Vinde a mim
vós todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos darei descanso". E
tantas outras são as palavras e gestos de sua ternura. <b>Ainda assim, gostem ou não, nos Evangelhos há também outra coisa</b>.
Há um Deus que é infinitamente bom e infinitamente justo, e a cujos
olhos um homem mau e impenitente não equivale a um fiel crente que se
esforçou, mesmo com as limitações e as quedas de todo ser humano, em
levar a sério o Evangelho.<br />
<br />
<h3 class="referencia">
O inferno não é uma invenção</h3>
No texto fundamental do ensinamento da Igreja que é o Catecismo, aquele
que foi inteiramente renovado, redigido por vontade de São João Paulo
II e sob a direção do então cardeal Joseph Ratzinger (um texto que fez
todo seu o espírito do Vaticano II), os seus autores advertem: "As
afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja acerca do
Inferno são <b>um chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar de sua liberdade em vista de seu destino eterno</b>.
Constituem também um apelo insistente à conversão" (§1036). São estes
mesmos apelos (à responsabilidade e à conversão) que constituem o centro
da mensagem de Fátima e que a tornam tão mais urgente e atual: agora
certamente mais do que no momento em que Maria apareceu na Cova da Iria.<br />
<br />
á há décadas que desapareceram da pregação católica os Novíssimos,
como são chamados pela teologia a morte, o juízo, o inferno e o paraíso.
Uma reticência clerical que omitiu — mais do que isso, renegou, no
fundo — o velho e salutar adágio que salvou tantas gerações de fiéis:
<b>o início da sabedoria é o temor de Deus</b>. Na história
dos santos, esta consciência de uma possível condenação eterna
constituiu um estímulo constante à prática mais profunda das virtudes.
Eles sabiam que a existência do inferno não é um sinal de crueldade
divina, mas sim de respeito radical: <b>o respeito do Criador para
com a liberdade concedida às suas criaturas, até o ponto de
permitir-lhes escolher a separação definitiva</b>.<br />
<br />
Tanto na teologia como na pastoral atual, ao imperioso anúncio da
misericórdia não se uniu o também imperioso anúncio da justiça. Mas, se
em Deus convivem todas as virtudes em dimensão infinita, estaria
faltando nele a virtude da justiça que a Igreja — inspirada pelo
Espírito Santo, mas seguindo também o senso comum — incluiu entre as
chamadas "virtudes cardeais"? <b>Não faltam teólogos, respeitados e
renomados até, que gostariam de amputar uma parte essencial das
Sagradas Escrituras, omitindo aquilo que enfastia os que se crêem
melhores e mais generosos que Deus</b>. Dizem, então: "O inferno não existe. Mas, se existe, está vazio."<br />
<br />
<b>Pena que a Virgem Maria não seja da mesma opinião</b>… É
verdade que a Igreja sempre confirmou a salvação certa de alguns de seus
filhos, proclamando-os beatos e santos. E a mesma Igreja não quis
jamais proclamar a condenação de quem quer que seja, deixando justamente
a Deus o último juízo. Quem afirmasse, todavia, que um inferno poderia
até existir, mas estaria vazio, mereceria a réplica: "<b>Vazio? Mas isso não exclui a possibilidade terrível de que eu e você possamos inaugurá-lo</b>".
Há quem tenha levantado a hipótese de a condenação ser somente
temporária, não eterna. Mas também isso vai de encontro com as palavras
de Cristo, o qual fala claramente, e mais de uma vez, de uma pena sem
fim. Foi sem nenhuma dificuldade, portanto, que vários concílios
rejeitaram semelhante possibilidade, <b>a qual não encontra qualquer apoio nas Escrituras</b>.<br />
<br />
<h3 class="referencia">
"Rezai, rezai muito" </h3>
Na aparição mais importante de Fátima, do dia 13 de julho de 1917,
acontece o que a Irmã Lúcia narraria desta forma, em 1941, em famosa
carta ao seu bispo:
<br />
<blockquote>
"O segredo consta de três coisas distintas, duas das quais vou revelar.
<br />
<br />
A primeira foi a visão do inferno!
<br />
<br />
Nossa Senhora mostrou-nos <b>um grande mar de fogo que parecia estar debaixo da terra</b>.
Mergulhados nesse fogo os demônios e as almas, como se fossem brasas
transparentes e negras, ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no
incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saiam, juntamente com
nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das
fagulhas nos grandes incêndios sem peso nem equilíbrio, <b>entre gritos e gemidos de dor e desespero</b> que horrorizava e <b>fazia estremecer de pavor</b>."
</blockquote>
Jacinta, passados três anos, ainda menina com 10 anos de idade e
chocada com o que havia visto naqueles poucos instantes, dirá no seu
leito de morte: "<b>Se eu apenas pudesse mostrar o inferno aos pecadores, fariam de tudo para evitá-lo mudando de vida.</b>"<br />
<br />
<b>Semelhantes visões do inferno não são fatos isolados na história da Igreja</b>.
Defrontar-se com esta terrível realidade é uma experiência por que
passaram muitos santos e santas. E a credibilidade psicológica e mental
deles foi avaliada rigorosamente nos processos canônicos. Para
limitar-nos aos mais famosos e venerados santos que tiveram esta
experiência, eis, entre tantos outros, Santa Teresa d'Ávila, Santa
Verônica Giuliani e Santa Faustina Kowalska. E, entre os homens, não
podia faltar aquele tal São Pio de Pietrelcina, o estigmatizado que via o
sobrenatural como se fosse a condição mais natural, a ponto de se
surpreender que os outros não vissem o que ele via.<br />
<br />
Em Fátima, confirmando a centralidade na mensagem do perigo de
perder-se, encontra-se ainda o fato de que Nossa Senhora ensina aos
videntes uma oração a se repetir no rosário após cada dezena de Ave
Marias. Oração que teve um acolhimento extraordinário no mundo católico,
tanto que é recitada onde quer que se reze o terço mariano, e que diz:
"Ó meu Jesus, <b>perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno</b>,
levai as almas para o Céu e socorrei principalmente aquelas que mais
precisarem da vossa misericórdia". Todas as palavras, como se vê,
centradas nos Novíssimos, e ditadas às crianças pela própria Virgem
Maria. O que acima de tudo o cristão deve implorar é a salvação do "fogo
do inferno", bem como pedir à misericórdia divina uma espécie de
desconto de penas para aqueles que sofrem no purgatório. Dirá Nossa
Senhora, "com grande dor e pesar", como observa a Irmã Lúcia:
<b>"Rezai, rezai muito e fazei sacrifício pelos pecadores. Muitas
almas vão de fato para o inferno porque não há quem reze e faça
sacrifícios por elas."</b><br />
<b> </b>
<br />
<h3 class="referencia">
Debaixo de seu manto</h3>
<br />
<br />
<aside class="aside-h"><div style="text-align: center;">
A salvação pessoal é possível — e sustentada pelo próprio Céu —, <b>mesmo em meio à propagação da iniquidade</b>.</div>
</aside> </div>
<div class="post-caption__callout">
Mas voltemos às últimas linhas do documento da testemunha Lúcia, após a
visão da sorte terrível dos pecadores impenitentes: "Levantamos os
olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza: 'Vistes o
inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para as salvar,
Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Se
fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas". Eis, portanto, o
toque de consolo a todos os cristãos, antes de tudo, católicos. A
verdade nos obriga a recordar que <b>correm um grave risco os homens esquecidos da seriedade do Evangelho</b>.
A misericórdia do Céu, entretanto, está sempre pronta a propor um
remédio: refugiar-se sob o manto dela, de Maria, confiar no seu
Imaculado Coração, aberto a quem quer que venha pedir a sua materna
intercessão. </div>
<div class="post-caption__callout">
<br />
<br />
O peso crescente do pecado é grave, mas estão indicados os remédios e, sobretudo, Nossa Senhora tem sempre reservado um
<i>happy end</i> ("final feliz"), com as famosas palavras que, com
razão, constituem fonte de esperança aos fiéis. De fato, depois de haver
profetizado as muitas tribulações do futuro, Maria anuncia, em nome de
seu Filho: "Por fim o meu Coração Imaculado triunfará". Por isso, <b>a salvação pessoal é possível — e sustentada pelo próprio Céu —, mesmo em meio à propagação da iniquidade</b>.
Ainda podemos esperar a conversão do mundo, em um futuro impreciso e
que só Deus conhece, confiando no coração da Mãe de Cristo, poderosa
advogada da causa da humanidade.<br />
<br />
Para que "servem" as aparições? Fátima está entre as maiores respostas,
para um mundo que estava sempre se esquecendo, e hoje continua a
esquecer ainda mais mais, o verdadeiro significado da vida sobre a terra
e a sua continuação na eternidade.
<b>Fátima é uma mensagem "dura" que, na linguagem hodierna, dizemos ser "politicamente incorreta"</b>:<b> exatamente por causa disso ela está de acordo com o Evangelho</b>,
na sua revelação sobre a verdade e na sua refutação das hipocrisias,
eufemismos e omissões. Mas, como sempre naquilo que é verdadeiramente
católico, onde todos os opostos convivem em uma síntese vital, <b>a "dureza" convive com a ternura, </b><b>a justiça com a misericórdia, a ameaça com a esperança</b>. Assim, o aviso que provém de Portugal é, ao mesmo tempo, <b>inquietante e consolador</b>.<br />
<h3 class="referencia">
</h3>
<br /></div>
franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-64977304235445868012019-04-18T17:31:00.002+01:002019-04-18T17:33:03.458+01:00"Fazei isto em memória de Mim"Do livro "A vida de Cristo" do Venerável Fulton J. Sheen:<br />
<br />
"<i>Todas as pessoas que vieram a este mundo vieram para viver. Ele veio para morrer. A morte foi um obstáculo para Sócrates - interrompeu o seu ensino. Mas para Cristo, a morte era o objectivo e o cumprimento da Sua vida, o ouro que Ele estava procurando. Poucas das suas palavras ou acções são inteligíveis sem referência à sua cruz. Ele apresentou-se como um Salvador e não apenas como um mestre. Não significava nada ensinar os Homens a serem bons sem também lhes dar o poder de serem bons, depois de resgatá-los da frustração da culpa.<br /><br />A história de toda a vida humana começa com o nascimento e termina com a morte. Na Pessoa de Cristo, no entanto, foi a Sua morte que foi a primeira e a Sua vida que foi a última. A escritura descreve-o como "o Cordeiro imolado, por assim dizer, desde o princípio do mundo". Ele foi morto em intenção pelo primeiro pecado e rebelião contra Deus. Não foi tanto que o Seu nascimento lançou uma sombra em Sua vida e assim levou à Sua morte; foi antes que a cruz foi a primeira e lançou sua sombra de volta ao seu nascimento. A Sua foi a única vida no mundo que foi vivida em sentido inverso. Como a flor na fenda da parede diz ao poeta da natureza, e como o átomo é a miniatura do sistema solar, assim também, o Seu nascimento conta o mistério da forca. Ele passou do conhecido para o conhecido, da razão de Sua vinda manifestada por Seu nome "Jesus" ou "Salvador" para o cumprimento de Sua vinda, a saber, a Sua morte na cruz.<br /><br />João dá-nos a sua pré-história eterna; Mateus, a sua pré-história temporal, por meio da sua genealogia. É significativo o quanto a Sua ascendência temporal estava ligada a pecadores e estrangeiros! Essas manchas na Sua linhagem humana sugerem uma compaixão pelos pecadores e pelos estranhos à Aliança. Ambos os aspectos da Sua compaixão seriam mais tarde lançados contra Ele como acusações: "Ele é amigo dos pecadores"; "Ele é um samaritano." Mas a sombra de um passado manchado prediz o Seu futuro amor pelos manchados pelo pecado. Nascido de uma mulher, Ele era um homem e poderia ser um com toda a humanidade; Nascido de uma virgem, que foi coberta pelo Espírito e "cheia de graça", Ele também estaria fora daquela corrente de pecado que infectou todos os homens.</i>"<br />
<br />
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Da <a href="http://www.liturgia.pt/edrel/pdf/IGMR_Sinopse.pdf" target="_blank">instrução geral do missal romano</a>:</span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">1. Quando <u>Cristo</u> Senhor
estava para celebrar com os discípulos a ceia pascal, na qual <u>instituiu o
sacrifício do seu Corpo e Sangue</u>, mandou preparar uma grande sala mobilada
(Lc 22, 12). A Igreja sempre se sentiu comprometida por este mandato e por isso
foi estabelecendo normas para a celebração da santíssima Eucaristia, no que se
refere às disposições da alma, aos lugares, aos ritos, aos textos. As normas
recentemente promulgadas por vontade expressa do Concílio Vaticano II e o novo
Missal que, de futuro, vai ser usado no rito romano para a celebração da Missa,
constituem mais uma prova da solicitude da Igreja, da sua fé e do seu amor
inquebrantável para com o sublime mistério eucarístico, da sua tradição
contínua e coerente, apesar de certas inovações que foram introduzidas.
Testemunho de fé inalterável.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">2. <u>A natureza sacrificial da
Missa, solenemente afirmada pelo Concílio de Trento, de acordo com toda a
tradição da Igreja, foi mais uma vez formulada pelo Concílio Vaticano II</u>,
quando, a respeito da Missa, proferiu estas significativas palavras: “<u>O
nosso Salvador, na Última Ceia, instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo
e Sangue, com o fim de perpetuar através dos séculos, até à sua vinda, o
sacrifício da cruz e, deste modo, confiar à Igreja, sua amada Esposa, o memorial
da sua Morte e Ressurreição</u>”. Esta doutrina do Concílio, encontramo-la
expressamente enunciada, de modo constante, nos próprios textos da Missa.
Assim, o que se exprime de forma concisa nesta frase do Sacramentário Leoniano
“<u>todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício, realiza-se a
obra da nossa redenção</u>” –aparece-nos desenvolvido com toda a clareza e
propriedade nas Orações Eucarísticas. Com efeito, <u>no momento em que o
sacerdote faz a anamnese, dirigindo-se a Deus em nome de todo o povo, dá-Lhe
graças e oferece-Lhe o sacrifício vivo e santo; isto é, a oblação apresentada
pela Igreja e a Vítima por cuja imolação quis o mesmo Deus ser aplacado; e pede
que o Corpo e Sangue de Cristo sejam sacrifício agradável a Deus Pai e salvação
para o mundo inteiro</u>. Deste modo, no novo Missal, a norma da oração (lex
orandi) da Igreja está em consonância perfeita com a sua ininterrupta norma de
fé (lex credendi). Esta ensina-nos que, <u>para além da diferença no modo como
é oferecido, existe perfeita identidade entre o sacrifício da cruz e a sua
renovação sacramental na Missa, a qual foi instituída por Cristo Senhor na
Última Ceia, quando mandou aos Apóstolos que o fizessem em memória d’Ele.
Consequentemente, a Missa é ao mesmo tempo sacrifício de louvor, de acção de
graças, de propiciação, de satisfação</u>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">3. O mistério admirável da presença
real do Senhor sob as espécies eucarísticas, reafirmado pelo Concílio Vaticano
II e outros documentos do Magistério da Igreja exactamente no mesmo sentido em
que tinha sido enunciado e proposto como dogma de fé pelo Concílio Tridentino,
é também claramente expresso na celebração da Missa, não somente nas próprias
palavras da consagração, em virtude das quais Cristo se torna presente por
transubstanciação, mas ainda na forma como, ao longo de toda a liturgia
eucarística, se exprimem os sentimentos de suma reverência e adoração. É este o
motivo que leva o povo cristão a prestar culto peculiar de adoração a tão
admirável Sacramento, na Quinta-Feira da Ceia do Senhor e na solenidade do
Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">4. Quanto à <u>natureza do
sacerdócio ministerial</u>, exclusivo do presbítero <u>que em nome de Cristo
oferece o sacrifício e preside à assembleia do povo santo</u>, a própria
estrutura dos ritos, o lugar de preeminência e a função mesma do sacerdote a
põem claramente em relevo. Os atributos desta função ministerial são enunciados
explícita e desenvolvidamente na acção de graças da Missa crismal, na
Quinta-Feira da Semana Santa, precisamente no dia em que se comemora a instituição
do sacerdócio. Nesta acção de graças é claramente afirmada a transmissão do
poder sacerdotal mediante a imposição das mãos; e é descrito este poder,
enumerando as suas diversas funções, como continuação do poder do próprio
Cristo, Sumo Pontífice da Nova Aliança.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">5. Mas
esta natureza do sacerdócio ministerial vem também colocar na sua verdadeira
luz outra realidade de suma importância, que é <u>o sacerdócio real dos fiéis,
cujo sacrifício espiritual, pelo ministério dos presbíteros, é consumado na
união com o sacrifício de Cristo, único Mediador</u>. Com efeito, a celebração
da Eucaristia é acção de toda a Igreja; nesta acção, cada um intervém fazendo
só e tudo o que lhe pertence, conforme o posto que ocupa dentro do povo de
Deus. E foi isto precisamente o que levou a prestar maior atenção a certos
aspectos da celebração litúrgica que no decurso dos séculos não tinham sido
suficientemente valorizados. <u>Este povo é o povo de Deus, adquirido pelo
Sangue de Cristo, congregado pelo Senhor, alimentado com a sua palavra; povo
chamado para fazer subir até Deus as preces de toda a família humana; povo que
em Cristo dá graças pelo mistério da salvação, oferecendo o seu Sacrifício;
povo, finalmente, que pela comunhão do Corpo e Sangue de Cristo se consolida na
unidade</u>. E este povo, santo na sua origem, vai continuamente crescendo em
santidade, através da participação consciente, activa e frutuosa no mistério
eucarístico.</span>franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-29693225599565132032019-03-28T18:02:00.001+00:002019-03-28T18:02:49.932+00:00Cardeal Robert Sarah - "Le soir approche et déjà le jour baisse"<h2>
A crise da Fé</h2>
Em primeiro lugar temos de considerar que a fé é um dom de Deus, não é um trabalho humano, é um dom de Deus que recebemos da misericórdia de Deus.<br />
Em que este consiste este dom?<br />
Deus manifesta-se a nós como aquele que é o nosso caminho, aquele que é o nosso Pai, aquele que nos guia, e nós devemos confiar nele.<br />
A fé é uma confiança absoluta em Deus, é nós confiarmos plenamente nele e termos uma absoluta certeza de que não cairemos porque é uma rocha sólida e a fé é também uma resposta de amor, Deus nos ama.<br />
E nós respondemos a esse amor.<br />
Esta resposta de amor manifesta-se através de uma vida de oração, uma vida de diálogo, uma vida de encontro, de intimidade com o Senhor e, no entanto, tem uma dimensão eclesial, contagiante.<br />
Eu não recebo este dom sozinho, tenho que partilhar com os outros.<br />
Uma fé que não é partilhada arrisca-se a morrer e a fé, que hoje em dia está em crise, é essa absoluta falta de confiança em Deus.<br />
Nós vivemos como se Deus não existisse, é como se matássemos Deus e não necessitássemos d'Ele.<br />
É a Igreja que deve, talvez, ser como a serva para trazer de volta este dom que é oferecido ao Homem de hoje, respeitando a liberdade de cada pessoa.<br />
Não vamos forçar ninguém a acreditar, mas vamos ajudá-lo a direcionar a sua vida para a fonte da sua vida.<br />
Todos nós temos uma fonte, como um rio tem uma fonte, o Homem tem uma fonte de vida, é Deus.
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/6iy-FA2jcBA/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/6iy-FA2jcBA?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
<h2>
A crise sacerdotal</h2>
Esta crise remonta há muito tempo. Não se trata apenas de falar de uma crise do ponto de vista do número de sacerdotes, mas especialmente do ponto de vista de seu compromisso com Cristo, dA sua fidelidade ao celibato, do seu testemunho de vida.<br />
Você vê que uma minoria se comporta de maneira escandalosa e ofende o trabalho dos 400.000 sacerdotes que permanecem fiéis e cumprem santamente a sua missão.<br />
E assim, esta crise é real.<br />
Naturalmente é necessário iniciar uma boa formação no seminário, um bom discernimento no recrutamento dos candidatos ao sacerdócio e uma boa formação contínua para que o sacerdote seja fiel à sua vocação missionária, ao seu compromisso com Deus e com a Igreja através do celibato, com o respeito escrupuloso do ensinamento da Igreja, porque aqui também, você sabe, muitos sacerdotes, muitos bispos, ensinam o que querem, contudo a minha doutrina de Jesus não é a minha doutrina, mas a do Pai, todo o sacerdote deveria dizer: "A minha doutrina é a doutrina de Deus, a doutrina da Igreja".<br />
E assim, esta crise do sacerdócio é vasta, real, devemos enfrentá-la com serenidade e não temer em insistir em ir pedir aos sacerdotes que eles sejam santos sacerdotes, que eles tenham a doutrina da Igreja, a doutrina de Deus, que eles tenham um zelo missionário para tornar conhecido o reino de Deus.<br />
Porque hoje poucos homens conhecem a Deus, poucos querem conhecê-lo. É por isso que Ele nos escolheu, precisamente, para que possamos cumprir essa missão de tornar seu reino conhecido, de tornar conhecido o seu amor.<br />
E assim, é uma crise, na minha opinião, benéfica para nos despertar para a nossa missão e para a nossa identidade sacerdotal.
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/O9Jzl0iqNMg/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/O9Jzl0iqNMg?feature=player_embedded" width="320"></iframe><br />
<br />
<h2>
A crise na Igreja</h2>
A Igreja não é uma estrutura humana puramente social. A igreja é o prolongamento de Jesus. É Jesus, presente no meio dos homens e esta presença é manifestada pelo seu ensinamento, pela sua maternidade.<br />
A Igreja é mãe e educadora.<br />
Ela é uma mãe porque que todos renascemos quando somos batizados na fé da Igreja e ela é educadora porque nos faz crescer nessa fé.<br />
Todos, quando recitamos o Credo, não é o nosso Credo que recitamos, mas o Credo da Igreja, o Credo da nossa mãe.<br />
A Igreja é uma extensão de Jesus, ela é mãe e educadora.<br />
A Igreja faz-nos crescer. E todo o mundo ama a sua mãe, todo o mundo está ligado à sua mãe.<br />
Hoje, todos os cristãos devem se apegar à mãe, mesmo que a sua mãe seja leprosa, mesmo que a sua mãe esteja desfigurada por uma doença, ela continua sendo a sua mãe.<br />
Você deve amá-la, você deve sempre ouvir a voz dela.<br />
Hoje, estamos como que determinados a desfigurar a Igreja, a desprezá-la, a acreditar nela como sendo uma sociedade puramente social que deve lidar com questões sociais, questões de pobreza, questões que dizem respeito ao Homem. Mas a Igreja deve acima de tudo orientar o Homem para as preocupações reais que não são apenas humanas, mas também espirituais.<br />
Ela é uma educadora para nos gerar na vida de Deus, nas preocupações de Deus. E assim, nós realmente temos que nos apegar a ela e amá-la.<br />
É verdade que hoje a Igreja está em crise também. Não é ela quem está em crise, estamos em crise, nós, seus filhos.<br />
Ela é sempre santa, ela é sempre bonita, ela não tem rugas, mas somos nós os filhos, desfigurados, que a desfiguram.<br />
Somos nós que estamos em crise, não a Igreja como tal, porque a Igreja sempre ensina o que Cristo lhe pediu para ensinar.<br />
A Igreja é sempre mãe, como sempre foi mãe, mas nós somos as crianças que já não ouvem a sua voz e ensinam apenas o que querem.<br />
A crise está ao nível dos filhos da Igreja e portanto, é aos filhos da Igreja que será necessário, talvez, ajudar para que eles encontrem este ouvido atento, como Salomão. Este coração que escuta a sua mãe, como o coração de Salomão.
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/JflXSrBL_rU/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/JflXSrBL_rU?feature=player_embedded" width="320"></iframe><br />
<br />
<br />
<a href="https://fayard.landing-hachette.fr/le-soir-approche-et-deja-le-jour-baisse/" target="_blank">https://fayard.landing-hachette.fr/le-soir-approche-et-deja-le-jour-baisse/</a><br />
<br />
<br />franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-24466485211862381302019-02-28T10:13:00.001+00:002019-02-28T10:13:57.145+00:00Ano missionário - Todos, Tudo e Sempre em MissãoEste ano estamos a viver um <a href="http://www.conferenciaepiscopal.pt/v1/ano-missionario/" target="_blank">ano missionário</a> que de acordo com a Conferência Episcopal vem assinalar o centenário da <a href="http://w2.vatican.va/content/benedict-xv/pt/apost_letters/documents/hf_ben-xv_apl_19191130_maximum-illud.html" target="_blank">Carta Apostólica <i>Maximum Illud</i> do Papa Bento XV</a>.<br />
<br />
Vale a pena ler a carta apostólica do Papa Bento XV para compreendermos qual a missão a que somos chamados, eis alguns pontos:<br />
<br />
<div style="margin-left: 40px;">
<i>- a missão que Nosso Senhor Jesus
Cristo confiou aos seus discípulos continua "até ao fim dos tempos, isto
é, enquanto existirem na terra pessoas para salvar pelo ensino da
verdade."</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- A Igreja de
Deus, fiel ao mandato divino, nunca deixou, através dos tempos, de
enviar a todo o mundo arautos e ministros da palavra divina que
anunciassem a salvação eterna alcançada por Cristo para o género humano.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
Depois da descoberta da América, uma multidão de apóstolos consagrou-se
à protecção dos indígenas contra a tirania humana, com a finalidade de
os libertar da dura escravidão do demónio.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- Alguns deles, desejando a salvação dos irmãos, a exemplo dos Apóstolos, alcançaram o máximo da perfeição.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
é motivo de grande preocupação constatar como, depois de tantos
sofrimentos associados ao anúncio da fé, depois de tantos trabalhos e
exemplos de fortaleza, sejam ainda tantos os que permanecem nas trevas e
nas sombras da morte</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
querendo por compaixão e dever apostólico fazê-los participantes da
redenção divina...cada dia aumenta mais, em várias partes da
cristandade, o zelo dos bons na promoção e desenvolvimento das Missões
no meio dos povos</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- quem
se consagra ao apostolado das Missões, abandona pátria, família e
parentes; aventura-se frequentemente numa viagem grande e perigosa,
disposto a suportar qualquer sofrimento a fim de ganhar mais pessoas
para Cristo.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- quem
preside a uma Missão...deverá responder pela salvação de todos os
habitantes daquela região. Por essa razão não se deve contentar em ter
conquistado para a fé, entre aquela multidão, alguns milhares de
pessoas: procure cultivar e manter aqueles que ofereceu a Jesus Cristo,
de maneira que ninguém regresse ao caminho da perdição. Não julgue ter
conseguido completar o seu dever, se antes não tiver colocado todas as
suas forças na cristianização também dos restantes que não conhecem
Cristo, que é a missão maior.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- o superior da Missão...deve ser solícito apenas pela glória de Deus e a salvação das almas</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
o superior da Missão...chame cooperadores de qualquer lado que o ajudem
no seu ministério, sem se importar com a Ordem ou a nacionalidade,
“desde que, de qualquer modo (…), Cristo seja anunciado”</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- obras de caridade são um meio muito eficaz nas mãos da Providência divina para a propagação da fé.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
é conveniente que existam sacerdotes capazes de apontar aos seus
concidadãos, como mestres e guias, o caminho da salvação eterna</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
vós, queridos filhos que cultivais a vinha do Senhor e de quem depende
mais directamente a propagação da verdade cristã e a salvação de tantas
pessoas.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- é necessário
que tenhais uma grande estima pela vossa sublime vocação. Tende em conta
que a tarefa que vos está confiada é absolutamente divina e está acima
dos pequenos interesses humanos, porque levais a luz a quem jaz nas
sombras da morte e abris as portas do céu a quem estava a caminhar para o
abismo.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- recordai-vos
que não deveis difundir o reino dos homens, mas o de Cristo; não vos
compete aumentar o numero de cidadãos para a pátria terrena, mas para a
pátria celeste</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- o Missionário [não] deve procurar outros ganhos que não sejam ganhar almas.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- procurar única e convenientemente a glória de Deus – como deve – e, para a promover salvando o seu próximo</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
É frequente o Missionário encontrar-se sem livros e sem a possibilidade
de consultar qualquer pessoa mais experiente, quando precisa de
responder a objecções contra a fé e resolver questões e problemas
difíceis</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- não seria conveniente que os pregadores da verdade fossem inferiores aos ministros do erro.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- a pregação do Evangelho é a única finalidade para a qual foi enviado por Deus.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
aqueles que se preparam para o apostolado, é indispensável acima de
tudo – como dissemos – a santidade de vida. É necessário que seja um
homem de Deus aquele que prega Deus; e odeie o pecado aquele tal ódio
ensina.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>- Reconhecido para
com Deus que o chamou para uma missão tão sublime, está disposto a
tudo, a tolerar generosamente as dificuldades, os insultos, a fome, as
privações, até a morte mais cruel, para resgatar uma só alma.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
a propagação da sabedoria cristã é, toda ela, uma intervenção divina,
porque só Deus sabe entrar no íntimo de cada um, iluminar as mentes com o
esplendor da verdade, acender nos corações a chama da virtude e
fornecer ao homem as energias necessárias para que possa abraçar e
seguir aquilo que ele reconheceu como verdadeiro e bom.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
quem terá mais necessidade da nossa ajuda fraterna do que aquele que
desconhece Deus, estando à mercê das mais desenfreadas paixões e sob a
duríssima tirania do demónio?</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
todos aqueles que contribuem – segundo as próprias forças – para os
iluminar, sobretudo ajudando a obra dos Missionários, prestam a Deus o
testemunho mais agradável da sua gratidão por lhes ter dado o dom da fé.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
quando os Superiores tiverem conhecimento que os seus Missionários
conseguiram felizmente trazer alguma população das superstições para a
sabedoria cristã e aí tiverem fundado uma Igreja suficientemente
estável, permitam que tais veteranos de Cristo se transfiram para ir
resgatar outro povo das mãos do diabo, deixando a outros – sem
lamentações – a tarefa de fazer crescer e melhorar o que eles próprios
entregaram a Cristo.</i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<br /><i>-
Quanto mais se deve observar a lei da caridade neste caso, tratando-se
não só de socorrer uma infinita quantidade de gente que enfrenta a
miséria e a fome, mas também e principalmente de resgatar uma multidão
imensa da escravidão de satanás para a liberdade dos filhos de Deus?</i><i> </i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<i> </i></div>
<div style="margin-left: 40px;">
<i>- Estimulados pelo seu exemplo, robustecer-se-ão as fileiras de
missionários que, sustentados pelas orações e a generosidade das pessoas
boas, conquistarão muitos outros para Cristo.</i></div>
<br />
A carta diz-nos, que sem o Evangelho somos escravos do pecado e do mal,
Jesus sofreu, morreu e ressuscitou para que possamos receber as graças
sobrenaturais para alcançarmos a liberdade de sermos filhos adoptivos de
Deus, é necessário o baptismo e a conversão e na Fé e nas boas obras
devemos perseverar para não recairmos na perdição e podermos assim
alcançar a vida eterna no Céu. Neste anúncio como diz o início da
Didaqué «<i>Existem dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte. Há uma grande diferença entre os dois.</i>»,
é encontrar a Verdade e permanecer fiel ao que é verdadeiro e bom,
torna-se fascinante pois não é sobre nós nem sobre a nossa felicidade no
mundo, é sobre Deus e a Vida. É encontrar em Deus a plenitude do Bem
mesmo que tenhamos (e diz-nos o Evangelho que temos) de levar a nossa
vida com sacrifício. É sobre Deus e o que Deus <i>fez </i>por nós,
interpela-nos para Lhe correspondermos com a nossa vida. A Igreja
torna-se assim a mãe e mestra da Verdade de Deus, é a Casa de Deus lugar
dos pecadores que os ajuda a alcançar a bem-aventurança eterna.franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-84606492115134323502019-01-29T12:01:00.000+00:002019-01-29T12:01:06.448+00:00Fomos feitos para VósA Vida é um meio que está ordenado para um fim: a total e eterna comunhão com Deus no Céu. Cada acção nossa deve ter esta realidade em consideração.<br />Esse fim não nos era possível alcançar se Deus não enviasse o Seu Filho ao mundo para nos salvar, pela Sua oferta de amor na Cruz sofrendo e morrendo por nós resgatou-nos do pecado e da morte eterna.<br />Esta é a oferta que Deus tem para nós, não é automática, temos de acolher e cooperar com a Graça de Deus, com Fé, com contrição abandonando o pecado, seguindo os mandamentos, praticando as boas obras.<br />Jesus mostra-nos a Verdade, ensina-nos as doutrinas, os mandamentos, as boas obras, as bem-aventuranças... estas não são moralismos ou apenas regras, são Vida, são a forma de cooperarmos e acolhermos a Graça de Deus, de realmente fazermos o Bem e promovermos a Justiça, são a forma de alcançarmos o fim para que fomos criados.<br /><br />As pessoas não sabem qual o sentido do Ofertório e os pais não vêm necessidade de serem os primeiros a transmitir a Fé e a irem com os filhos à missa, isto é sinal de que se perdeu completamente o sentido da mensagem cristã.<br /><br />A Igreja não é um clube para nos sentirmos bem, não nos vem trazer apenas uma proposta de felicidade. Propostas de felicidade, alegria no mundo e um mundo melhor é o que recebemos das várias comunidades protestantes, que se dividem em tantas porque cada uma quer Deus à sua maneira onde o importante é sermos felizes. Isso não é a Igreja Católica.<br /><br />A Igreja Católica anuncia Deus e a Verdade, ajuda-nos a alcançar o fim para que fomos criados: a salvação da nossa alma na total e eterna comunhão com Deus no Céu. Ensina-nos e lembra-nos a cumprir os mandamentos porque para praticarmos o Bem necessitamos da ajuda de Deus, necessitamos da Sua Lei e do Seu Amor, sem Ele não somos realmente bons.<br /><br />Como é possível numa capela mortuária não existir um crucifixo? Perdemos completamente a noção... Como é possível não acolhermos as pessoas com Senhor na Cruz?<br />
Sem o amor da Cruz estamos apenas a criar uma alegria artificial, um faz de conta, abandonamos o jugo do Senhor, esquecemos o fim para que fomos criados em troca de uma suposta proposta de felicidade no mundo.<br /><br />Penso que não são os pais que deixam a Igreja em segundo plano, não são os fieis que esqueceram o sentido do ofertório, estes foram abandonados por quem os devia ensinar. Os pastores abandonaram a Cruz do Senhor, como as comunidades protestantes apenas oferecem propostas de felicidade no mundo e as pessoas realmente estão felizes na ignorância, sem irem à missa.<br /><br />Ser católico parte da humildade de reconhecermos que somos pecadores e de que necessitamos de Deus. Necessitamos não apenas para a nossa vida ser melhor, ter mais sentido e que as coisas nos corram bem, essas coisas podemos pedir a Deus considerando que não são um fim em si mesmo mas para nos ajudar a alcançar o Céu.<br />Como católicos reconhecemos de que necessitamos de Deus para fazermos realmente o que é bom e justo, para fazermos o bem, para vencermos o pecado original e as fragilidades da natureza humana. Reconhecemos de que necessitamos de Deus para alcançarmos o Céu.<br />É uma atitude de humildade, de grande beleza quando se consegue ver a Verdade. Como toda a criação louva e honra a Deus também nós, por Ele criados, o devemos fazer. Como seres com inteligência e vontade devemos entregar-nos a essa tarefa com grande dedicação: louvar e honrar a Deus, em corpo e alma. E essa atitude começa na humildade de reconhecer o Criador e o Pai de que necessitamos.<br /><br />Infelizmente o mundo moderno alicerça-se na busca da liberdade absoluta, da igualdade absoluta. Sem o notarmos vivemos na soberba de não querermos reconhecer de que necessitamos de Deus. E assim se criam grupos e comunidades onde Deus não é uma necessidade, não é a origem e fim do Homem, mas sim apenas algo adicional a nós mesmos que nos preenche, nos ajuda. E assim vivemos, em que o «Eu e a minha felicidade» é o que necessitamos, é o nosso desejo e destino, Deus servirá para alcançarmos esse desejo. Pobres de nós abandonados à soberba do mundo como edificação da nossa vida.<br /><br />Na semana passada em Nova York foi aprovada uma lei que permite o aborto até antes do nascimento, eis onde nos leva o «progresso» que recusa reconhecer a necessidade de Deus e qual é realmente o fim para que fomos criados.<br /><br />Termos uma mesa à volta da qual celebramos uma festa e celebramo-nos a nós mesmos é fácil, difícil é termos um Altar onde oferecemos a Deus o Sacrifício Perpétuo para a Sua glória e louvor e para a remissão dos nossos pecados.<br />"quem nunca pecou que atire a primeira pedra", a missa é lugar dos pecadores, dos que reconhecem Deus, a missa é sobre Deus e sobre o que Deus fez por nós.<br /><br />Devemos voltar para casa e sermos católicos de verdade, não nos deixarmos iludir por promessas de felicidade e momentos de alegria artificial e efémera. O nosso destino vive da Verdade, do cumprimento dos mandamentos e da Lei, do desejo de seguirmos e conhecermos a vontade de Deus. Qualquer mensagem, evangelização e promessa tem de partir daqui, se não partir da humildade de querermos seguir e conhecer a vontade de Deus é apenas ilusão e promessas fáceis.<br /><br />franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-731123583367300712019-01-16T18:50:00.000+00:002019-01-16T18:50:22.269+00:00Presença<div style="text-align: right;">
<i>"O pai respondeu-lhe: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu."</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>(Lucas 15, 31)</i> </div>
<br />
Na parábola do filho pródigo, <a href="http://www.capuchinhos.org/biblia/index.php/Lc_15" target="_blank">em Lucas 15</a>, a presença do Pai é o Seu presente ao filho mais velho. Se isto não é para nós suficiente, então nada será.<br />
<br />
<br />
É isso que Jesus nos veio dar: <i>"Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste." (João 17, 3)</i>.<br />
<br />
Se a possibilidade de conhecermos Deus, sabermos a Sua vontade, conhecermos a Verdade e moldarmos a nossa vida na Graça de Deus segundo o Bem que é o próprio Deus não é para nós suficiente, então nada será.<br />
<br />franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-45396888706140763992018-11-23T17:53:00.001+00:002018-11-23T17:55:22.772+00:00Dar testemunho da verdadeDo livro «Imitação de Cristo»: <i>"Muitos seguem Jesus até ao partir do pão, poucos até beber o cálice da paixão.".</i><br />
<br />
Infelizmente hoje em dia a grande maioria já nem <i>«até ao partir do pão»</i> segue Jesus.<br />
Perdemos o sentido religioso, seguimos as modas protestantes e de Deus apenas queremos consolações.<br />
<br />
Em vez de correspondermos ao amor de Deus que se revelou na Cruz queremos que o amor de Deus se revele agora melhorando a nossa vida. Partimos do amor próprio e do amor ao mundo em vez de partirmos do amor de Deus.<br />
<br />
Ser cristão é estar verdadeiramente entregue a Cristo, cheio do espírito vivo de Deus, andar em rectidão e justiça na Sua Igreja, una, santa, católica e apostólica, com fome e sede do Senhor, com o coração ansiando pelo Céu. É ser santo, homem ou mulher de verdade feitos à imagem e semelhança de Deus que simplesmente acreditam e ajustam a sua vida de acordo com a vontade de Deus. É meditar sobre a lei do Senhor, guardar os mandamentos, viver a Graça sacramental, louvando e adorando o Senhor na prática do bem e das boas obras. É a alegria de no Domingo prestar o culto a Deus, dar-Lhe louvor e glória no Sacrifício perfeito do Altar. É reconhecer Cristo como Rei, nas nossas vidas, casas, famílias, é a Ele que servimos e é pelo Seu Reino que trabalhamos cooperando com a Graça de Deus.<br />
<br />
Viva Cristo-Rei!<br />
<br />
<i>"É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar
testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz".</i><br />
<i><br /></i>
franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-15914008524544775362018-11-14T09:56:00.002+00:002018-11-14T09:56:59.209+00:00Semana dos semináriosPara compreendermos o que pedimos nesta semana de oração pelos seminários.<br />
<br />
Do Vaticano II, <a href="http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decree_19651028_optatam-totius_po.html">decreto Optatam Totius sobre a formação sacerdotal</a> último parágrafo:<br />
<br />
<i>"<b>Os Padres deste sagrado Concílio, continuando a obra começada pelo Concílio de Trento</b>, ao mesmo tempo que, esperançados, confiam aos Superiores e professores dos Seminários o encargo de formarem os futuros sacerdotes de Cristo no espírito de renovação promovida por este mesmo Concílio, <b>exortam ardentemente aqueles que se preparam para o ministério sacerdotal a que sintam vivamente que a esperança da Igreja e a salvação das almas lhes está confiada</b> e que, aceitando de ânimo generoso as normas deste decreto, dêem frutos abundantíssimos que permaneçam para sempre."</i><br />
<br />
Na <a href="http://www.liturgia.pt/pontificais/Ordenacoes.pdf">ordenação sacerdotal</a> o propósito do ministério que vão exercer é:<br />
<i>- exercer digna e sabiamente o ministério da palavra, na pregação do Evangelho e na exposição da fé católica</i><br />
<i>- celebrar com fé e piedade os mistérios de Cristo, segundo a tradição da Igreja, para louvor de Deus e santificação do povo cristão, principalmente no sacrifício da Eucaristia e no sacramento da reconciliação</i><br />
<i>- implorar a misericórdia divina para o povo a vós confiado, cumprindo sem desfalecer o mandato de orar</i><br />
<i>- unir-se cada vez mais a Cristo, Sumo Sacerdote, que por nós Se ofereceu ao Pai como vítima santa, e com Ele consagrar-se a Deus para salvação dos homens</i><br />
<br />
A Igreja é o Corpo Místico de Cristo, pela Igreja renascemos para a Vida em Cristo e somos resgatados do pecado e da morte eterna. A missão principal da Igreja é a salvação das almas.<br />
<br />
Muitas vezes ouvimos que a missão do padre é anunciar o amor de Deus e a alegria do Evangelho. Penso que infelizmente estes são termos genéricos, que não convertem e nos deixam ficar instalados comodamente.<br />
<br />
O amor de Deus mostra-se nisto, no que fez e faz por nós e que nós não conseguimos fazer sozinhos:
<i> </i><br />
<i>- Deus não tem necessidade de nós mas mesmo assim, por puro amor, deu-nos a existência.</i><br />
<i>- O Filho de Deus veio ao mundo para pela Sua morte e sofrimento na Cruz nos resgatar do pecado e da morte eterna, pagando por nós a desobediência nos nossos primeiros pais.</i><br />
<i>- Temos a possibilidade de receber o perdão dos nossos pecados, desde que tenhamos pelo menos contrição.</i><br />
<i>- Temos a possibilidade de receber em nós a Vida divina de Deus, dentro dos limites do mundo.</i><br />
<i>- A Vida divina de Deus que recebemos em nós, é a Graça, ajuda-nos a evitar o pecado, a desejar e procurar a santidade e a chegarmos ao Céu.</i><br />
<br />
E é esta a alegria do Evangelho, sabermos que somos amados por Deus mesmo que não estejamos sempre felizes, alegres e em festa.<br />
<br />
O padre é então ministro de Deus, que como Cristo dá a vida pela salvação das almas. Ajuda-nos a alcançar a Graça de Deus e ajuda-nos a cooperar e viver com ela para não perdermos o tesouro que nos foi dado, e desta forma podermos alcançar o Céu.<br />
<br />
Tudo o resto que possamos receber no mundo, são graças adicionais, são os bens temporais que nos ajudam a desejar e procurar os bens eternos.<br />
<br />
Dá-nos Senhor santos sacerdotes e que nós ajudemos as nossas famílias a conhecer e viver a verdadeira Fé no Vosso amor para que delas surjam vocações, doações da própria vida pela salvação das almas.franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-14452118190126818632018-11-07T11:41:00.002+00:002018-11-07T11:41:47.125+00:00Porque há-de um jovem ser cristão?Muitas vezes vemos indicado que os jovens serão cristãos a partir do momento em que existir um «encontro com Jesus». <br />
<br />
Penso que o «encontro com Jesus» não resulta se não mostrar aquilo que Jesus pede na oração sacerdotal em João 17:<br />- Vejamos a manifestação da glória do Filho que manifesta a glória do Pai.<br />- Procuremos a vida eterna que Jesus nos quer dar.<br />- Conheçamos o Deus único e verdadeiro.<br />- Conheçamos Jesus como Filho de Deus enviado pelo Pai para no salvar.<br />- Recebamos o Evangelho como verdadeira Palavra de Deus.<br />- Reconheçamos e creiamos verdadeiramente que Jesus veio e foi enviado pelo Pai.<br />- Sabermos que não somos do mundo mas estamos no mundo.<br />- Sejamos inteiramente de Deus por meio da Verdade.<br />- Que sejamos todos nós um só como Jesus e o Pai são um só.<br />- Que a união entre nós e com Deus sirva para que o mundo acredite em Deus.<br /><br />O
«encontro com Jesus» também não resulta se não virmos em Jesus o
Caminho, a Verdade e a Vida, que ninguém pode ir até ao Pai senão por
Jesus. Tudo o que possa haver de salvação de outra forma apenas a Deus
cabe.<br /><br />Penso então que um jovem há-de ser cristão se:<br />- descobrir que foi criado por amor por Deus para conhecer, amar e servir a Deus.<br />- descobrir que a sua alma é eterna e que foi criado para o Céu, é aí que está a nossa casa comum.<br />-
descobrir que no mundo estamos como num barco a caminho da eternidade,
devemos trabalhar para um mundo melhor não porque vamos criar o paraíso
na terra mas por amor a Deus e ao próximo.<br />- descobrir que Deus
enviou o Seu Filho para salvar a nossa alma da morte eterna e do pecado,
que pelo Seu sacrifício abriu-nos as portas do Céu.<br />- descobrir que
enquanto estamos no mundo sofremos as tentações do mundo, diabo e da
carne e necessitamos da ajuda da graça de Deus para nos salvarmos.<br />- descobrir que a alegria cristã não consiste em estar sempre alegre e feliz mas em saber que somos amados por Deus.<br />-
descobrir que existe uma Verdade pela qual lutar e trabalhar, que aí
encontra os verdadeiros valores, a justiça, a misericórdia e o amor.<br />-
descobrir que existe uma Vida maior do que a vida material no mundo, o
que fazemos no mundo deve servir para a glória de Deus, para a nossa
santificação e salvação, para o bem do próximo e para que o próximo
também conheça Deus e se salve.<br />- descobrir que existe um Caminho
para chegarmos até Deus, que é estreito, contém um ensinamento moral e
doutrinal, que é o Caminho do Bem e que a indiferença e a relativização
nos leva para fora do Caminho e nos afasta de Deus.<br />- descobrir que o pecado é uma ofensa para com Deus e que é recusar levar o amor de Deus ao próximo.<br />- descobrir que Cristo é Rei, a Ele deve estar tudo direccionado e submetido como Rei bom e justo.<br />- descobrir que a missão da Igreja é a santificação e salvação das almas.<br /><br />É
isto que a Igreja tem para oferecer aos jovens que eles não encontram
noutro lugar: a possibilidade de conhecerem o Deus único e verdadeiro,
pela transmissão da Fé de uma forma clara e com amor verdadeiro que os
ajuda a viver segundo a Verdade.<br />
<br />Precisamos de Bispos e sacerdotes para santificar os jovens, ajudar a salvar as suas almas, ajudá-los a viver
segundo a Graça de Deus, dar-lhes os alicerces de uma Fé firme, serem
testemunhas da Verdade. Se acontecer isto vamos descobrir que os jovens são
capazes se serem bons cristãos e de amarem verdadeiramente a Deus e ao
próximo.franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-91217246188667291382018-10-31T12:20:00.003+00:002018-10-31T12:41:22.948+00:00A Verdade e a VidaNum país distante existe uma criança que não conheces e de quem não sabes nada, não te é possível entrar em contacto com ela, no entanto sabes que existe. Para ti, essa criança tem valor e importância?<br />
Claro que sim, tem valor e importância, mas de onde vem esse valor e importância se não te é possível entrar em contacto com ela? <br />
O valor e importância dessa criança não está dependente de ti, está nela própria, tem um valor e importância que lhe são próprios. Existe algo nela de valor e importância que não és tu que lhe atribuis, mas antes sim descobres nela esse valor que ela já possuía. <br />
<br />
<b>Estás a começar a descobrir a Vida.</b><br />
Cada ser possui um valor e importância próprios que são independentes do que cada um de nós possa encontrar nesse ser. Esse valor e importância é a Vida. Esta é também independente da vida material no mundo, pois mesmo que esse ser tenha uma vida material no mundo que seja infeliz e desafortunada nunca é um ser descartável, sem valor e importância.<br />
Esta Vida é dada por Deus a cada ser, e para vermos em cada ser a Vida temos de nos abstrair de nós mesmos de forma a não cairmos no erro de lhe atribuirmos nós um valor de forma subjectiva.<br />
Jesus abre-nos os horizontes e o olhar mostrando-nos que há algo mais do que a vida material no mundo, existe esta Vida maior. Jesus ensina-nos que a alma vive eternamente e que um dia Ele voltará para estabelecer o Seu Reino definitivamente, aqui vemos que esta Vida vai muito para além da vida material no mundo.<br />
<br />
Agora imagina uma árvore que dá fruto, esta também tem um valor que lhe é próprio. Esta árvore mostra-nos a beleza do Criador, a ordem e o ciclo da vida que vem da Criação e o fruto com que o Criador atende às nossas necessidades. Portanto o simples facto de a árvore existir já demonstra o seu valor próprio. Se tu não poderes colher o fruto que esta árvore dá, a árvore deixa de ter o seu valor próprio?<br />
Não, a árvore continua a ter o mesmo valor e continua a comunicar-nos o valor do Criador independentemente de lhe podermos colher o fruto. Se vamos responder que sim, deixa de ter valor vamos cair no erro do utilitarismo em que os seres e as coisas têm valor conforme nos são ou não úteis. <br />
<br />
Temos então a Vida em que cada ser tem o seu próprio valor, independente de nós e temos dois erros: o subjectivismo em que nós é que atribuímos o valor e o utilitarismo em que ignoramos o valor próprio se o ser não nos for útil.<br />
<br />
Agora em relação a Deus, conseguimos ver em Deus o valor próprio que tem e a Vida que nos deu ou caímos no erro do subjectivismo e utilitarismo em que o valor vai estar dependente do que dá à minha vida, vai estar dependente da experiência que faço de Deus, vai estar dependente da relação pessoal que possa ter com Deus?<br />
<br />
Por isso a Fé Católica é um assentimento que damos livremente a Deus e ao que nos revelou, não está dependente da subjectividade e utilidade que possamos encontrar ou sentir. Dizemos sim a Deus e ao que nos revelou vendo em Deus e na revelação o valor próprio que têm.<br />
<br />
<b>Estás a começar a descobrir a Verdade.</b><br />
Se a Vida e cada ser têm valor independente do que cada um de nós sentir e pensar e têm esse valor mesmo se nós não existíssemos então existe algo que dá ordem e equilibro ao valor de cada ser e à relação entre eles.<br />
Como sabemos qual a medida correcta para a justiça, a misericórdia e para o próprio amor? Se o valor de cada ser é independente de nós, é absoluto e não subjectivo, então a justiça, a misericórdia e o próprio amor terão de ser também independentes de nós, terão de ter uma forma absoluta e não subjectiva.<br />
Essa medida correcta é a Verdade, esta é absoluta e não subjectiva, foi estabelecida e foi-nos dada por Deus, assim não existem "verdades" contrárias entre si ou dependentes da opinião e sentimentos de cada um.<br />
<br />
Por isso a Fé Católica é um assentimento que damos livremente a Deus e ao que nos revelou, pois na Fé é transmitida a Verdade que Deus estabeleceu. A Fé é baseada na Verdade e não em sentimentos.<br />
<br />
Com a Fé aprendemos a Verdade sobre nós, em que pecado
original destruiu a comunhão do Homem com Deus, é por isso necessário o
baptismo para removermos o pecado original. No mundo continuamos sobre a
influência das tentações e do pecado e por isso necessitamos da ajuda
da Graça de Deus. Jesus estabeleceu a Igreja e os sacramentos como meios
de salvação, a partir dos quais nos é comunicada a Graça de Deus. <br />
<br />
<b>Abrir os olhos para Verdade e a Vida</b><br />
Infelizmente a sociedade moderna edificou-se na soberba (orgulho e vaidade), a partir do renascimento o Homem foi tentando iluminar-se por si mesmo e libertar-se de qualquer forma de autoridade, foi-se afastando de Deus , da Igreja e criando um Jesus que deixa de ser Rei para passar a ser apenas amigo e mestre: é o Homem em busca da liberdade e igualdade absolutas, ignorando a Verdade e a Vida estabelecidas por Deus.<br />
<br />
Jesus tornou-nos livres mas essa liberdade contém a Verdade e a Vida: <i>"Se permanecerdes fiéis à minha mensagem, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres" (Jo 8, 31-32).</i> Como contém a Verdade a liberdade contém a ordem, hierarquia, justiça, não é uma liberdade qualquer, é uma liberdade estabelecida segundo a ordem de Deus. Como contém a Vida a liberdade não está dependente dos nossos sentimentos.<br />
<br />
A liberdade de Jesus é sermos livres do pecado e do materialismo do mundo, é sermos livres fazendo parte da Verdade e da Vida estabelecidas por Deus. <br />
A sociedade moderna afastou-se da liberdade de Jesus pois comete o erro de sentir a Verdade e a Vida como falta de liberdade. É a tentação da soberba, afastou-se assim de Deus e voltou ao paganismo. A partir daqui apenas procura Deus dentro de si mesmo, no sentido subjectivo e útil de uma vida melhor.<br />
<br />
Faz o Papa São João XXIII um diagnóstico preciso da nossa sociedade:<br />
<i>"A causa e a raiz de todos os males que, por assim dizer, envenenam os indivíduos, os povos e as nações, e tantas vezes perturbam o espírito de muitos, está na ignorância da verdade. E não só na ignorância, mas às vezes até no desprezo e no temerário afastamento dela. Daqui erros de toda a espécie, que penetram como peste nas profundezas da alma e se infiltram nas estruturas sociais, desorganizando tudo, com grave ruína dos indivíduos e da sociedade humana. Mas Deus dotou-nos duma razão capaz de conhecer as verdades naturais. Seguindo a razão, seguimos ao próprio Deus, que é o autor dela e ao mesmo tempo legislador e guia da nossa vida; mas, se por loucura ou preguiça, ou, pior ainda, por má vontade, nos afastamos do recto uso da razão, apartamo-nos ao mesmo tempo do sumo bem e da lei moral.<br /><br />Como dissemos, ainda que possamos atingir com a razão as verdades naturais, contudo, este conhecimento - sobretudo no que se refere à religião e à moral - nem todos podem facilmente consegui-lo; e, se o conseguem, muitas vezes vem misturado com erros. Além disso, as verdades, que ultrapassam a capacidade natural da razão, não podemos de modo nenhum atingi-las sem a ajuda duma luz sobrenatural. Por isso o Verbo de Deus, que "habita a luz inacessível" (1 Tm 6,16), com imenso amor e compaixão do género humano "fez-se carne e habitou entre nós" (Jo 1,14), para iluminar "todo o homem que vem a este mundo" (Jo 1,9) e conduzir todos, não só à plenitude da verdade, mas também à virtude e à eterna bem-aventurança. Todos estão, portanto, obrigados a abraçar a doutrina do Evangelho. Uma vez rejeitada, vacilam os próprios fundamentos da verdade, da honestidade e da civilização." (<a href="https://w2.vatican.va/content/john-xxiii/pt/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_29061959_ad-petri.html" target="_blank">Ad Petri Cathedram (4)</a>)</i><br />
<br />
Como católicos temos de acordar, o <a href="https://enxertadosnacruzdecristo.blogspot.com/p/o-modernismo.html" target="_blank">modernismo</a> encontra-se por todo o lado, mesmo na própria Igreja muitos membros abraçando o modernismo anunciam um outro Evangelho, abandonando a Verdade anunciam apenas a ilusão de um mundo melhor. Vemos isso quando na pregação quando apenas falam do mundo e do lado material da vida, neles não há vida sobrenatural, é uma pregação espiritualmente seca, sem nos elevar ao Alto, à Verdade, onde a Graça foi abandonada por um "sermos felizes".<br />
<br />
Continua o Papa São João XXIII:<br />
<i>"Como é evidente, trata-se duma questão gravíssima inseparavelmente ligada com a nossa salvação eterna. Aqueles que, como adverte o Apóstolo das gentes, estão "sempre aprendendo mas sem jamais poder atingir o conhecimento da verdade" (2 Tm 3,7), e negam à razão humana a possibilidade de chegar a qualquer verdade certa e segura, e rejeitam as verdades reveladas por Deus, necessárias para a salvação eterna: esses infelizes estão bem longe da doutrina de Jesus Cristo e do pensamento do mesmo Apóstolo das gentes, que exorta a "alcançar todos nós à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus.. Assim não seremos mais crianças, joguete das ondas, agitados por todo vento de doutrina, presos pela artimanha dos homens, e da sua astúcia que nos induz ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor cresceremos em tudo em direção àquele que é a Cabeça, Cristo, cujo corpo, em sua inteireza, bem ajustado e unido por meio de toda junta e ligadura, com a operação harmoniosa de cada uma das suas partes, realiza o seu crescimento para a sua própria educação no amor" (Ef 4,13-l6)." (<a href="https://w2.vatican.va/content/john-xxiii/pt/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_29061959_ad-petri.html" target="_blank">Ad Petri Cathedram (5)</a>)</i><br />
<br />
Estas palavras do Papa São João XXIII parecem dirigidas a nós católicos quando na missa passamos a ter um convívio comunitário, numa refeição de acção de Graças em vez do culto a Deus no oferecimento do Sacrifício do Altar:<br />
<i>"Não faltam também os que, sem impugnarem de propósito a verdade, tomam uma atitude de negligência e sumo descuido, como se Deus não nos tivesse dado a razão para procurar e alcançar a verdade. Este reprovável modo de proceder conduz, quase espontâneamente, à afirmação absurda de que todas as religiões se equivalem, sem nenhuma diferença entre a verdade e o erro. "Este princípio - para usar palavras do mesmo nosso predecessor - leva necessariamente à ruína de todas as religiões, especialmente da católica, que, sendo a única verdadeira entre todas, não pode sem grandíssima ofensa ser colocada no mesmo plano que as outras". Além disso, negar toda a diferença entre coisas tão contraditórias, pode levar à ruinosa conclusão de excluir todas as religiões na teoria e na prática. Como poderia Deus, que é a própria verdade, aprovar ou tolerar a indiferença, a negligência e a apatia daqueles que, em questões de que depende a salvação eterna de todos, não fazem nenhum caso nem se importam de procurar e encontrar as verdades necessárias, nem prestar a Deus o culto que lhe é devido?</i><br />
<i><br /></i>
<i>Hoje tanto empenho e diligência se põem no estudo e no progresso do saber humano, e a nossa época bem se pode gloriar das admiráveis conquistas alcançadas na investigação científica. Então, por que não se há de pôr igual empenho, até mesmo maior, na aquisição segura daquele saber que diz respeito, não já a esta vida terrena e caduca, mas à celeste que nunca terá fim? Só quando tivermos alcançado a verdade que deriva do Evangelho, e que deve traduzir-se na prática da vida, só então a nossa alma poderá gozar a tranquila posse da paz e alegria; alegria imensamente superior à que pode vir dos descobrimentos da ciência e daquelas maravilhosas invenções de hoje, que todos os dias são exaltadas, e elevadas, por assim dizer, até às estrelas." (<a href="https://w2.vatican.va/content/john-xxiii/pt/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_29061959_ad-petri.html" target="_blank">Ad Petri Cathedram (5)</a>)</i><br />
<br />
<b>Sobre a Fé católica e a missa:</b><br />
<i>"A Igreja Católica manda crer fiel e firmemente tudo o que Deus revelou, isto é, o que está contido na Sagrada Escritura e na Tradição tanto oral como escrita e, no decurso dos séculos, desde o tempo dos apóstolos foi estabelecido e definido pelos Sumos Pontífices e pelos legítimos Concílios Ecumênicos. Sempre que alguém se afastou desta verdade, a Igreja com a sua materna autoridade não deixou de o chamar repetidamente ao reto caminho. Pois sabe muito bem e defende que há uma só verdade e que não podem admitir-se "verdades" contrárias entre si; faz sua a afirmação do Apóstolo das gentes: "Nada podemos contra a verdade, mas pela verdade" (2 Cor 13,8)." (<a href="https://w2.vatican.va/content/john-xxiii/pt/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_29061959_ad-petri.html" target="_blank">Ad Petri Cathedram (37)</a>)</i><br />
<br />
<i>"Quem ignora que a Igreja Católica, desde o tempo dos Apóstolos e pelo decurso dos séculos, teve sempre sete sacramentos, nem mais nem menos, recebidos de Jesus Cristo como herança sagrada, os quais ela distribui em todo o orbe católico, para alimento da vida sobrenatural dos fiéis? E quem ignora que nela se celebra um só sacrifício, o Eucarístico, em que o próprio Cristo, nosso Salvador e Redentor, de modo incruento mas real, como outrora pregado na cruz do Calvário, se imola cada dia por nós todos, e difunde misericordiosamente sobre nós os tesouros infinitos da sua graça? Por isso, com muita razão notou S. Cipriano: "Não é lícito estabelecer outro altar e um novo sacerdócio, além do único altar e do único sacerdócio"." (<a href="https://w2.vatican.va/content/john-xxiii/pt/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_29061959_ad-petri.html" target="_blank">Ad Petri Cathedram (40)</a>)</i><br />
<br />
<b>A paz</b><br />
<i>" Vinde; "compreendei-nos" (2 Cor 7,2); não queremos outra coisa, não desejamos outra coisa, não pedimos a Deus outra coisa senão a vossa salvação, a vossa eterna felicidade. Vinde; desta suspirada unidade e concórdia, que deve ser alimentada pela caridade fraterna, nascerá grande paz; aquela paz "que supera todo o entendimento (Fl 4,7), porque desce do céu; aquela paz que, por meio do concerto angélico sobre o seu presépio, Cristo anunciou aos homens de boa vontade (cf. Lc 2,4), e que depois da instituição da Eucaristia como sacramento e sacrifício, deu com estas palavras: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá " (Jo 14,27). Paz e alegria; sim também a alegria porque aqueles que pertencem real e eficazmente ao corpo místico de Cristo, que é a Igreja Católica, participam daquela vida, que da Cabeça divina deriva para todos os membros. Esta fará que todos os que obedecem aos preceitos e mandamentos do nosso Redentor possam gozar já nesta existência mortal aquela alegria que é o penhor e anúncio da eterna felicidade do céu.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Mas esta paz, esta felicidade, enquanto percorremos o árduo caminho nesta terra de exílio, é ainda imperfeita. Não é paz completamente tranqüila, de todo serena. É paz operosa, não ociosa nem inerte. Sobretudo é paz militante contra todo o erro, mesmo que dissimulado sob aparências de verdade, contra o atrativo e seduções do vício, e contra toda a espécie de inimigos da alma, que procuram enfraquecer, manchar e arruinar os bons costumes ou a nossa fé católica; e também contra os ódios, rivalidades, dissídios que a podem quebrar ou lacerar. Por isso, o Divino Redentor nos deu e recomendou a sua paz.</i><br />
<i><br /></i>
<i>A paz, portanto, que devemos procurar e esforçar-nos por conseguir, deve ser a paz que não cede ao erro, que não se compromete de nenhum modo com fautores do erro, que não se entrega aos vícios e que evita toda a discórdia. É paz que exige, da parte dos que a desejam, a pronta renúncia às comodidades e vantagens próprias por causa da verdade e da justiça, segundo a recomendação evangélica: "Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça..." (Mt 6,33)." (<a href="https://w2.vatican.va/content/john-xxiii/pt/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_29061959_ad-petri.html" target="_blank">Ad Petri Cathedram (48-50)</a>)</i>
franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-60699215288081703582018-10-23T11:41:00.000+01:002018-10-23T11:44:58.808+01:00O Amor desordenado<b>O Amor desordenado</b><br />
<br />
A grande tentação da sociedade actual é esquecer Deus e tentar apenas por si própria edificar um mundo perfeito. Aqui surge a forma desordenada do amor, em que o amor é direccionado apenas ao mundo e aos Homens esquecendo Deus. Noutros casos Deus é lembrado apenas para melhorar a vida do Homem, pois o bem supremo tornou-se a felicidade do Homem no mundo em vez de ser o próprio Deus e a nossa comunhão com Ele na vida da Graça.<br />
<br />
<b>A correcta ordem do Amor</b><br />
<br />
Cada um de nós como cristãos tem o dever de trabalhar e cooperar para que o mundo seja um lugar melhor, para que o próximo seja feliz e tenha uma vida feliz, plena. Este nosso dever é realizado na correcta ordem do Amor:<br />
- O que fazemos é para glória e louvor de Deus.<br />
- As boas obras têm pelo menos o desejo de que o próximo conheça e reconheça o Deus único e verdadeiro, acredite, se converta e salve a sua alma.<br />
- Sabemos que para praticarmos o bem e as boas obras e trabalharmos a nossa salvação e do próximo não o conseguimos fazer sozinhos, necessitamos da Graça de Deus.<br />
- Sabemos que nos tornaremos pó e o mundo passará.<br />
<br />
<b>A heresia pelagiana</b><br />
<br />
A <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Pelagianismo" target="_blank">heresia pelagiana</a> consiste em considerar que nos podemos salvar por nós mesmos, apenas com boas obras, esquecendo de que necessitamos da Graça de Deus e esquecendo o que é o pecado original. Isto pode acontecer quando nos preocupamos em criar um mundo melhor seguindo a forma desordenada do amor.<br />
<br />
<b>A teologia da libertação</b><br />
<br />
A teologia da libertação é uma teologia condenada pela Igreja, (por exemplo <a href="http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19840806_theology-liberation_po.html" target="_blank">aqui</a>),em que o Evangelho se torna no anúncio da libertação do Homem de qualquer opressão social, económica e política, de tendência marxista em que os pobres se libertam da opressão dos ricos e poderosos e em que a salvação e o Reino se tornam numa vida melhor no mundo.<br />
Esta forma tentadora e alterada do Evangelho altera os conceitos cristãos mantendo as mesmas palavras:<br />
- O pecado deixa de ser uma realidade pessoal que afasta a pessoa de Deus e da Sua Graça para se tornar na ausência de fraternidade e amor nos relacionamentos entre os Homens.<br />
- A salvação é vista não principalmente como sendo a vida após a morte do indivíduo, mas em trazer o reino de Deus: uma nova ordem social onde haverá igualdade para todos.<br />
- Embora os teólogos da libertação não neguem abertamente a Divindade de Cristo, não há confissão inequívoca de que Jesus Cristo é Deus Encarnado. O "significado" de Jesus Cristo está em Seu exemplo de lutar para ajudar os pobres e os marginalizados.<br />
- A encarnação é reinterpretada para representar a total imersão de Deus na história de conflito e opressão do homem. Cristo veio libertar os pobres e oprimidos e ensinar-nos a construir um mundo melhor. Eles convenientemente ignoram que Jesus disse: "<i>Pobres, sempre os tereis convosco; mas a mim nem sempre me tereis.</i>" (Mt 26, 11).<br />
- Consideram que a missão da Igreja não é mais uma noção "quantitativa" de salvar as almas mas em vez disso, a Grande Comissão da Igreja trata de melhorar a "qualidade de vida" na Terra; assim, apoiando os pobres e os oprimidos.<br />
<br />
<b>As tentações no deserto</b><br />
<br />
Relembremos as tentações que o Senhor teve no deserto (Mt 4, 1-11) para não cairmos nós nesta tentação de criarmos um mundo melhor sem Deus:<br />
<style>
.tver tr,td {vertical-align:top;}
.tver td {padding:5px;border:1px solid black;}
</style>
<br />
<table class="tver">
<tbody>
<tr><td><b>Tentação do diabo</b></td><td><b>Resposta de Jesus</b></td><td><b>Tentação do mundo actual</b></td></tr>
<tr><td><i>Ordena que estas pedras se convertam em pães</i></td><td><i>Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.</i></td><td>Querermos apenas a felicidade no mundo esquecendo Deus e a Verdade. É esquecermos de edificarmos a nossa vida segundo a vontade de Deus, querendo seguir apenas a nossa vontade.</td></tr>
<tr><td><i>Se Tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: Dará a teu respeito ordens aos seus anjos; eles suster-te-ão nas suas mãos para que os teus pés não se firam nalguma pedra.</i></td><td><i>Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus!</i></td><td>Querermos a salvação apenas por nós mesmos, apenas sendo "bons", esquecendo a necessidade da Graça de Deus, o pecado original e a necessidade da ajuda de Deus para realmente sermos bons.</td></tr>
<tr><td><i>Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares.</i></td><td><i>Vai-te, Satanás, pois está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.</i></td><td>Esquecermos de prestar culto e adorar Deus. Esquecermos de reconhecer Deus como criador em que tudo Lhe pertence. Esquecermos a correcta ordem do Amor. Abandonarmos a virtude da religião para ficarmos apenas por uma espiritualidade "enriquecedora".</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<b>O relativismo</b><br />
<br />
Todo este movimento pode-nos levar ao relativismo pois a medida do Bem deixou de ser Deus para passar a ser a felicidade do Homem. <br />
Vejamos a lista de relativismos em que podemos cair seguindo a forma desordenada do amor:<br />
<br />
<table class="tver">
<tbody>
<tr><td><b>Relativismo</b></td><td><b>Fé Católica</b></td></tr>
<tr><td>O pecado é uma opressão na vida do Homem, é uma relação opressora entre os Homens.</td><td>O pecado é o que nos afasta de Deus e da Sua Graça.</td></tr>
<tr><td>A Salvação e o Reino consistem em criar um mundo melhor.</td><td>A Salvação é a possibilidade de após a morte alcançarmos a vida eterna junto de Deus. O Reino de Deus será constituído plenamente no fim dos tempos e agora no mundo está presente na Igreja.</td></tr>
<tr><td>A Vida Eterna é uma vida plena e realizada no mundo.</td><td>A Vida Eterna é após a morte podermos viver eternamente junto de Deus e no mundo a nossa participação na Vida consiste em vivermos na Graça de Deus.</td></tr>
<tr><td>A missão da Igreja é ajudar os Homens a serem felizes, levando-lhes o amor de Deus. </td><td>A missão da Igreja é a salvação das almas, anunciando o Evangelho, chamando os Homens à conversão e praticando as boas obras.</td></tr>
</tbody></table>
franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-1887900157545821042018-10-12T11:17:00.000+01:002018-10-12T11:17:33.891+01:00Reflexões várias<b>Dignidade e liberdade Humana:</b><br />
O documento do Vaticano II, <a href="http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decl_19651207_dignitatis-humanae_po.html" rel="" target="_blank">Dignitatis Humanae</a>,
ao falar da liberdade e dignidade do Homem alicerça-a na busca de Deus e
da Verdade. Só existe verdadeira liberdade e dignidade Humana se
procuramos Deus e a Verdade e se quando encontramos a Fé a Verdade nelas
permanecemos.<br />
<br />
<i>"Em primeiro lugar, pois, afirma o sagrado
Concílio que o próprio Deus deu a conhecer ao género humano o caminho
pelo qual, servindo-O, os homens se podem salvar e alcançar a felicidade
em Cristo. Acreditamos que esta única religião verdadeira se encontra
na Igreja católica e apostólica, à qual o Senhor Jesus confiou o encargo
de a levar a todos os homens, dizendo aos Apóstolos: «Ide, pois, fazer
discípulos de todas as nações, baptizando os em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos prescrevi»
(Mt. 28, 19-20). Por sua parte, todos os homens têm o dever de buscar a
verdade, sobretudo no que diz respeito a Deus e à sua Igreja e, uma vez
conhecida, de a abraçar e guardar."</i><br />
...<br />
<i>"Mas a verdade deve ser
buscada pelo modo que convém à dignidade da pessoa humana e da sua
natureza social, isto é, por meio de uma busca livre, com a ajuda do
magistério ou ensino, da comunicação e do diálogo, com os quais os
homens dão a conhecer uns aos outros a verdade que encontraram ou julgam
ter encontrado, a fim de se ajudarem mutuamente na inquirição da
verdade; uma vez conhecida esta, deve-se aderir a ela com um firme
assentimento pessoal."</i><br />
...<br />
<i>"Pelo que este Concílio Vaticano
exorta a todos, mas sobretudo aos que têm a seu cargo educar outros, a
que se esforcem por formar homens que, fiéis à ordem moral, obedeçam à
autoridade legítima e amem a autêntica liberdade; isto é, homens que
julguem as coisas por si mesmos e à luz da verdade, procedam com sentido
de responsabilidade, e aspirem a tudo o que é verdadeiro e justo,
sempre prontos para colaborar com os demais."</i><br />
...<br />
<i>"Deus chama
realmente os homens a servi-lo em espírito e verdade; eles ficam, por
esse facto, moralmente obrigados, mas não coagidos. Pois Deus tem em
conta a dignidade da pessoa humana, por Ele mesmo criada, a qual deve
guiar-se pelo próprio juízo e agir como liberdade."</i><br />
...<br />
<i>"Os
fiéis, por sua vez, para formarem a sua própria consciência, devem
atender diligentemente à doutrina sagrada e certa da Igreja. Pois, por
vontade de Cristo, a Igreja Católica é mestra da verdade, e tem por
encargo dar a conhecer e ensinar autenticamente a Verdade que é Cristo, e
ao mesmo tempo declara e confirma, com a sua autoridade, os princípios
de ordem moral que dimanam da natureza humana."</i><br />
<br />
<b>Porque se esvaziam as igrejas?</b><br />
<i><span id="bc_0_2b+seedqDpD" kind="d">A ida à igreja não pode estar
dependente de o que vou lá fazer e escutar ser para mim "interessante",
de estar dependente do que o padre faz ou diz.</span></i><br />
<i><span id="bc_0_2b+seedqDpD" kind="d">Penso que este é o problema de colocarmos a nossa felicidade
como o valor mais alto. A ida à igreja faz-se porque queremos prestar
culto a Deus e viver na Graça de Deus nos Sacramentos. Se as igrejas se
esvaziam é porque se perdeu a ligação a Deus e nós nos tornamos no
centro e destino. Acontece quando em vez da Graça se procura a
felicidade e acontece quando a nossa vida se torna mais importante do
que a Verdade e a Vida que existem para além da nossa existência aqui no
mundo. Ao concentrar-nos em nós e na nossa felicidade estamos a
construir a casa pelo telhado.<br /><br />A missa é culto a Deus, vem da
virtude da religião, vem do desejo de darmos a Deus toda a honra e
glória, do desejo da Graça de oferecermos com Cristo no Altar e nos
alimentarmos do alimento da vida eterna, o centro de atenções da missa é
Deus e não nós.<br /><br />Melhorar as homilias é um bom caminho, mas não vamos
estancar ou alterar o esvaziamento das igrejas enquanto as pessoas não
compreenderem a edificarem a casa pelo que é eterno, pela Verdade, pela
Vida, pelo Bem que é o próprio Deus. Tudo isto é bom e justo
independentemente de nós, da nossa existência, da nossa vida e
felicidade, estas penso que vamos encontrar no telhado desta edificação.
Ainda na edificação, nos alicerces encontra-se a Fé firme e
esclarecida, mesmo que seja simples, mas que sabe e dá o assentimento ao
que a Igreja sempre ensinou desde o tempo dos Apóstolos.</span></i><br />
<br />
<b><span id="bc_0_2b+seedqDpD" kind="d">A felicidade e a alegria cristã:</span></b><br />
<i><span id="bc_0_2b+seedqDpD" kind="d">As palavras «felicidade» e «alegria» podem ser mal interpretadas se forem consideradas como o mundo as promove.<br />Se
as não compreendermos à luz da Salvação podemos pensar que são
promessas de felicidade e alegria como tantas outras que nos são feitas
por anúncios, pelo consumismo, pelo niilismo, pelo egoísmo do Eu. E
nesse caso a mensagem da Igreja deixa de ser credível, torna-se uma
promessa como tantas outras.<br /><br />A alegria cristã se for considerada
como a alegria normal da vida no mundo, apenas num plano sentimental e
afectivo perde a verdadeira dimensão que tem.<br />A alegria cristã não é
apenas um estado afectivo, uma emoção feliz que por vezes está ligada
ao amor humano ou à interacção social. <br />A alegria cristã é fruto da
virtude da Caridade, e a Caridade é caracterizada pela correcta ordem do
Amor: colocar Deus primeiro e a partir daí ordenar todo o amor em
referência a Deus.<br /><br />A alegria cristã não pode estar desligada da Cruz.<br />Termos
alegria cristã não significa que estamos livres de sofrimento e dor,
estas fazem parte da vida cristã, de levarmos a Cruz. <br />Na alegria cristã não significa que estamos sempre "felizes" e alegres.<br />O caminho da alegria cristã e da vida cristã não vai levar-nos sempre a sentir felicidade.<br /><br />A
missão da Igreja não é levar-nos a sentirmos o amor de Deus mas sim em
primeiro lugar a missão da Igreja é levar-nos a saber e confiar que
somos amados por Deus, independentemente do que sentirmos no momento.<br /><br />Muitas
vezes não vamos sentir alegria e felicidade, mas sabemos e confiamos
que Deus nos ama, e apesar de no momento não sentirmos a alegria e
felicidade temos na mesma em nós a alegria Cristã, porque sabemos que
Deus nos ama.<br /><br />Assim, a nossa missão de levar a alegria e
felicidade no mundo tem de partir da virtude da Caridade, de ordenar
primeiro o amor a Deus e sabermos e confiarmos que Deus nos ama. </span></i>franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-60972373122850828802018-09-07T10:09:00.002+01:002018-09-07T10:39:14.779+01:00O Sagrado Coração de Jesus esquecido pelos HomensA primeira sexta-feira do mês é dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, partilho as orações deste dia:<br />
Estão <a href="http://www.missatridentina.com.br/index.php/material-de-apoio-sp-473651883/material-de-apoio/61--1/file" rel="" target="_blank">aqui na página 26</a>, são o Acto de Desagravo ao Sagrado Coração de Jesus e o Acto de Consagração ao Sagrado Coração de Jesus.<br />
<br />
Estas orações dizem tanto à nossa sociedade, lembram-nos os <i>"esquecimentos, friezas e desprezos dos Homens para com a infinita caridade de Jesus"</i> e lembram <i>"aqueles
que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua
infidelidade, não vos querendo como pastor e guia, ou, conculcando as
promessas do baptismo, sacudiram o suavíssimo julgo da Vossa santa lei"</i>.<br />
<br />
Para quem quiser reflectir e ler sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus deixo também a <a href="https://w2.vatican.va/content/pius-xii/pt/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_15051956_haurietis-aquas.html" rel="" target="_blank">encíclica do Papa Pio XII sobre esta devoção</a>.<br />
<br />
Vejamos o quanto tão longe estamos do Sagrado Coração constatando a diferença de mensagem dos nossos Bispos, que passou da união das almas com Deus para a simples união fraternal entre os Homens:<br />
<br />
<table>
<tbody>
<tr><td style="padding: 5px; vertical-align: top;"><div style="text-align: center;">
<b>Mensagem dos Bispos de Portugal em 1967</b> </div>
<br />
“A Mensagem de Nossa Senhora aos pastorinhos da Cova da Iria põe de frente e em cheio este problema: não ofendam mais Nosso Senhor. A guerra é castigo do pecado neste mundo, e, se não houver emenda, o castigo final será a irreparável condenação eterna do Inferno. Quando Nossa Senhora pede que se reze o terço para que a guerra acabe, Ela desencadeia uma grande ofensiva de paz, que não é apenas a paz das armas, mas sobretudo a paz das almas com Deus...<br />
Cada pecado mortal que nós conseguimos evitar, cada alma que nós conseguimos trazer à reconciliação com Deus, é um passo enorme no caminho da paz.”<br />
<br />
<a href="http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/Fatima50/N01/N01_master/Fatima50_A1_N01_13Mai1967.pdf" target="_blank">http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/Fatima50/N01/N01_master/Fatima50_A1_N01_13Mai1967.pdf</a><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><i>Pastoral colectiva do episcopado português, revista Fátima 50 Ano 1 n.º 1, 13 de Maio de 1967, pág.16 (14 no pdf)</i></span></td>
<td style="padding: 5px; vertical-align: top;"><div style="text-align: center;">
<b> Mensagem dos Bispos de Portugal</b><br />
<b>em 2016</b></div>
<br />
“Fiéis ao carisma de Fátima, somos chamados a acolher o convite à promoção e defesa da paz entre os povos, denunciando e opondo-nos aos mecanismos perversos que enfrentam raças e nações: a arrogância racionalista e individualista, o egoísmo indiferente e subjetivista, a economia sem moral ou a política sem compaixão. Fátima ergue-se como palavra profética de denúncia do mal e compromisso com o bem, na promoção da justiça e da paz, na valorização e respeito pela dignidade de cada ser humano.”<br />
<br />
<a href="http://www.conferenciaepiscopal.pt/v1/wp-content/uploads/CEP_CartaPastoral_CentenarioFatima.pdf" target="_blank">http://www.conferenciaepiscopal.pt/v1/wp-content/uploads/CEP_CartaPastoral_CentenarioFatima.pdf</a><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><i>Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa no Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima, 8 de dezembro de 2016, pág. 11.</i></span></td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
Esquecendo o que Deus nos deu e fez por nós abandonamos a Verdade e a Vida, passamos a querer apenas ter uma vida melhor, mais preenchida. Em vez de Deus ser a fonte e destino da Vida passou a ser um melhoramento para a nossa vida.<br />
Perante esta triste constatação seguem-se então as orações ao Sagrado Coração, tão esquecido pelos Homens:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZFcw9IhrjJn2OlqdBQFL3Agjdfms2jP_jdTvUpuavjPsst7QsFchkUx8s2yb1-XjUA8HvxlIRbB6hEad9L9wxceAodfAYp7doVn_86VVU-flS1GHKevFSFVP9f0-2yb4IRuy4N4Hq3IM/s1600/sgc_d.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="639" data-original-width="843" height="484" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZFcw9IhrjJn2OlqdBQFL3Agjdfms2jP_jdTvUpuavjPsst7QsFchkUx8s2yb1-XjUA8HvxlIRbB6hEad9L9wxceAodfAYp7doVn_86VVU-flS1GHKevFSFVP9f0-2yb4IRuy4N4Hq3IM/s640/sgc_d.png" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKZbwCQMGZAQ-ne_hYs20IoZjIDx9FwjNidY1_lmeVS-s6ekLEjkd-b3qRuVUSksK6TiY3rU2ZS8SL57dINFN3OKqo-luJwL6FgYQQFb6h973TgvpAal5O7klr05mqJcaW2iY1vwzHlpQ/s1600/sgc_c.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="418" data-original-width="852" height="313" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKZbwCQMGZAQ-ne_hYs20IoZjIDx9FwjNidY1_lmeVS-s6ekLEjkd-b3qRuVUSksK6TiY3rU2ZS8SL57dINFN3OKqo-luJwL6FgYQQFb6h973TgvpAal5O7klr05mqJcaW2iY1vwzHlpQ/s640/sgc_c.png" width="640" /></a></div>
<br />
Depois de rezarmos ao Sagrado Coração podemos ler toda a mensagem dos nossos Bispos de 1967, perante o que nos diziam e o que não nos dizem agora ressoa a questão que Josué há poucos dias nos <a href="http://liturgia.pt/liturgiadiaria/dia.php?data=2018-8-26" target="_blank">colocava</a>: <i>«Se não vos agrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir:
se os deuses que os vossos pais serviram no outro lado do rio, se os
deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha família
serviremos o Senhor»</i>.<br />
<br />
Quem vamos servir? O Senhor, Deus da Igreja de todos os tempos que nos chama à conversão ou o Mundo em que apenas nos lembramos de Deus para melhorar e tornar a nossa vida mais preenchida? <br />
<br />
Mensagem dos Bispos de Portugal em 1967:<br />
<a href="http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/Fatima50/N01/N01_master/Fatima50_A1_N01_13Mai1967.pdf" target="_blank">http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/Fatima50/N01/N01_master/Fatima50_A1_N01_13Mai1967.pdf</a><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir5Tj5STRsYJDCRwuoigVeg9VaDQ3tGFewUENg2aSEnzFsoNxjUeC60OZq-BV_brGwI75bHxr8HD4Hu_OYgaqADhCwAwiRyW8ACAfkZS64yaw1vOBP9avnoEITQGnkm78FqleEgBKPgRY/s1600/1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="659" data-original-width="454" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir5Tj5STRsYJDCRwuoigVeg9VaDQ3tGFewUENg2aSEnzFsoNxjUeC60OZq-BV_brGwI75bHxr8HD4Hu_OYgaqADhCwAwiRyW8ACAfkZS64yaw1vOBP9avnoEITQGnkm78FqleEgBKPgRY/s1600/1.png" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG0FvW6LQ0lqmFhbo-WAfhllZ3OkPld_VAqzQefuvkp8AGPcijLe828Hj4nG4lqQoOjEGRqNHdMLQ_8JhV-hfv6Q2kaZvb_oyONBpemR_yIcf21ZmoWFkSFPKe99cW6ypz6D6rN-EXPAo/s1600/2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="745" data-original-width="454" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG0FvW6LQ0lqmFhbo-WAfhllZ3OkPld_VAqzQefuvkp8AGPcijLe828Hj4nG4lqQoOjEGRqNHdMLQ_8JhV-hfv6Q2kaZvb_oyONBpemR_yIcf21ZmoWFkSFPKe99cW6ypz6D6rN-EXPAo/s1600/2.png" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh21gTenrvJuPIwwhN3MkkXHcTr5v9pYQHk-aQWLk4aC8fMmYUZ9baF6-ernHTUuVtz7JohP0ABodzTWryX3r6IGn7RiV49aGtpFiycoL6WxDjVgM77Np_OVdSVhn4-LD43fW4CfsZTH9I/s1600/3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="495" data-original-width="454" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh21gTenrvJuPIwwhN3MkkXHcTr5v9pYQHk-aQWLk4aC8fMmYUZ9baF6-ernHTUuVtz7JohP0ABodzTWryX3r6IGn7RiV49aGtpFiycoL6WxDjVgM77Np_OVdSVhn4-LD43fW4CfsZTH9I/s1600/3.png" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTGYgZaEpEdGTcspe-BpWjYNSUACniIJ3pRfz9_8RDqzfnTuv5HZE0Pch31K-bZJFYbLT3ZAZ7mZoUWvXfdEA3vqn2nafBRMANlf67NGYv6GOGrt_-voj943b9gnsge7Jxov5vrGkD3Gg/s1600/4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="620" data-original-width="454" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTGYgZaEpEdGTcspe-BpWjYNSUACniIJ3pRfz9_8RDqzfnTuv5HZE0Pch31K-bZJFYbLT3ZAZ7mZoUWvXfdEA3vqn2nafBRMANlf67NGYv6GOGrt_-voj943b9gnsge7Jxov5vrGkD3Gg/s1600/4.png" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy5mICnioCvqPCLGAfWuARwtUe0-BknyROWXMcajxxfiENiH-SaCk2VmQ78COv4-2dgQyLuDaN44Efq6U-tmNshi-N3IOIJdlZWOEWCUT1bgYYF9gmYCrunHBxRtVh0g2UdBq7akbVxKw/s1600/5.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="529" data-original-width="454" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy5mICnioCvqPCLGAfWuARwtUe0-BknyROWXMcajxxfiENiH-SaCk2VmQ78COv4-2dgQyLuDaN44Efq6U-tmNshi-N3IOIJdlZWOEWCUT1bgYYF9gmYCrunHBxRtVh0g2UdBq7akbVxKw/s1600/5.png" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwN6gxzVSc6IHIHl5wNtjFsE-QqzDdLQe1EXq-FfXYcfncL-mUMzG7MryplKv4mCxZo539582d_OsOmYEUepTlLO-s_7DB3wgVK8vYsY7t8Cgju4jIWYFnoJqhnODvpWHgnNKC3TnGa0E/s1600/6.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="596" data-original-width="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwN6gxzVSc6IHIHl5wNtjFsE-QqzDdLQe1EXq-FfXYcfncL-mUMzG7MryplKv4mCxZo539582d_OsOmYEUepTlLO-s_7DB3wgVK8vYsY7t8Cgju4jIWYFnoJqhnODvpWHgnNKC3TnGa0E/s1600/6.png" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZrnJSx4YditT5RNIo9IycNoRnGgKnIHCmNAtk2excEDHJJk4o3kjNSInaJEUee6ZRa1zmZSTaeXb_zVRa_XKZnanZ72rklGJM1iEon7bOPvpawMSSaSmW47F60ccI6nQ8iVJnz__fWjc/s1600/7.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="446" data-original-width="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZrnJSx4YditT5RNIo9IycNoRnGgKnIHCmNAtk2excEDHJJk4o3kjNSInaJEUee6ZRa1zmZSTaeXb_zVRa_XKZnanZ72rklGJM1iEon7bOPvpawMSSaSmW47F60ccI6nQ8iVJnz__fWjc/s1600/7.png" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXXEh_Is9PSXZIxgDEPmh2vVBrwpflO91T0hdKYstTExR571qgK-luTVCAsDPMlDCpchj1LDlXxZU_TU8TQ8ZOlNbG-QQy489Om18rsvolEJWiyzkMENa6xbnUFhkFFR6SYKJYdSO-G_8/s1600/8.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="783" data-original-width="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXXEh_Is9PSXZIxgDEPmh2vVBrwpflO91T0hdKYstTExR571qgK-luTVCAsDPMlDCpchj1LDlXxZU_TU8TQ8ZOlNbG-QQy489Om18rsvolEJWiyzkMENa6xbnUFhkFFR6SYKJYdSO-G_8/s1600/8.png" /></a></div>
franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-4019095969980071522018-09-05T10:56:00.000+01:002018-09-05T10:56:19.867+01:00Os fariseus do século XXIExcelente texto e explicação do padre Paulo Ricardo sobre os fariseus e como a sociedade actual se afastou tanto de Deus, pode-se ler aqui: <a href="https://padrepauloricardo.org/blog/os-fariseus-do-seculo-xxi" target="_blank">«Os fariseus do século XXI»</a><br />
<br />
<br />
<h1 class="post-caption__title post-caption__title--desktop" style="text-align: center;">
Os fariseus do século XXI</h1>
<div class="post-caption__callout">
<div style="text-align: center;">
Se,
como ensina Jesus, os fariseus são aqueles que abandonaram “o
mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”, nossa época está
cheia deles. E nem é preciso procurar muito.</div>
<br />
<a href="https://padrepauloricardo.org/episodios/uma-religiao-de-aparencias" target="_blank">No Evangelho deste domingo</a>, Nosso Senhor repreende com dureza os fariseus:<br />
<blockquote>
Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como
está escrito: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está
longe de mim. <b>De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos</b>” (<i>Is</i> 29, 13). Vós abandonais o <i>mandamento</i> de Deus para seguir a <i>tradição dos homens</i> (<i>Mc</i> 7, 6-8).</blockquote>
Nessa passagem, Jesus põe em contraste o “mandamento” de Deus e a
“tradição” dos homens. À luz da história da salvação, porém, nós sabemos
que se trata de duas tradições (já que <i>traditio</i> vem do verbo latino <i>trado</i>, “transmitir, entregar”): <b>os Mandamentos são uma tradição </b><b><i>divina</i></b><b>, pois tem como origem o próprio Deus</b>. Foi o próprio Senhor que entregou a Moisés as tábuas da Antiga Lei. Por isso, desde o início, a tradição judaico-cristã é <b>não uma tradição como outra qualquer, mas a Tradição por excelência</b>.<br />
<br />
Nas religiões naturais, são os homens que repassam aos outros o que
pensam e acreditam a respeito da divindade, num plano meramente <i>horizontal</i>. <b>No judaísmo e no cristianismo</b>, ao contrário, <b>é Deus mesmo que vem ao encontro do homem</b>. Deixar essa tradição, portanto — <i>a</i> Tradição —, é renunciar ao relacionamento com Deus, que é <i>vertical</i>, reduzindo tudo às coisas deste mundo.<br />
Sobre esse abandono do sobrenatural, o Venerável Fulton Sheen se pronunciou certa vez nos termos seguintes: <br />
<blockquote>
Antigamente, vivia o homem em um universo <i>tridimensional</i> onde, de uma terra que ele habitava com seus vizinhos, <b>avistava acima o céu e abaixo o inferno</b>.
Esquecendo Deus, a sua visão do homem ficou ultimamente reduzida a uma
só dimensão. Acha agora que sua atividade esteja limitada à superfície
da terra: um plano sobre o qual se move, não subindo para Deus ou
descendo para Satanás, mas somente para a direita ou para a esquerda. <b>A
velha divisão teológica dos que se acham no estado de graça e dos que
não estão deu lugar à separação política entre direitistas e
esquerdistas</b>. A alma moderna limitou definitivamente seus horizontes [1].</blockquote>
Embora faça menção explícita a uma “separação política”, Fulton Sheen está falando aqui de <b>um problema fundamentalmente de </b><b><i>fé</i></b>:
o homem moderno deixou de acreditar na Igreja, em Cristo e, em última
instância, até no próprio Deus. Com isso, e porque o homem é um ser
essencialmente religioso, ele passou a acreditar em outras coisas — ou
até, como dizia Chesterton, em <i>qualquer</i> coisa. A imagem bíblica dos salvos e condenados, <b>a distinção agostiniana entre “cidade de Deus” e “cidade dos homens” foi deixada de lado</b>, dando lugar às mais variadas distinções: direita e esquerda, ricos e pobres, homens e mulheres, brancos e negros <i>etc</i>. Não sem razão nossa época vive em <b>conflitos constantes e intermináveis</b>.<br />
Mas a falta de fé de nosso século está atrelada principalmente a um problema de natureza <i>moral</i>. Chesterton já havia “profetizado”, por assim dizer, que <b>a “próxima grande </b><b><i>heresia</i></b><b>” seria “um ataque à moralidade, especialmente à moral sexual”</b> [2]. Como as duas coisas se conectam é muito fácil entender:<br />
<blockquote>
A transgressão contínua e culpável da lei de Deus
(desonestidades, negócios sujos etc.) produz na alma do pecador um
desassossego cada vez maior contra a lei de Deus, que o proíbe de
entregar-se com tranquilidade a suas desordens. Essa situação
psicológica deve desembocar logicamente, mais cedo ou mais tarde, em uma
destas duas soluções: <b>o abandono do pecado ou o abandono da fé.</b> Se a isso acrescentamos que Deus vai retirando cada vez mais suas graças e suas luzes como castigo pelos pecados cometidos, <b>não é de se maravilhar que o desgraçado pecador acabe apostatando da fé</b>.<br /><br />Não há dúvida: <b>a imoralidade desenfreada que reina no mundo de hoje é uma das causas principalíssimas</b> — a mais importante depois da propaganda materialista e ateia — <b>da descristianização cada vez maior da sociedade moderna</b>. O mesmo Cristo nos avisa no Evangelho que “todo o que pratica o mal odeia a luz” (Jo 3, 20). <b>Não há nada que cegue tanto como a obstinação no pecado</b>. [3]</blockquote>
Em suma, nossa época abandonou a Tradição e a prática dos Mandamentos porque <b>deixou o seu coração corromper-se</b>
com o que Jesus fala ainda no Evangelho dos fariseus: “as más
intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições
desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho,
falta de juízo” (<i>Mc</i> 7, 21-22).<br />
<br />
Como consequência dessa falta de fé, a modernidade criou seus próprios
“sistemas” morais; assim como os fariseus da época de Jesus, também
nossos contemporâneos possuem as suas “tradições”. <b>Por não viverem de acordo com aquilo em que acreditavam, passaram a acreditar no modo como vivem</b>.
Eles abandonaram a doutrina católica pelo “politicamente correto”:
pecado, agora, é não aceitar o aborto, o “casamento” entre pessoas do
mesmo sexo, as relações pré-matrimoniais e tudo o que o mundo apoia,
aplaude e incentiva.<br />
<br />
O farisaísmo de nossa época é este: <b>a despeito da Palavra de Deus</b>, que é muito clara a respeito do “salário do pecado” (<i>Rm</i>
6, 23) — e do que seja pecado! —, que mui claramente afirma que “nem os
impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os
devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os
difamadores, nem os assaltantes possuirão o Reino de Deus” (<i>1Cor</i>
6, 9-10), nós estamos convencidos de que o inferno não existe e, se
existe, está vazio e não precisamos nos preocupar com ele; nós <b>deixamos de falar do Céu para concentrar nossos esforços na “construção de um mundo melhor”</b>; e também, como consequência disso, não falamos mais de pecado e a única coisa que tememos agora é, <b>quando muito</b>, o juízo dos homens. <br />
<br />
De onde quer que nossos contemporâneos tenham tirado todas essas
coisas, uma coisa nós sabemos: dos Mandamentos e da Tradição é que não
foi. Quem folhear todas as páginas das Escrituras, dos Santos Padres e
dos Concílios não achará uma linha sequer em defesa de suas <b>teses mirabolantes</b>
— porque, afinal, é disso que se trata: ideias fabricadas, “fábulas”
inventadas tão-somente para o prazer daqueles que escutam. Estamos no
período profetizado pelo Apóstolo: “tempo em que os homens já não
suportarão a sã doutrina da salvação” e, “levados pelas próprias paixões
e pelo prurido de escutar novidades, <b>ajustarão mestres para si, apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas</b>” (<i>2Tm</i> 4, 3-4).<br />
<br />
Foi a estas pessoas que Jesus chamou “hipócritas”: as que abandonam “o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens”. <b>São os fariseus do século XXI</b>.<br />
<br />
</div>
franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-53817291167780867052018-07-20T16:00:00.003+01:002018-07-20T16:06:00.709+01:00Eram como ovelhas sem pastor<div style="text-align: right;">
<i>"Naquele tempo, os Apóstolos voltaram para junto de Jesus e contaram-Lhe
tudo o que tinham feito e ensinado. Então Jesus disse-lhes: «<u>Vinde
comigo para um lugar isolado e descansai um pouco</u>». De facto, havia
sempre tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de
comer. Partiram, então, de barco para um lugar isolado, sem mais
ninguém. Vendo-os afastar-se, muitos perceberam para onde iam; e, de
todas as cidades, acorreram a pé para aquele lugar e chegaram lá
primeiro que eles. <b><u>Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e
compadeceu-Se de toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor.
E começou a ensinar-lhes muitas coisas.</u></b>" (Mc 6, 30-34)</i>
</div>
<br />
Seguindo o exemplo de Jesus paremos também nós um pouco para descansar. Sigamos também para um lugar isolado, para <i>o nosso quarto mais secreto</i> e na proximidade de Deus contemplemos a grande multidão e tenhamos dela compaixão. Tenhamos compaixão dos que vão distraídos no mundo como se Deus não existisse, daqueles a quem não foi transmitida a Verdade, daqueles a quem não foi mostrada a Vida, daqueles a quem não foi ensinado o Caminho, dos que desconhecem a Fé e a doutrina, dos que procuram o Amor mas esquecem os mandamentos, dos que procuram a felicidade no mundo e não lhes foi mostrada a felicidade do Céu, dos que não são chamados à conversão cuja salvação da alma fica abandonada à sorte, dos pequeninos que ficam a desconhecer o Deus que os criou e ficam apenas a conhecer uma parte, dos que procuram ser católicos mas ficam abandonados num cómodo protestantismo à medida de cada um, dos que desconhecem a necessidade de salvação da alma, dos que esquecem de receber o Senhor como Pastor e Guia.<br />
Nos nossos dias é grande a multidão que são como ovelhas sem pastor!<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>"Antes da vinda de
Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que
abalará a fé de numerosos crentes. A perseguição, que acompanha a
sua peregrinação na Terra, porá a descoberto o «mistério da iniquidade», sob a forma duma
impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os
seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A suprema impostura
religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo-messianismo
em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao
Messias
Encarnado"</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Catecismo da Igreja Católica n.º 675, <a href="http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2cap2_422-682_po.html" target="_blank">http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2cap2_422-682_po.html</a></i></div>
<br />
Neste tempo de crise de Fé, de abandono da Verdade, de relativização da Fé em troca de uma aparente solução dos problemas no mundo coloquemos mãos à obra. Tenhamos compaixão da multidão e comecemos a <i>ensinar-lhes muitas coisas</i>, a ajudar que a Fé não se perca!<br />
<br />
<br />
Como ovelhas sem pastor está a multidão, abandonada no <a href="http://enxertadosnacruzdecristo.blogspot.com/p/o-modernismo.html" target="_blank">modernismo</a>, na solução aparente dos problemas no mundo esquecendo o motivo principal porque veio Jesus. Quem as ajuda a viver na Graça de Deus, a procurar a sua santificação e a salvação da alma? Quem as ajuda a <a href="http://enxertadosnacruzdecristo.blogspot.com/2018/07/jesus-de-nazare.html" target="_blank">conhecer Jesus</a> e não apenas um cómodo amigo? Quem lhes lembra que <i>nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus</i>? Quem os chama a procurar o alimento de vida eterna? Quem confirma os irmãos na Fé? Quem lhes mostra a Esperança do Céu e a ajuda que Deus dá para lá chegar? Quem ensina a amar a Deus <i>com todo o coração, com toda a alma, com todo o entendimento e com todas as forças</i>? Quem lhes ensina o motivo porque foram criados?<br />
<br />
<b>Redenção e salvação</b><br />
Jesus deu a vida na Cruz por todos, é essa a Redenção e esta foi realizada por todos, para que todos se salvem. Mas nem todos se aproximam de Jesus, nem todos O recebem e reconhecem de forma a poderem alcançar a salvação que Ele nos oferece. <u>Se existisse uma salvação universal em que todos vão para o Céu porque havia de Jesus nos deixar a Igreja e os Sacramentos?</u> É porque realmente precisamos da Sua ajuda para alcançarmos a Salvação e chegarmos ao Céu. É porque existe realmente um destino diferente se acolhemos ou não Jesus.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>"Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra <u>edificarei a minha Igreja</u>, e as portas do Abismo nada poderão contra ela." (Mt 16, 18)</i> </div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>"Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado." (Mc 16, 16)</i> </div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>"Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus." (Jo 3, 5)</i> </div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>"</i><i>Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede. Mas já vo-lo disse: vós vistes-me e não credes. Todos os que o Pai me dá virão a mim; e quem vier a mim Eu não o rejeitarei, porque desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade daquele que me enviou é esta: que Eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas o ressuscite no último dia. Esta é, pois, a vontade do meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e
nele crê tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia." (Jo 6, 40)</i></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>"</i><i>Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão,
viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida
do mundo." (Jo 6, 51) </i></div>
<br />
<b>Salvação e o Reino de Deus</b><br />
Jesus quer nos dar um lugar no Reino de Deus, a plenitude desse Reino será alcançada no fim-dos-tempos quando Jesus voltar. Aí seremos separados conforme a nossa Fé e as nossas obras. A Salvação que Jesus nos dá é o caminho para alcançarmos o Seu Reino.<br />
Agora no mundo durante a nossa vida colocamos no mundo as sementes do Reino, trabalhando com Fé e obras, criamos um mundo melhor mas sempre com o objectivo de edificação de um lugar no Céu, no Seu Reino. Como cristãos é nosso dever trabalharmos para termos um mundo melhor, mas esse não é o nosso objectivo final, o nosso objectivo é sempre o Céu! Assim a Salvação que vamos vivendo no mundo é vivermos na Graça de Deus a caminho do Céu!<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>"Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros, a fim de os roubar. Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois, onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração."(Mt 6, 19-21)</i></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>"</i><i>Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por minha causa, há-de encontrá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que poderá dar o homem em troca da sua vida?" (Mt 16, 24-26)</i></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<b>O mundo</b><br />
O mundo foi criado por Deus com muito amor e nele podemos ver reflectido o Amor e a beleza de Deus. Por isso sempre com o olhar no Céu, desejando conhecer, amar e servir a Deus, trabalhando para a santificação e salvação nossa e do nosso próximo, vamos construindo um mundo melhor. Onde se possa viver as sementes do Reino, com justiça e misericórdia. Vamos vivendo as bem-aventuranças, procurando a santidade que começa nas coisas simples do dia a dia e que vai até ao desejo de contemplar Deus e viver apenas da Sua Graça.<br />
Contudo no mundo se esquecermos Deus facilmente ficamos escravos do pecado, por isso tudo o que fazemos não é para servir o Homem ou o mundo, o que fazemos faz parte do Amor de Deus, faz parte de conhecer, amar e servir a Deus, faz parte do caminho e do desejo de alcançarmos um lugar no Seu Reino.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>"Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e
estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis
servir a Deus e ao dinheiro." (Mt 6, 24)</i>.</div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>"Vós, porém, não quereis vir a mim, para terdes a vida! Eu não ando à procura de receber glória dos homens; a vós já vos conheço, e sei que não há em vós o amor de Deus. Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro viesse em seu próprio nome, a esse já o receberíeis. Como vos é possível acreditar, se andais à procura da glória uns dos outros, e não procurais a glória que vem do Deus único?" (Jo 5, 40-44)</i></div>
<br />
<b>Católicos ou protestantes?</b><br />
A grande diferença entre ser católico e protestante está na relação e na forma como recebemos a Fé. No caso protestante estuda-se a Fé e as Escrituras e chegamos a uma opinião de como se aplicam a nós, em que se acredita e em que não se acredita.<br />
No caso católico recebemos a transmissão da Fé de forma completa, é nos transmitida a Verdade e perante ela nós convertemo-nos de forma a passarmos a viver segundo a Verdade. Acreditamos em todo o depósito da Fé, está ali a Verdade que Jesus nos deu e nós procuramos compreender e viver o que pertence à Verdade, pois ali está o que é justo e verdadeiro. Se alguma coisa não compreendemos ou temos dificuldade de aceitar não a vamos descartar ou ignorar, fazemos um caminho para compreender pois sabemos que o que está certo é o que Jesus nos deu e não a nossa dificuldade de compreensão.<br />
<br />
<br />
<b>A divisão</b><br />
Como o espírito do mundo e a relativização entraram no meio de nós, vamos muitas vezes como ovelhas sem pastor pois infelizmente temos situações que ocorrem habitualmente mas que vão contra o que a Igreja ensina e definiu como norma.<br />
<ul>
<li>Sacerdotes e religiosos vestidos como leigos, quando o Vaticano II não pediu isso e a conferência episcopal indica que devem usar batina ou roupa que os identifique como sacerdotes e religiosos.</li>
<li>Na oração Eucarística dizer «por todos» em vez de «por muitos» durante a consagração do vinho no Sangue do Senhor, quando nas Escrituras sempre esteve escrito «por muitos» e tendo os Papas São João Paulo II e Bento XVI pedido que se alterasse e se passasse a dizer «por muitos».</li>
<li>Ter-se tornado a comunhão na mão como prática habitual, quando a norma definida pela Igreja é comungar na boca e a comunhão na mão é apenas uma opção, tendo sido iniciada essa forma em desobediência ao Papa Beato Paulo VI e tendo o Papa Beato Paulo VI pedido para se conservar como prática habitual a comunhão na boca.</li>
<li>Ter ministros extraordinários da comunhão em todas as missas de Domingo quando a Igreja e os Papas São João Paulo II e Bento XVI pediram para só se utilizarem em situações excepcionais.</li>
<li>Termos a celebração da missa voltada para o povo, quando o Vaticano II não pediu isso, estando as instruções do missal a dar a entender que a celebração é voltada para o oriente litúrgico, e a única indicação sobre ser voltada para o povo é com base numa tradução errada da instrução do missal.</li>
<li>Ter-se removido o Sacrário do centro da Igreja, quando o Vaticano II não pediu isso.</li>
<li>Ter-se abandonado o canto gregoriano, quando o Vaticano II não pediu isso, pelo contrário incentivou-o.</li>
<li>Ter-se acabado com o latim na missa, quando o Vaticano II não pediu para abandonar o latim completamente, pelo contrário incentivou os fiéis a conseguirem dar respostas em latim.</li>
</ul>
<div style="text-align: right;">
<i>"Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar; e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir." (Mc 3, 24-25)</i></div>
<br />
<b>Esperança</b><br />
Tenhamos esperança pois "<i>Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da Verdade" (1Tm 2, 4).</i> A Salvação faz-se ao longo do Caminho no mundo e mesmo que a <i>multidão </i>se tenha afastado do Caminho há sempre a possibilidade de ajudar, pois Deus está sempre pronto a receber e a perdoar. Ponhamos mãos à obra para lhes mostrarmos a Vida maior do que a vida no mundo, por mostrarmos a Verdade e ajudarmos à conversão, a acreditarem. Por amor a Deus e ao próximo ponhamos mãos à obra pois há sempre esperança!<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>"Protegei, Senhor, o vosso povo
que saciastes nestes divinos mistérios
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça."</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Oração depois da comunhão.</i></div>
<br />franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-46904555234266031372018-07-13T11:04:00.003+01:002018-07-13T11:04:33.581+01:00Porque alguns não acreditam?Partilho aqui as minhas respostas a duas questões que me colocaram <i><b>«</b></i><span id="bc_0_14b+seedrgwD" kind="d"><i><b>Que é acreditar em Deus?»</b></i> e</span> <b><i>«O problema não é gramatical. É saber como se acredita na prática, como se reliza isso?».</i></b><br />
<br />
Podem também partilhar as vossas respostas e colocar dúvidas para encontrarmos a melhor forma de ajudar quem não acredita.<br />
<b><i> </i></b><br />
<br /><b><i><i><b>«</b></i><span id="bc_0_14b+seedrgwD" kind="d"><i><b>Que é acreditar em Deus?»</b></i></span></i></b><br />
<span id="bc_0_14b+seedrgwD" kind="d">É acreditar no Deus único e verdadeiro que Jesus nos revelou.<br />Aqui inclui-se acreditar na Vida que vai para além do mundo, onde Deus nos amou ainda antes de existirmos e que quer que alcancemos essa Vida plena no Seu Reino.<br />Inclui-se acreditar na Verdade que nos indica que no mundo somos peregrinos para a nossa verdadeira casa que é o Céu e que no mundo estamos presos ao pecado e à morte eterna, cuja libertação obtemos pela Graça de Deus. Que fomos criados por Deus para O conhecermos, amarmos e servirmos.<br />Inclui-se acreditar no Caminho que é o próprio Jesus, Verbo de Deus, nosso Pastor e Guia que nos conduz na Graça de Deus para alcançarmos o Seu Reino, cumprindo a vontade de Deus. Caminho que mais do que nos humanizar e ajudar a formar uma comunidade de irmãos nos inscreve no Livro da Vida.<br />Inclui-se compreender o abismo que nos separava de Deus e que só com o Seu auxilio conseguimos alcançar a Salvação, que devemos perserverar na Fé e nas boas obras, permanecer na Igreja por Ele fundada, que é o Corpo Místico de Cristo, começo e semente do Seu Reino na Terra.<br />Inclui-se compreender que o pecado para além de nos desumanizar e afastar dos irmãos nos afasta da Graça de Deus e da Salvação. </span><b><span id="bc_0_14b+seedrgwD" kind="d"></span></b><span id="bc_0_14b+seedrgwD" kind="d"></span><br />
<br />
<b><i><b><i>«O problema não é gramatical. É saber como se acredita na prática, como se reliza isso?».</i></b></i></b><br />
Realiza-se da seguinte forma:<br />A Fé é acreditar em Deus e no que nos revelou.<br />Perante a transmissão do depósito da Fé (o que indiquei na outra resposta) o Homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, dá assentimento a Deus revelador, auxiliado pela Graça de Deus.<br />Mas para ser movido a acreditar e procurar a Fé é necessário primeiro ser movido pela Graça de Deus, o Homem sozinho não o consegue fazer.<br />Porque então alguns não acreditam e não procuram, Deus não lhes dá essa Graça?<br />Pelo contrário, dá e deu-lhes possívelmente várias vezes, mas o Homem se estiver ocupado e distraído em obras que não são boas não repara na Graça e afasta-a:<br />
<div style="text-align: right;">
<i>"Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus. E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más. De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas acções não sejam desmascaradas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus actos são feitos segundo Deus." (Jo 3, 18-21)</i></div>
<br /><u>Assim na prática são necessárias duas coisas:</u><br />- Transmitir a Verdade, o depósito da Fé completo e não apenas as coisas boas e humanamente bonitas<br />- Proporcionar às pessoas momentos onde a Graça possa agir e elas se possam abrir e descobrir a Graça que lhes está a ser dada para se moverem a caminho da Fé<br /><br />Por isso para o primeiro ponto é importante não reduzirmos Jesus a um bom amigo, à alegria do Evangelho, ao amor, esquecendo que somos chamados a ser Filhos de Deus, falar da salvação e do pecado de forma clara, temos de falar do Caminho, da Verdade e da Vida e não apenas numa espécie de salvação no mundo, numa vida melhor, temos de falar na vida na Graça de Deus. Tudo não porque é bom para nós mas porque é o justo e verdadeiro.<br /><br />Por isso para o segundo ponto é tão importante não se reduzir a missa a convivio comunitário, celebração da alegria e da fraternidade entre os irmãos mas dar espaço ao oferecimento, ao silêncio, aprender a rezar intimamente, ver o Calvário no Altar, dar espaço à devoção e à piedade, aprender a simplesmente estar na casa de Deus e não estar sempre ocupado num levanta/senta/canta/responde. <br /><br />Por isso para o segundo ponto é tão importante aprendermos a fazer as coisas para Deus sem termos de colocar-nos sempre no centro das atenções, a área do santuário da igreja é um bom exemplo onde em vez de se tornar sagradamente um espaço onde tudo é dedicado a Deus como quem abre uma janela para o Céu não faltam ali elementos humanos como faixas com palavras, adornos como se fosse um palco a falar da nossa vida no mundo, onde se retiraram os santos e a beleza, onde se retirou o sacrário, onde o padre se torna o centro da atenção, tudo coisas que tapam a vista da janela para o Céu.<br /><br />Por isso para o segundo ponto é tão importante termos igrejas belas onde se entra e se respira logo uma atmosfera diferente. Precisamos de tornar o nosso agir e as nossas comunidades em espaço de devoção e piedade.<br /><br />Transformamos tudo de forma a ser humanamente enriquecedor, onde se celebra a alegria e o amor, isto para quem acredita até pode ser bom mas esquecemo-nos dos que não acreditam, colocamo-nos entre eles e a Graça que lhes estava a ser dada. Estamos a dizer-lhes vê-de como é belo acreditar mas eles sem a Graça inicial não vão perceber.<br /><b><i><b><i> </i></b></i></b>franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-51661689597432195902018-07-10T10:59:00.003+01:002018-07-10T11:09:22.566+01:00Jesus de NazaréHoje em dia é comum ter-se uma ideia romântica de Jesus como alguém que veio anunciar o amor e a paz, que é inclusivo, tolerante, não julgava ninguém, veio promover um mundo melhor e uma forma de vida mais humana e solidária. Muitas vezes falamos e ouvimos falar de Jesus como um bom amigo, como quem nos quer dar uma vida mais preenchida, como quem vem realizar a verdadeira humanização da vida.<br />
<br />
Estes são alguns dos atributos de Jesus mas ficar por aqui com esta imagem cómoda de Jesus é um dos motivos da crise de Fé que vivemos. É uma imagem construída por influência do <a href="http://enxertadosnacruzdecristo.blogspot.com/p/o-modernismo.html" target="_blank">modernismo</a>, do espírito do mundo em que nós e a nossa felicidade são o nosso absoluto, o nosso fim e desejo, assim a religião e a Fé serão para nos completar e ajudar. É esta uma imagem cómoda e confortável, diferente do Jesus real do Evangelho, é uma imagem que nos transforma de certa forma em católico-protestantes, construindo um Evangelho à nossa medida. Este erro não nos vai chamar à conversão, a acreditar.<br />
<br />
<br />
Hoje em dia não falamos sobre a Verdade, tudo é relativo. Falamos de verdades, que no fundo são preferências. O que uma pessoa acredita é tão importante como o que outra pessoa acredita independentemente do que seja verdade ou não. A sociedade moderna abandonou a Verdade em favor da preferência. Este é um dos frutos da sociedade moderna. Ela determina que isso é igualdade e tolerância. Mas na verdade a tolerância não é indiferença, assim se o próximo está errado é uma obra de misericórdia corrigir quem erra e ensinar quem não sabe.<br />
<br />
Vamos então descobrir o verdadeiro Jesus, pois só poderemos compreender quanto nos ama se virmos as coisas pelo olhar de Deus que é o Bem.<i> </i>E <u><b>como podemos amar Jesus se O não conhecermos?</b></u><i><br /></i><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>"Certo chefe perguntou-lhe, então: «Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?» Respondeu-lhe Jesus: «<u>Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus</u>.»" (Lc 18, 18-19)</i> </div>
<br />
Jesus ensina-nos que a medida do Bem e da nossa felicidade é Deus e só aí descobriremos o verdadeiro amor, justiça e misericórdia. Sem a Verdade e o Bem de Deus não existe o verdadeiro amor.<br />
<br />
<b>A Boa Nova</b><br />
A mensagem principal do Evangelho não é o amor a Deus e ao próximo. Esses ensinamentos são essenciais para sermos cristãos e essenciais para alcançar a vida eterna, mas eles não são a Boa Nova. De certa forma eles já eram conhecidos no antigo testamento. A Boa Nova também não é entender a vida como um dom em entrega por amor aos irmãos, nem é descobrirmos que ser feliz significa fazer os outros felizes. Tudo isso faz parte do ser cristão mas a Boa Nova vai ainda mais longe.<br />
A Boa Nova do Evangelho é a Ressurreição de Cristo, e consequentemente a Divindade de Cristo (da qual a Sua ressurreição corporal é a prova suprema), assim como o facto de que a Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão de Jesus nos redimiu e abriu para nós as portas do céu, as quais podemos alcançar através da cooperação com a graça de Deus, levando-nos ao arrependimento e à conversão. <br />
<u>Assim, a Boa Nova é que Jesus é Deus e Ele nos redimiu, fundou uma Igreja para preservar os Seus ensinamentos e os Seus Sacramentos, e que podemos entrar na vida eterna e no Seu Reino se cooperarmos com Sua graça salvadora.</u><br />
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São Paulo explica da seguinte forma este ponto central e fundamental da Fé: <i>"Mas<u> se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé</u>. E resulta até que acabamos por ser falsas testemunhas de Deus, porque daríamos testemunho contra Deus, afirmando que Ele ressuscitou a Cristo, quando não o teria ressuscitado, se é que, na verdade, os mortos não ressuscitam. Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé e permaneceis ainda nos vossos pecados. Por conseguinte, aqueles que morreram em Cristo, perderam-se. E <u>se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens</u>." (1 Cor 15, 14-19).</i><br />
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<b>Conversão</b><br />
No anúncio da Boa Nova <u>Jesus ensinou claramente que o arrependimento e a conversão são
necessários para a aceitação da mensagem do Evangelho</u> e a entrada na
vida eterna:<br />
<i>"Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, e proclamava o Evangelho de Deus, dizendo: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: <u>arrependei-vos e acreditai</u> no Evangelho." (Mc 1, 14-15)</i>.<br />
<i>"A partir desse momento, Jesus começou a pregar, dizendo: «<u>Convertei-vos</u>, porque está próximo o Reino do Céu.»" (Mt 4, 17)</i>.<br />
A partir do momento em que acreditamos que Jesus é mesmo o Filho de Deus a conversão é fundamental para O conhecermos e recebermos. No fundo conversão significa colocar o coração em Deus.<br />
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<b>Arrependimento e pecado</b><br />
Outra ideia incorrecta é
pensarmos num Jesus inclusivo, que convivia com todos, justos e
pecadores, para os fazer felizes, com todos é tolerante e não os
julgava. A verdade é que Jesus convivia com todos, indicou até que veio
principalmente para os pecadores, contudo ajudava-os sempre a reflectir
sobre o pecado, levantava-os e ajudava-os a abandonar o pecado,
indicando-lhes também para não voltarem a pecar.<i>"Jesus tomou a
palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico,
mas os que estão doentes. Não foram os justos que Eu vim chamar ao
arrependimento, mas os pecadores."(Lc 5, 31-32).</i><br />
Nisto usava
de paciência e indicava que devemos perdoar sempre ao nosso próximo,
indicando também que assim como fizermos Deus fará connosco.<br />
<i>"Então,
Pedro aproximou-se e perguntou-lhe: «Senhor, se o meu irmão me
ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?» Jesus
respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete." (Mt
18, 21-22) e "Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis
ajustar contas com os seus servos...O senhor mandou-o, então, chamar e
disse-lhe: ‘Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo
suplicaste; não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu
tive de ti?’ E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que
pagasse tudo o que devia. Assim procederá convosco meu Pai celeste, se
cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração."(Mt 18,
23-35)</i>.<br />
<i>"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas,
também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes
aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as
vossas." (Mt 6, 14-15).</i><br />
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<b>Jesus, os fariseus e os doutores da Lei</b><br />
Muitas vezes quem refere a importância de se guardar os mandamentos é acusado de ser rígido, de ser como os fariseus. A ideia é que os fariseus e doutores da Lei obrigavam ao cumprimento da Lei e Jesus veio libertar as pessoas da Lei e dos mandamentos. É a ideia que agora tudo se resume ao amor e a fazer as pessoas felizes. Aqui existem várias ideias erradas. <br />
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Em primeiro lugar Jesus não veio abolir a Lei mas sim levá-la à perfeição:<br />
<i>"<u>Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas</u>. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, <u>se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu</u>. Porque Eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu." (Mt 5, 17-20)</i>.<br />
Assim o que Jesus nos indica é que a observância da lei, por si só, sem caridade, não é o que agrada a Deus. É para se cumprir a Lei e os mandamentos, não é a nossa suposta felicidade que vai fazer-nos escolher se cumprimos ou não. Mas o seu cumprimento deve ser feito com amor e justiça, por amor a Deus e ao próximo.<br />
<br />
Jesus indica também que quem O ama guarda os mandamentos, <i>"Quem recebe os meus mandamentos e os observa esse é que me tem amor; e
quem me tiver amor será amado por meu Pai, e Eu o amarei e hei-de
manifestar-me a ele." (Jo 14, 21)</i>. Não se pode amar Jesus sem guardar e observar os mandamentos, fazendo isso sempre com amor, justiça e Caridade.<br />
<br />
Jesus condenou os fariseus e doutores da Lei por causa da sua hipocrisia, em que diziam uma coisa e faziam outra. <i>"Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés. Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem." (Mt 23, 2-3)</i>. Novamente Jesus indica que se deve seguir a Lei e os mandamentos mas não na forma como os fariseus e doutores da Lei o fazem, hipocritamente.<br />
<br />
Jesus condena também os doutores da Lei que enquanto exibem um seguimento da Lei ao mesmo tempo se desviam dela quando é conveniente para eles e para serem vistos e bem considerados pelos outros. Aqui está um ponto fundamental para nós hoje em dia, pois actualmente sobre uma aparente tolerância sugere-se que perante alguém que peca não devemos julgar. Está correcto que não devemos julgar a pessoa mas devemos ajudá-la a ultrapassar o pecado, levantá-la, ajudá-la a olhar mais longe, a olhar para o Bem. Se por uma aparente tolerância simplesmente não julgamos e passamos adiante corremos o risco de sermos como os doutores da Lei aos quais Jesus dizia que <i>"por fora pareceis justos aos olhos dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade" (Mt 23, 28)</i>.<br />
<br />
Mesmo que muitos fariseus não gostassem de Jesus e fossem condenados por Ele existiram alguns que eram sinceros e procuravam a Verdade, tais como Nicodemos e José de Arimateia. <br />
<br />
Também importante para os nossos dias é o exemplo que Jesus dá em relação aos Saduceus em (Marcos 12, 18-27): <i>"Vieram ter com Ele os saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-no...Disse Jesus: «Não andareis enganados por desconhecer as Escrituras e o poder de Deus?"</i>. Nesta passagem Jesus indica que os Saduceus estão errados no seu entendimento da Sagrada Escritura e na sua rejeição do sobrenatural. Isto acontece várias vezes também connosco quando esquecemos todo o lado sobrenatural e aplicamos o Evangelho apenas à nossa vida na terra.<br />
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<i>"Descurais o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens.» E acrescentou: «Anulais a vosso bel-prazer o mandamento de Deus, para observardes a vossa tradição. Pois Moisés disse: Honra teu pai e tua mãe; e ainda: Quem amaldiçoar o pai ou a mãe seja punido de morte. Vós, porém, dizeis: "Se alguém afirmar ao pai ou à mãe: ‘Declaro Qorban’ - isto é, oferta ao Senhor - aquilo que poderias receber de mim...", nada mais lhe deixais fazer por seu pai ou por sua mãe, anulando a palavra de Deus com a tradição que tendes transmitido. E fazeis muitas outras coisas do mesmo género.»" (Mc 7, 8-13)</i>.<br />
<br />
Assim, <span class="tlid-translation translation"><span class="" title="">Jesus tinha mais em comum doutrinalmente com os fariseus do que com os saduceus.</span> Jesus <span class="" title="">apoiou o ensino dos fariseus sobre a lei.</span> <span class="" title="">O Seu desacordo acontece devido à colocação de tradições puramente humanas ao mesmo nível da Lei e até mesmo permitir que tais tradições neguem a Lei, bem como acreditar que a mera observância da Lei pode nos salvar, em oposição à dependência da graça de Deus (que não</span> <span title="">significa expulsar a lei).</span> <span title="">Jesus disse "</span></span><span class="tlid-translation translation"><span title=""><i>Se a vossa justiça não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu." (Mt 5, 20)</i> e </span><span title="">que os cristãos devem ser <i>"</i></span></span><span class="tlid-translation translation"><i><span title="">perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste"</span> </i><span title=""><i>(Mt 5, 48).</i> Esse tipo de perfeição só pode ser realizado pela graça de Deus, mas não envolve rejeitar a lei positiva divina.</span></span><br />
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<b>O mundo</b><br />
Nos Evangelhos Jesus fala diversas vezes sobre a oposição que existe entre Ele e o mundo. Ainda que o mundo tenha sido criado com amor por Deus o pecado e a morte entraram nele. Assim se vivermos no mundo indiferentes ou esquecidos de Deus é normal ficarmos escravos do pecado. É esta oposição que Jesus nos recorda, cuja salvação nos vem oferecer.<br />
<i>"Entreguei-lhes
a tua palavra, e o mundo odiou-os, porque eles não são do mundo, como
também Eu não sou do mundo. Não te peço que os retires do mundo, mas que
os livres do Maligno. De facto, eles não são do mundo, como também Eu
não sou do mundo.<br />Faz que eles sejam teus inteiramente, por meio da
Verdade; a Verdade é a tua palavra. Assim como Tu me enviaste ao mundo,
também Eu os enviei ao mundo, e por eles totalmente me entrego, para que
também eles fiquem a ser teus inteiramente, por meio da Verdade." (Jo
17, 14-19)</i><br />
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O mundo onde nascemos não é compatível com Deus
por causa do pecado e da nossa natureza, fruto do pecado original. Por
isso necessitamos de salvação, sem Jesus já estavamos condenados. É o
abismo que existe entre o mundo e Deus, <i>"entre nós e vós há um grande
abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de
vós, não poderia fazê-lo, nem tão-pouco vir daí para junto de nós." (Lc
16, 26)</i>.<br />
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<b>A promoção da paz</b> <br />
No mundo pensamos na paz como tendo a humanidade a viver fraternalmente. Contudo a paz que Jesus nos vem dar é diferente da do mundo. Este viver fraternalmente da humanidade se for à custa do abandono e da relativização da Verdade e do esquecimento de Deus de forma a satisfazer as necessidades e a paz entre os Homens de pouco serve.<br />
<i>"Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou." (Jo 14, 27)</i>. <br />
<i>"Todo aquele que se declarar por mim, diante dos homens, também me declararei por ele diante do meu Pai que está no Céu. Mas <u>aquele que me negar diante dos homens, também o hei-de negar diante do meu Pai que está no Céu. Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada</u>. Porque <u>vim separar o filho do seu pai, a filha da sua mãe e a nora da sua sogra</u>; de tal modo que os inimigos do homem serão os seus familiares. <u>Quem amar o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim</u>. Quem amar o filho ou filha mais do que a mim, não é digno de mim. Quem não tomar a sua cruz para me seguir, não é digno de mim. <u>Aquele que conservar a vida para si, há-de perdê-la; aquele que perder a sua vida por causa de mim, há-de salvá-la</u>." (Mt 10, 32-39)</i>.<br />
A paz que Jesus nos dá é vivermos na Graça de Deus, isto requer de nós conversão e acreditar. Se acreditamos a sério não podemos relativizar ou guardar o que acreditamos apenas para uma suposta paz fraternal entre os Homens. É normal então que exista divisão, diferenças.<br />
Desta divisão também Jesus nos falou para quando ocorrer a Sua vinda no fim dos Tempos: "<i>Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-se no seu trono de glória. Perante
Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das
outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos." (Mt 25, 31- 33)</i>.<br />
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<br />
Ao mesmo tempo Jesus alertou os seus discípulos de que é normal existirem diferenças e serem julgados e condenados por outros Homens: <i>"Felizes sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos expulsarem, vos insultarem e rejeitarem o vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, pois a vossa recompensa será grande no Céu. Era precisamente assim que os pais deles tratavam os profetas." (Lc 6, 22-23)</i>.<br />
Isto acontece hoje em dia na sociedade moderna que é "inclusiva" à custa da relativização da Verdade. Se alguém fala da verdadeira doutrina, da Verdade, da necessidade de abandonar o pecado é logo acusado de ser rígido e causador de divisões. A sociedade moderna esqueceu que a medida do Bem é Deus.<br />
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<b>A condenação de quem não acreditar e seguir o caminho de salvação</b><br />
Jesus mostrou-nos a Verdade e a Vida e qual o Caminho para alcançarmos a salvação. Na missão que deu aos discípulos foi claro sobre a necessidade de seguirmos esse Caminho, pois não acreditando seremos condenados.<br />
<i>"Jesus respondeu-lhe: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai senão por mim." (Jo 14, 6).</i><br />
<i>"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele. Como é estreita a porta e quão apertado é o caminho que conduz à vida, e como são poucos os que o encontram!" (Mt 7, 13-14). </i><br />
<i>"Apareceu, finalmente, aos próprios Onze quando estavam à mesa, e
censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração em não acreditarem
naqueles que o tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado" (Mc 16, 14-16)</i>.<br />
<br />
<b>Os incrédulos e a falta de Fé</b><br />
Jesus lamentou a incredulidade e a falta de Fé das pessoas, os Seus milagres e as Suas obras são sobretudo para confirmar que Ele é mesmo o Filho de Deus e por isso lamenta que apesar de tantos prodígios as pessoas não acreditem e se convertam.<br />
<i>"Se alguém não vos receber nem escutar as vossas palavras, ao sair dessa casa ou dessa cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo: No dia do juízo, haverá menos rigor para a terra de Sodoma e de Gomorra do que para aquela cidade." (Mt 10, 14-15)</i><br />
<i>"Jesus começou então a censurar as cidades onde tinha realizado a maior parte dos seus milagres, por não se terem convertido: «Ai
de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres realizados
entre vós, tivessem sido feitos em Tiro e em Sídon, de há muito se
teriam convertido, vestindo-se de saco e com cinza. Aliás, digo-vos Eu: No dia do juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sídon do que para vós. E tu, Cafarnaúm, julgas que serás exaltada até ao céu? Serás precipitada no abismo. Porque, se os milagres que em ti se realizaram tivessem sido feitos em Sodoma, ela ainda hoje existiria. Aliás, digo-vos Eu: No dia do juízo, haverá mais tolerância para os de Sodoma do que para ti." (Mt 11, 20-24)</i><br />
<i>"Intervieram, então, alguns doutores da Lei e fariseus, que lhe disseram: «Mestre, queremos ver um sinal feito por ti.». Ele respondeu-lhes: «Geração má e adúltera! Reclama um sinal, mas não lhe será dado outro sinal, a não ser o do profeta Jonas. Assim como Jonas esteve no ventre do monstro marinho, três dias e três noites, assim o Filho do Homem estará no seio da terra, três dias e três noites. No dia do juízo, os habitantes de Nínive hão-de
levantar-se contra esta geração para a condenar, porque fizeram
penitência quando ouviram a pregação de Jonas. Ora, aqui está quem é
maior do que Jonas! No dia do juízo, a rainha do Sul há-de
levantar-se contra esta geração para a condenar, porque veio dos confins
da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Ora, aqui está alguém que é
maior do que Salomão!»" (Mt 12, 38-42).</i><br />
<i> </i><br />
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<b>Advertência sobre o pecado</b><br />
Jesus salientou a importância de abandonarmos o pecado. O pecado não é apenas algo que nos desumaniza é para além disso um viver segundo a lógica do mundo, longe da Graça de Deus. Foi para nos libertar do pecado que Jesus nos salvou, não podemos acreditar sem conversão, sem fazermos um caminho de abandono do pecado com a ajuda dos Sacramentos.<br />
<i><sup>"</sup>«Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de responder em juízo. Eu,
porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o
tribunal; quem lhe chamar ‘imbecil’ será réu diante do Conselho; e quem
lhe chamar ‘louco’ será réu da Geena do fogo.
</i><br />
<i>Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa
lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o
teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta. Com o
teu adversário mostra-te conciliador, enquanto caminhardes juntos, para
não acontecer que ele te entregue ao juiz e este à guarda e te mandem
para a prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá até que pagues o último centavo.»" (Mt 5, 21-26)</i>.<br />
<br />
<i>"Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não
foi em teu nome que profetizámos, em teu nome que expulsámos os demónios
e em teu nome que fizemos muitos milagres?’ E, então, dir-lhes-ei: ‘Nunca vos conheci; afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.’" (Mt 7,21-23)</i>.<br />
<br />
<i>"«Mas, se
alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, seria
preferível que lhe suspendessem do pescoço a mó de um moinho e o
lançassem nas profundezas do mar. Ai do mundo, por causa dos
escândalos! São inevitáveis, decerto, os escândalos; mas ai do homem por
quem vem o escândalo!</i><br />
<i>Se a tua mão ou o teu pé são
para ti ocasião de queda, corta-os e lança-os para longe de ti: é melhor
para ti entrares na Vida mutilado ou coxo, do que, tendo as duas mãos
ou os dois pés, seres lançado no fogo eterno. Se a tua vista é para ti
ocasião de queda, arranca-a e lança-a para longe de ti: é melhor para ti
entrares com uma só vista na Vida, do que, tendo os dois olhos, seres
lançado na Geena do fogo.»" (Mt 18, 6-9)</i>. <br />
<br />
<i>"«Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém, digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração.
</i><br />
<i>Portanto, se a tua vista direita for para ti origem
de pecado, arranca-a e lança-a fora, pois é melhor perder-se um dos teus
órgãos do que todo o teu corpo ser lançado à Geena. E se a
tua mão direita for para ti origem de pecado, corta-a e lança-a fora,
porque é melhor perder-se um só dos teus membros do que todo o teu corpo
ser lançado à Geena.»" (Mt 5, 27-30)</i>.<br />
<i><br /></i>
<i>"«Também foi dito: Aquele que se divorciar da sua mulher, dê-lhe documento de divórcio. Eu,
porém, digo-vos: Aquele que se divorciar da sua mulher - excepto em
caso de união ilegal - expõe-na a adultério, e quem casar com a
divorciada comete adultério.»" (Mt 5, 31-32)</i>. <br />
<br />
Perante estas palavras difíceis Jesus indica que com a Graça de Deus é possível abandonarmos o pecado e alcançarmos a Salvação: <i>"Jesus disse, então, aos
discípulos: «Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no
Reino do Céu. Repito-vos: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de
uma agulha, do que um rico entrar no Reino do Céu.» Ao ouvir isto, os
discípulos ficaram estupefactos e disseram: «Então, quem pode
salvar-se?» Fixando neles o olhar, Jesus disse-lhes: «Aos homens é
impossível, mas a Deus tudo é possível.»" (Mt 19, 23-26)</i>.<br />
<br />
<b>A condenação e o Inferno</b><br />
Várias vezes Jesus nos alertou para o perigo de sermos condenados, não por Deus mas porque no mundo já estavamos condenados. Jesus veio nos salvar e para isso é necessário recebe-lo, acreditar e convertermo-nos.<br />
<i>"Digo-vos a vós, meus amigos: Não temais os que matam o corpo e, depois, nada mais podem fazer. Vou
mostrar-vos a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem
o poder de lançar na Geena. Sim, Eu vo-lo digo, a esse é que deveis
temer." (Lc 12, 4-5)</i>.<br />
<i>"Aquele, porém, que me tiver negado diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. <sup>10</sup>E
a todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do Homem, há-de
perdoar-se; mas, a quem tiver blasfemado contra o Espírito Santo, jamais
se perdoará." (Lc 12, 9-10)</i>.<br />
<i>"Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de responder em juízo. Eu,
porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o
tribunal; quem lhe chamar ‘imbecil’ será réu diante do Conselho; e quem
lhe chamar ‘louco’ será réu da Geena do fogo." (Mt 5, 21-22)</i>.<br />
<i>"se a tua vista direita for para ti origem de pecado, arranca-a e lança-a
fora, pois é melhor perder-se um dos teus órgãos do que todo o teu
corpo ser lançado à Geena. E se a tua mão direita for para
ti origem de pecado, corta-a e lança-a fora, porque é melhor perder-se
um só dos teus membros do que todo o teu corpo ser lançado à Geena." (Mt 5, 29-30)</i>. <br />
<br />
Perante este perigo Jesus alerta-nos também para estarmos preparados pois não sabemos quando volta ou quando seremos chamados. Por isso devemos viver na Graça de Deus e acumular um tesouro no Céu.<br />
<i>"Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.’ Deus, porém, disse-lhe: ‘Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?’ Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus." (Lc 12, 19-21)</i>.<br />
<i>"«Estejam apertados os vossos cintos e acesas as vossas lâmpadas. Sede semelhantes aos homens que esperam o seu senhor ao voltar da boda, para lhe abrirem a porta quando ele chegar e bater. Felizes
aqueles servos a quem o senhor, quando vier, encontrar vigilantes! Em
verdade vos digo: Vai cingir-se, mandará que se ponham à mesa e há-de
servi-los. E, se vier pela meia-noite ou de madrugada, e assim os encontrar, felizes serão eles.
</i><br />
<i>Ficai a sabê-lo bem: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não teria deixado arrombar a sua casa. Estai preparados, vós também, porque o Filho do Homem chegará na hora em que menos pensais.»" (Lc 12, 35-40)</i>.<br />
<br />
<br />
<b>Salvação no mundo</b><br />
Jesus falou-nos também para a sedução de pretendermos uma salvação no mundo, uma vida melhor, uma libertação de todas as opressões e dificuldades como se o nosso tesouro estivesse aqui no mundo. É dever do cristão ajudar e trabalhar para termos um mundo melhor, colocarmos nele as sementes do Reino, mas não é esse o fim para que veio Jesus. Jesus pede-nos para elevarmos os nossos olhares e corações para o Céu, é lá a nossa morada e o nosso tesouro. Tudo o que fazemos no mundo faz parte do caminho para chegarmos lá, à nossa verdadeira morada. Assim, Jesus censura aqueles que esperavam que Ele fosse um Messias libertador para a vida no mundo. <br />
<i>"Aquela gente, ao ver o sinal milagroso que Jesus tinha feito, dizia: «Este é realmente o Profeta que devia vir ao mundo!» Por isso, Jesus, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, retirou-se de novo, sozinho, para o monte." (Jo 6, 14-15)</i>.<br />
<i>"Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-me, não por terdes visto
sinais miraculosos, mas porque comestes dos pães e vos saciastes. Trabalhai,
não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a
vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará; pois a este é que Deus, o
Pai, confirma com o seu selo." (Jo 6, 26-27).</i><br />
<i>"Jesus encontrava-se em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Estando à
mesa, chegou uma certa mulher que trazia um frasco de alabastro, com
perfume de nardo puro de alto preço; partindo o frasco, derramou o
perfume sobre a cabeça de Jesus.
</i><br />
<i>Alguns, indignados, disseram entre si: «Para quê este desperdício de perfume? Podia vender-se por mais de trezentos denários e dar-se o dinheiro aos pobres.» E censuravam-na. Mas Jesus disse:
</i><br />
<i>«Deixai-a. Porque estais a atormentá-la? Praticou em mim uma boa acção! Sempre tereis pobres entre vós e podereis fazer-lhes bem quando quiserdes; mas a mim, nem sempre me tereis." (Mc 14, 3-7)</i>.<br />
<i> </i><br />
O momento do milagre da multiplicação dos pães é um exemplo deste desejo. Jesus sacia a multidão não apenas para os ajudar mas sobretudo para mostrar pelo milagre que as Suas obras são de Deus. Jesus pega na fome natural das pessoas para as ajudar a encontrarem a fome de Deus, a vontade de receber o alimento de Vida Eterna. É este milagre um anúncio da Eucaristia.<br />
<br />
<b>Correcção fraterna</b><br />
Jesus ensina-nos a obra de misericórdia de corrigir e ensinar com Caridade: <i>"Se o teu irmão pecar,
vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te der ouvidos, terás ganho o
teu irmão. Se não te der ouvidos, toma contigo mais uma ou duas pessoas,
para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três
testemunhas. Se
ele se recusar a ouvi-las, comunica-o à Igreja; e, se ele se recusar a
atender à própria Igreja, seja para ti como um pagão ou um cobrador de
impostos." (Mt 18, 15-17).</i><br />
Não podemos simplesmente não julgar, é necessário ajudar o próximo.<br />
<br />
<br />
<b>Os maus frutos</b><i> </i><br />
<br />
<i>"Ou admitis que a árvore é
boa e o seu fruto será bom, ou admitis que a
árvore é má e o seu fruto será mau. Porque pelo fruto se conhece a
árvore. Raça de víboras! Como podeis falar de coisas boas, se sois maus?
Porque a boca fala da abundância do coração. O homem bom, do seu bom
tesouro, tira coisas boas; e o homem mau, do seu mau tesouro, tira
coisas más. Ora, Eu digo-vos: de toda a palavra ociosa que os homens
disserem, prestarão contas no dia do juízo. Porque pelas tuas palavras
serás justificado e pelas tuas palavras serás condenado." (Mt 12,
33-37).</i><br />
<br />
<b>Falar com clareza e sem ambiguidade</b><br />
<i>"Seja este o vosso modo de falar: Sim, sim; não, não. Tudo o que for além disto procede do espírito do mal." (Mt 5, 37)</i>.<br />
<br />
<b>Jesus mostrou-nos que fomos criados para conhecer, amar e servir a Deus</b><br />
<i>"Assim falou Jesus. Depois, levantando os olhos ao céu, exclamou: «Pai, chegou a hora! Manifesta a glória do teu Filho, de modo que o Filho manifeste a tua glória, segundo o poder que lhe deste sobre toda a Humanidade, a fim de que dê a vida eterna a todos os que lhe entregaste. Esta é a vida eterna: <u>que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo</u>, a quem Tu enviaste." (Jo 17, 1-3)</i>. <br />
<i>"<u>Assim como o Pai me tem amor, assim Eu vos amo a vós. Permanecei no meu amor.</u> Se
guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, <u>assim como
Eu</u>, que tenho guardado os mandamentos do meu Pai, <u>também permaneço no
seu amor</u>." (Jo 15, 9-10)</i>.<br />
<i>"<u>Ninguém pode servir a dois senhores</u>: ou não gostará de um deles e
estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis
servir a Deus e ao dinheiro." (Mt 6, 24)</i>.<br />
<i>"<u>Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo</u> e quem quiser ser o primeiro entre vós, <u>faça-se o servo de todos</u>. Pois também <u>o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir</u> e dar a sua vida em resgate por todos." (Mc 10, 43-44)</i>.<br />
<br />
<b>"E vós, quem dizeis que Eu sou?" (Mt 16, 15)</b><br />
A esta questão Pedro respondeu que <i>"Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo." (Mt 16, 16)</i>. Está aqui a resposta para conhecermos e reconhecermos o verdadeiro Jesus, <u>Ele é o Messias, o Filho de Deus vivo</u>. Não é apenas um bom amigo, um mestre espiritual, um mestre de vida, Ele é de verdade o Filho de Deus. E do Deus vivo, do Deus que nos criou. É assim também o Messias que nos veio salvar pois no mundo estávamos perdidos, presos no pecado e na morte eterna. É este Jesus que nos mostra o Caminho, a Verdade e a Vida.<br />
Não desperdicemos o dom que Jesus nos dá permanecendo seduzidos a uma imagem cómoda de Jesus, procuremos a Verdade e passemos a viver segundo a Graça de Deus. <br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>"Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há-de julgar os vivos e os mortos,
peço-te encarecidamente, pela sua vinda e pelo seu Reino: proclama a palavra, insiste em tempo propício e fora dele, convence, repreende, exorta com toda a compreensão e competência.</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Virão tempos em que o ensinamento salutar não será aceite, mas as
pessoas acumularão mestres que lhes encham os ouvidos, de acordo com os
próprios desejos. Desviarão os ouvidos da verdade e divagarão ao sabor de fábulas. Tu,
porém, controla-te em tudo, suporta as adversidades, dedica-te ao
trabalho do Evangelho e desempenha com esmero o teu ministério." (2 Tm 4, 1-5)</i></div>
franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-55233250128117433042018-06-26T12:17:00.000+01:002018-06-26T12:17:07.154+01:00ModernismoNo Evangelho Jesus diz-nos que o mundo e a lógica do mundo é contrária a Deus, devido ao pecado. E na sociedade actual vêmos isso, os valores e sentido da vida que é promovido é contrário ao Evangelho. Em muitos casos são propostos de forma tentadora valores opostos aos de Jesus. Por exemplo, hoje em dia é habitual ouvirmos falar de orgulho como um bem, como uma virtude a valorizar, ouvimos falar do orgulho de ser mulher, do orgulho da nossa orientação sexual, do orgulho da nossa raça ou etnia, etc. Mas Jesus o que nos pede é humildade, precisamente o contrário do orgulho, além de que o orgulho é um pecado capital. Se não estivermos atentos facilmente somos levados, mesmo inconscientemente, a seguir valores contrários à vida cristã. Tão longe está a sociedade de Jesus!<br />
Esta oposição que é natural devido ao pecado, como indica o Evangelho, agravou-se devido às filosofias e ideologias que foram sendo criadas no sentido puramente humanista, ou seja, ignorando a Igreja e Deus.<br />
<br />
O grande problema nisto tudo não é a sociedade estar assim, disso Jesus nos avisou. Os próprios Apóstolos, os primeiros cristãos e os primeiros missionários evangelizadores tiveram que enfrentar uma sociedade assim, contrária ao Evangelho. O império romano e os povos bárbaros eram contrários ao Evangelho e no entanto foram evangelizados, levaram-lhes a luz: a Fé e a conversão.<br />
<br />
O grande problema é então quando este espírito do mundo entra nas mentes e corações daqueles que deviam ser o sal e a luz do mundo: os próprios cristãos, principalmente os pastores. E é isso que vêmos acontecer. Este mal tem um nome e fomos avisados para ele: é o modernismo. É o espírito do mundo, com as suas filosofias e ideologias alternativas à Igreja e a Deus, que entra nos corações e nas mentes dos cristãos e dos nossos pastores.<br />
<br />
Vamos ver do que se trata.<br />
<br />
<b>O que não é o modernismo</b> <br />
O modernismo não é termos, pensarmos ou usarmos coisas modernas, ou fazermos as coisas de uma maneira mais moderna. Não existe um erro ou mal nisso por si mesmo. Como indica Santo Inácio de Loyola, devemos usar as coisas na medida em que nos aproximam de Deus e deixá-las na medida em que nos afastam de Deus. Assim, não existe um problema com o uso de coisas modernas, podemos usar computadores, telemóveis avançados, etc., o critério é sempre que nada nos leve ao afastamento de Deus. <br />
<br />
<b>O que é o modernismo? </b><br />
O modernismo é anúnciar um Evangelho adaptado e moldado conforme às ideias e
filosofias modernas, no sentido humanista, segundo o liberalismo e materialismo. É uma
adaptação das doutrinas cristãs para se adequarem ao sentimento de
liberdade do Homem e um obscurecimento da Verdade reduzindo-a ao seu
lado material e natural, esquecendo tudo o que de sobrenatural nela
existe.<br />
Em vez de anúnciarmos o Evangelho e o Homem acreditar e se converter edificando a sua vida em Deus e para Deus é feito o contrário. O Homem vive a sua vida no mundo normalmente como qualquer pessoa de qualquer religião e o Evangelho vem apenas ajudar a viver uma vida melhor, mais realizada.<br />
Assim vêmos que se o modernismo não é heresia facilmente pode-nos levar a ela.<b><br /></b><br />
<br />
<b>Como se detecta e onde se torna evidente o modernismo?</b><br />
O modernismo vê-se sobretudo pelo seguinte aspecto: o Homem é colocado no centro de tudo, é o princípio e fim do que se faz ou pensa. A medida do Bem e da justiça é o Homem e o mundo e não Deus.<br />
Assim, sobressaiem na prática quatro aspectos:<br />
- A incapacidade de fazer alguma coisa apenas para Deus, sem colocar-se a si ou alguém no centro da atenção. Segundo o modernista nada faz sentido se não tiver o Homem como fim ou se do que se faz não for obtido algo para o Homem ou para a vida do Homem na terra. <br />
<br />
- O olhar e pensamento parte sempre do Homem e da sua experiência e a partir daí chega-se a uma conclusão sobre Deus, enquanto que o sentido cristão seria partir da revelação divina e tirar daí conclusões sobre o Homem e para o Homem. Portanto segundo o modernista o Homem imagina Deus enquanto que no sentido cristão seria Deus a iluminar o Homem. Daqui vem todo o relativismo moral e os mandamentos apenas como um ideal, onde tudo se adapta para o suposto bem do Homem, em que o próprio Homem define qual é o seu bem.<br />
<br />
- O modernista demonstra uma grande incoerência, devido à subjectividade e relativização. É capaz de dizer uma coisa com convicção e logo depois fazer ou dizer o seu contrário. Por exemplo, é capaz de ao referir as pessoas que faleceram dizer que estão junto de Deus mas na oração eucarística pedir a Deus que as receba. Nesta incoerência é usada a ambiguidade e a falta de clareza como forma de agradar a quem o ouve. <br />
<br />
- O modernista revela um gosto e vontade de novidades, de movimento. Devido à falta do lado sobrenatural não é capaz de sair de si mesmo e entregar-se a Deus. Assim, para não se aborrecer no silêncio e na tradição necessita sempre de alterar e introduzir novidades que o despertem.<br />
<br />
<br />
<b>O mundo actual</b><br />
Na sociedade actual existe um grande esquecimento de Deus, vive-se como se Deus não existisse. Ao mesmo tempo, enquanto se ignora a mensagem cristã na morte espera-se alcançar um acolhimento da parte de Deus. Existe um sentimento generalizado de que o que devemos ser é "boas pessoas".<br />
Este estado da sociedade moderna começou a ser edificado no renascimento, onde o Homem desenvolve todo o seu pensamento e acção baseando-se nas referências da antiguidade clássica em contraposição ao existente dogmatismo religioso. Esta edificação aprofundou-se ainda mais com o iluminismo, onde a partir de um movimento intelectual e filosófico centram-se as ideias na razão como fonte para alcançar os ideias de liberdade, progresso, tolerância, fraternidade, governo constitucional e separação da Igreja do Estado.<br />
O mundo actual edificou-se ignorando Deus e a Igreja, está edificado na areia! <br />
Vêmos assim já aqui dois pontos que nos afastam de Cristo: um renascimento do Homem realizado por si mesmo, intelectualmente, em contraposição ao renascimento do baptismo. E um iluminismo em que o Homem racionalmente tenta alcançar a paz e liberdade em contraposição à Luz de Cristo, única capaz de alcançar a verdadeira paz e liberdade.<br />
<br />
<b>As sementes</b><br />
Temos então duas sementes da sociedade moderna:<br />
- O liberalismo, em que o Homem pretende alcançar uma liberdade absoluta tendo apenas como limite a liberdade de outros Homens, esquecendo os deveres para com Deus, esquecendo Cristo como nosso Rei e Rocha edificadora da sociedade e esquecendo os deveres e caminho que devemos seguir para sermos dignos de receber as promessas de Cristo e fazermos parte do Seu Reino.<br />
<br />
- O materialismo, em que se ignora todo o lado sobrenatural da existência limitando-nos apenas ao mundo natural e material.Todo o pensar e agir do Homem se refere à sua vida na terra e se alguma vez pensa em Deus é para o ajudar na vida na terra, reduzindo o ser cristão apenas a uma espiritualidade que o completa.<br />
<br />
<b>Os frutos</b><br />
Como fruto principal destas sementes temos o utilitarismo em que quer a vida, quer o que se faz e pensa apenas tem valor se tiver utilidade para o Homem. Daqui surgem facilmente ideias que aceitam o aborto e a eutanásia. O próprio Deus e a religião ficam limitadas a este sentido de utilidade, apenas servem se forem para ajudar a vida na terra.<br />
Outro fruto é o agnosticismo, como o ponto de partida são as filosofias modernas em vez da revelação divina o Homem nada sabe sobre Deus. Parte da dúvida sobre Deus, se existe ou não e a partir dessa dúvida edifica na areia o seu pensar religioso.<br />
Segue-se assim o fruto da imanência vital, como o Evangelho e a revelação divina foram esquecidas e todo o seu pensar é reduzido ao materialismo, ao mundo visível, o Homem parte então do agnosticismo, da dúvida se Deus existe, e procura Deus dentro de si mesmo. O Homem intui por si mesmo como será Deus, se existe e que relação poderá ter connosco. <br />
<br />
<b>Em que o modernismo afecta o nosso ser cristão</b><br />
O modernismo é completamente contrário ao Evangelho, ignora a conversão e não aproxima o Homem de Deus. Ao Homem apenas é dado algo mais para uma vida melhor. Em vez de ser o Homem que se converte a Deus é Deus que se adapta ao Homem.<br />
Numa tabela podemos comparar o que nos diz o modernismo e o que na verdade nos diz o Evangelho, assim vêmos que este pensamento e "evangelização" na forma modernista é contrário ao Evangelho.<br />
<br />
<style>
.tver tr,td {vertical-align:top;}
.tver td {padding:5px;border:1px solid black;}
</style>
<br />
<table class="tver">
<tbody>
<tr><td><center>
<b>Modernismo</b></center>
</td><td><center>
<b>Evangelho</b></center>
</td></tr>
<tr><td>Parte da ignorância se Deus existe ou não</td><td>Jesus revelou-nos a existência do Deus único e verdadeiro, toda a sua vida, a explicação da Palavra de Deus e os milagres deram testemunho da existência de Deus e de que Ele é na verdade o Filho de Deus. Partimos então da certeza de que Deus existe.</td></tr>
<tr><td>O fim do Evangelho e do Reino de Deus é o Homem ter uma vida feliz e plena na terra numa comunidade de irmãos. </td><td>O fim do Evangelho e do Reino de Deus é o Homem salvar a sua alma e alcançar o Céu e fazer parte do Reino de Deus quando o Senhor voltar. Isto faz-se abandonando o pecado, renascendo pelo baptismo, tendo Fé em Deus, amando a Deus com toda a alma e todas as forças e amando o próximo como a nós mesmos.</td></tr>
<tr><td>O horizonte é apenas a vida na terra, nada sabe, pensa ou diz sobre a eternidade, o Céu e o Reino de Deus quando o Senhor vier.</td><td>O nosso horizonte é o Céu e o Reino de Deus quando o Senhor voltar, a vida na terra é uma peregrinação.</td></tr>
<tr><td>Os valores cristãos são reduzidos à sua utilidade na vida do dia a dia, à fraternidade, paz e felicidade entre os Homens.</td><td>Os valores cristãos fazem parte do caminho que fazemos para amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Fazem parte da vida cristã e ajudam-nos para que Deus viva em nós e nós n'Ele.</td></tr>
<tr><td>O único pedido e insistência de conversão é na relação entre os Homens, o pecado e o mal apenas afectam a relação entre os Homens e o mundo.</td><td>A principal conversão é colocarmos o coração em Deus, amá-lO com toda a alma e todas as forças. Se amar-mos a Deus de verdade daremos bons frutos e ama-mos de verdade o nosso próximo. O
pecado e o mal afectam principalmente a relação entre os Homens e Deus.</td></tr>
<tr><td>Nada sabe, pensa ou diz sobre o que acontece depois da morte. Tem uma ideia vaga de que todos vão para Deus, mas não se pensa ou fala sobre isso.</td><td>Depois da morte seremos julgados no juizo particular conforme a nossa Fé e obras, quando o Senhor voltar para instaurar o Seu Reino seremos julgados no juizo universal onde seremos separados conforme a nossa Fé e as nossas obras.</td></tr>
<tr><td>Os mandamentos e toda a doutrina são apenas um ideal em que o que cada um faz depende do seu caso concreto. O fundamental é a felicidade e fraternidade entre os Homens.</td><td>Os
mandamentos e toda a doutrina não são um fardo, são a base para podermos viver a vida cristã e estarmos na Graça de Deus. São para os guardarmos e seguirmos com amor, justiça e misericórdia onde a medida do Bem é a Graça de Deus.</td></tr>
<tr><td>A Fé é subjectiva, é acreditar em algo que não se sabe bem ou em algo de que pouco se sabe porque nos ultrapassa, é acreditar em algo que será Deus e que nos ajuda. Ter Fé depende da experiência que cada um fizer, isto devido ao principio da imanência vital e ao esquecimento do sobrenatural e da revelação divina.</td><td>A Fé é acreditar em Deus e no que nos revelou por Jesus. É acreditar em algo concreto que é Deus e na Verdade. Ainda que algumas coisas pertençam aos mistérios divinos o fundamental para termos Fé e o fundamental que devemos acreditar foi-nos revelado por Jesus. A sua transmissão e o acreditar é feito então com algo concreto, com os artigos da Fé, do Credo e do Pai-Nosso levando a uma conversão real de vida.</td></tr>
<tr><td>A Esperança é de uma vida melhor no mundo, é a paz no mundo, é vivermos todos fraternalmente no mundo.</td><td>A Esperança é de alcançarmos o Céu e o Reino de Deus e de que Deus nos ajuda a alcançarmos esse fim para o qual fomos criados.</td></tr>
<tr><td>A Caridade é solidariedade entre os Homens, amarmo-nos uns aos outros independentemente do amor de Deus.</td><td>A Caridade é amarmos a Deus com toda a nossa alma e todas as nossas forças e por esse amor amarmos o nosso próximo como a nós mesmos.</td></tr>
<tr><td>Deus é apenas amor, onde o amor no sentido humano será colocado no lugar de Deus, devido ao esquecimento da justiça e da santidade.</td><td>Deus
é amor, justiça e santidade. O maior atributo é o amor, mas por ser verdadeiro amor não se esquece da justiça e da santidade de chamar-nos e elevar-nos a valores mais altos.</td></tr>
<tr><td>A Vida que Jesus nos quer dar é uma vida feliz, plena e realizada no mundo.</td><td>A Vida que Jesus nos quer dar é a Graça e a comunhão com Deus. Sermos um só com Deus como Jesus é um só com o Pai. E o pecado impede ou dificulta essa Graça e comunhão.</td></tr>
<tr><td>O Reino de Deus é a comunidade fraternal de irmãos no mundo, de qualquer religião.</td><td>O Reino de Deus na terra é a Igreja, Corpo Místico de Cristo, onde Cristo é a cabeça e nós somos os membros. Quando o Senhor voltar instaurará o Seu Reino, onde de acordo com a nossa Fé e as nossas obras podemos ou não estar eternamente com Deus.</td></tr>
<tr><td>Não existe apenas uma Verdade, cada um faz o seu caminho de busca e procura. </td><td>Jesus deu-nos a Verdade, nela encontramos o que precisamos de saber sobre Deus, sobre nós e sobre a Vida. </td></tr>
<tr><td>Todas as religiões são boas, sendo porventura a cristã a que, de forma imanente, consegue mais perfeitamente dizer-nos mais sobre Deus. </td><td>Todas as religiões podem ter algo de verdadeiro mas contêm erros. Jesus é o verdadeiro Filho de Deus, único Caminho, Verdade e Vida, indicou-nos que ninguém pode ir para o Pai senão por Ele. Só pela religião cristã e na Igreja Católica por Ele fundada temos os elementos todos da salvação. Fora da Igreja não existe salvação é dogma e é o que está no catecismo, fora da Igreja só Deus sabe quem se salva. </td></tr>
<tr><td>A salvação é todos os Homens terem uma vida feliz, plena e realizada no mundo e/ou uma salvação universal, todos vão para Deus desde que sejam "boas pessoas". É algo que não se sabe bem, não podemos limitar a misericórdia de Deus</td><td>A
salvação é salvarmos a alma e alcançarmos o Céu e um lugar no Reino de Deus. Jesus deixou-nos a Igreja como barca de salvação, onde temos os elementos necessários para a alcançarmos. Para a salvação é necessário termos Fé e obras, fora da Igreja não existe salvação é dogma e é o que está no catecismo, fora da Igreja só Deus sabe quem se salva.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>"Estou admirado de que tão depressa vos afasteis daquele que vos chamou pela graça de Cristo, para seguirdes outro Evangelho. Que outro não há; o que há é certa gente que vos perturba e quer perverter o Evangelho de Cristo. Mas, até mesmo se nós ou um anjo do céu vos anunciar como Evangelho o contrário daquilo que vos anunciámos, seja anátema. Como anteriormente dissemos, digo agora mais uma vez: se alguém vos anuncia como Evangelho o contrário daquilo que recebestes, seja anátema.<br />Estarei eu agora a tentar persuadir homens ou a Deus? Ou será que estou a procurar agradar aos homens? Se ainda pretendesse agradar aos homens, não seria servo de Cristo." (Gl 1, 6-10) </i></div>
<br />
<b>Crise de Fé</b><br />
A Fé é um todo em que se acredita, não se pode ignorar ou retirar algo
que não se aceita ou compreende, ou se tem ou não se tem. É um tesouro
que é transmitido de geração em geração, para que nós, os nossos filhos e
netos um dia também acreditem, com aquela alegria de acreditar sem ter
visto.<br />
É importante focarmos a missão neste ponto, no persevar e
transmitir a Fé, com toda a Verdade, todos os artigos do Credo,
Pai-Nosso e doutrina. É importante ajudar a conhecer bem a Fé,
compreender, ajudar a acreditar, à conversão, pedindo a Graça de Deus
para acreditar e ajudar a transmitir. Tudo o resto vem daqui, da Fé.<br />
<br />
Nós
acreditamos em alguém e no que ele nos diz porque esse alguém é de
confiança. Assim é com a Fé, acreditamos em Deus e no que nos revelou
porque em Deus podemos confiar. É com a nossa livre vontade, ajudados
pela Graça de Deus que acreditamos no que nos foi transmitido. É isto
ter Fé, acreditar em Deus e no todo que Deus nos revelou, é este o nosso
tesouro. <br />
Por isso a Fé não está dependente de fazermos ou não a
experiência de Deus, a Fé não é acreditar em algo que nos ajuda e não é
termos apenas um enriquecimento espiritual, também não é não saber o
sentido da vida e o que acontece depois da morte, não é ter Jesus apenas
como amigo e não é encontrar Deus por intuição nossa.<br />
<br />
<i>"Em Portugal se conservará sempre o dogma da Fé"</i>
disse Nossa Senhora de Fátima, e é este o ponto fundamental da nossa
missão pois é onde assenta tudo o resto. Ter Fé, acreditar, em Deus que
nos criou e na Verdade que nos revelou, com a Graça e conversão moldando
a nossa vida na Vida que nos quer dar. <br />
<br />
A crise que vivemos é
uma crise de Fé porque moldamos tudo a um acreditar que sabe mais de nós
do que de Deus. É uma crise presente não só entre os não crentes mas
muitas vezes também entre nós em que a Fé que possuimos já não é a Fé
católica, igual à dos Apóstolos e transmitida ao longo dos séculos.
Muitas vezes parecemos católico-protestantes ou com gestos pagãos de uma
crença incerta.<br />
<br />
A crise de Fé leva à crise moral presente não só
no mundo mas também por vezes em nós quando o nosso modo de vida não
difere muito de quem não acredita. Como diz São Paulo, <i>devemos ser
irrepreensíveis e íntegros, filhos de Deus sem mancha, no meio de uma
geração perversa e corrompida; nela brilhais como astros no mundo (Fl 2,
15)</i>. Mas muitas vezes pouca diferença e brilho existe, com uma Fé
frágil, vazia e sem substância não temos a força para formar e edificar a
nossa vida cristã. <br />
Por aqui já temos casos de quem não coloca os
filhos na catequese em nome de uma suposta liberdade, isto é crise de
Fé, e também é quando em casa não se transmite a Fé e se deixa tudo para
a catequese, também é quando não se leva o filho à missa, também é
quando se reduz a missa a um convivio/celebração da comunidade. <br />
A Igreja existe para ajudar nestes casos, e o mundo precisa que brilhemos e façamos um esforço adicional.<br />
<br />
Por
isso não nos conformemos porque actualmente a
pessoa comum que vive de forma normal, mesmo sem cair em extremos, já
está afastada da vida cristã e da Fé que Cristo nos veio dar, colocando a
salvação em risco e onde o tesouro da Fé não foi recebido nem é
transmitido aos seus filhos e netos.<br />
<br />
<i>"Deus, nosso Salvador, quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (1Tm 2, 3-4)</i> façamos a nossa parte para persevar o dogma da Fé para que todos conhecendo a Verdade se salvem.<br />
<br />
<b>O mundo</b><br />
Nos Evangelhos Jesus fala diversas vezes sobre a oposição que existe entre Ele e o mundo. <br />
<i>"Entreguei-lhes
a tua palavra, e o mundo odiou-os, porque eles não são do mundo, como
também Eu não sou do mundo. Não te peço que os retires do mundo, mas que
os livres do Maligno. De facto, eles não são do mundo, como também Eu
não sou do mundo.<br />Faz que eles sejam teus inteiramente, por meio da
Verdade; a Verdade é a tua palavra. Assim como Tu me enviaste ao mundo,
também Eu os enviei ao mundo, e por eles totalmente me entrego, para que
também eles fiquem a ser teus inteiramente, por meio da Verdade." (Jo
17, 14-19)</i><br />
<br />
O mundo onde nascemos não é compatível com Deus
por causa do pecado e da nossa natureza, fruto do pecado original. Por
isso necessitamos de salvação, sem Jesus já estavamos condenados. É o
abismo que existe entre o mundo e Deus, <i>"entre nós e vós há um grande
abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de
vós, não poderia fazê-lo, nem tão-pouco vir daí para junto de nós." (Lc
16, 26)</i>. <br />
<br />
Pela salvação que Jesus alcançou esse abismo deixa
de existir, e em vez de um abismo temos a possibilidade de uma forte
comunhão, <i>"Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o
meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada. 24Quem não
me tem amor não guarda as minhas palavras; e a palavra que ouvis não é
minha, mas é do Pai, que me enviou." (Jo 14, 23-24)</i>.<br />
<br />
Mas para isto é necessário da nossa parte cooperarmos com a Graça de Deus, acreditarmos na Fé e convertermo-nos.<br />
<br />
O
mundo e a lógica do mundo onde existe o abismo continua, mesmo após o
baptismo precisamos de ajuda para perseverarmos na Fé. Para isso Jesus
deu-nos a Igreja e os sacramentos, principalmente a Hóstia Sagrada o
como alimento da vida eterna.<br />
Não é necessário retirarmo-nos todos
para longe do mundo, temos de nele permanecer mas vivemos de maneira
diferente, passamos a viver para Deus santificando o mundo.<br />
<br />
Assim,
a nossa Esperança não é de um mundo melhor ou uma vida feliz, esses são
os nossos deveres de cristãos que devemos fazer e proporcionar mesmo
aos pecadores e a quem não acredita, tendo sempre Deus como medida do
Bem e não apenas o Homem ou o mundo. Na verdade a nossa Esperança é o
Céu, a vida eterna no Reino de Deus quando o Senhor voltar, aqui na
terra somos peregrinos, dirigimo-nos para a nossa pátria que é o Céu,
como no plano original de Deus, antes do pecado original.<br />
<br />
Por isso no mundo temos uma tarefa importante: escolher e preparar onde vamos passar a eternidade.<br />
Ajudemo-nos
uns aos outros para que seja no Céu, junto do Deus único e verdadeiro
que nos criou por amor, para o conhecermos, amarmos e servirmos.<br />
<br />
É
isto que temos de conseguir dar às nossas crianças e jovens, a Fé e
ajudá-los a converter-se. O maior amor que lhes podemos desejar é que
alcancem o Céu para o qual foram criados! E o Céu não está garantido à
partida, é necessário conversão, acreditar.<br />
<br />
<b>A Fé e o dever</b><br />
No Evangelho na cura do servo do centurião Jesus mostra-nos o que é ter Fé, vejamos:<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>"Entrando em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos:</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.»</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» Respondeu-lhe o centurião:<br />«Senhor,
eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só
palavra e o meu servo será curado. Porque eu, que não passo de um
subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: ‘Vai’, e ele
vai; a outro: ‘Vem’, e ele vem; e ao meu servo: ‘Faz isto’, e ele faz.»<br />Jesus,
ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo:
Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do
Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com
Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do Reino
serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de
dentes.»<br />Disse, então, Jesus ao centurião: «Vai, que tudo se faça
conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado." (Mt 8,
5-13)</i></div>
<br />
<br />
A grande Fé que Jesus
encontra no centurião é esta: O centurião reconhece a existência de Deus
e que Jesus é na verdade o Filho de Deus, a Deus tudo é possível basta
dizer e assim se faz e reconhece a humildade e diferença que existe
entre nós e Deus.<br />
<br />
É este o sentido da Fé, acreditar em Deus e no que nos revelou em Jesus e acreditando vivemos como servos e filhos de Deus.<br />
<br />
A
Fé não está dependente de uma experiência ou encontro, a Fé é
reconhecer e acreditar em Deus. E como Homens e Mulheres que acreditam
edificam a sua vida em Deus e para Deus.<br />
<br />
Nas <a href="http://www.catequesedoporto.com/" target="_blank">XIV jornadas catequéticas</a> da diocese do Porto vem indicado que o catequista é testemunha porque se deixou encontrar, tocar, amar,
transformar por Jesus Cristo e pela comunidade. Ainda que seja sem intenção, tentando mostrar o lado belo, é apresentada
a Fé e a nossa resposta moldada no sentido do mundo e não no sentido do
Evangelho. Isto reduz a Fé a um
sentimento e a nossa resposta deixa de ser humilde para passar a ser
edificada nos beneficios que a Fé me possa dar.<br />
<br />
Esta
ideia de uma Fé que se adquire ou transmite por causa de um sentimento
ou experiência é contrário ao Evangelho, segue a lógica do mundo
centrada no «Eu». Jesus diversas vezes lamentava-se porque as pessoas se
não vissem sinais extraordinários e prodígios não acreditavam (por
exemplo Jo 4, 48). Querendo que a Fé seja adquirida ou transmitida por
causa da um sentimento ou experiência caímos no mesmo erro! A Fé do
centurião era grande porque acreditava em Deus e que Jesus era na
verdade o Filho de Deus e as suas acções correspondiam ao que
acreditava.<br />
<br />
<b>Assim, o catequista é testemunha porque tem Fé, acredita em Deus e no que nos
revelou, assim ama-O, conhece-O e serve-O porque é Deus, e daí amando o
próximo no amor de Deus quer que também eles se salvem e conheçam, amem e
sirvam a Deus. </b><br />
<br />
<u>Precisamos de recuperar o sentido da humildade,
do dever, de praticar o Bem, a justiça, a santidade.</u> Se acreditamos em
Deus e no que nos revelou temos de ser verdadeiros Filhos de Deus,
devemos reconhecer o dever de sermos bons servos e bons filhos, o dever
de praticar o Bem, a justiça, a santidade. <b>Não somos cristãos e levamos
uma vida cristã apenas porque isso é bom para nós, nós somos e fazemos
porque é isso que é justo e verdadeiro. </b><br />
<br />
Jesus sofreu e deu a
vida por nós e indicou-nos o caminho (da porta estreita) que devemos
seguir para recebermos os frutos da Sua redenção e da salvação. É um
convite que nos faz, explicando qual a realidade da vida. A esse convite
respondemos sim ou não. Como podemos perante Jesus que sofreu e deu a
vida por nós dizer-Lhe que primeiro temos de fazer a experiência, o
encontro para vermos se é bom e importante para mim?<br />
<br />
Às nossas
crianças ensinamos que devem respeitar e escutar os mais velhos, não
lhes dizemos para fazerem a experiência de estar com os mais velhos e
depois decidem se os respeitam e escutam. <br />
<br />
Temos de aprender a
conversão, aprender a abandonar o «Eu» e colocar o coração em Deus, o
mundo está edificado no orgulho mas Jesus pede-nos para nos edificarmos
na humildade. Somos a criatura que reconhece o seu criador e tudo o que
fez e faz por ela. <br />
<br />
Não é verdade que na missa rezamos "<i><b>Dêmos graças ao Senhor nosso Deus</b>. <b>É nosso dever, é nossa salvação</b>. Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, <br /><b>é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação</b> dar-Vos graças, sempre e em toda a parte por Cristo, nosso Senhor.</i>", não rezamos também que "<i>Senhor, <b>eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo</b></i>"?<br />
<br />
Não é verdade que no Pai-Nosso rezamos <i>"Venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu"</i>? Pois o vir a nós o Vosso Reino é para Deus ser Nosso Senhor, um Rei bom, justo e misericordioso para com o qual temos deveres como servos e como filhos. A vontade que queremos que seja feita na Terra como no Céu é a vontade de Deus, seguirmos os Seus mandamentos, amá-lO com toda a alma e todas as nossas forças.<br />
<br />
É
esta entrega, este amor de colocarmos Deus sempre em primeiro lugar,
este nosso dever e nossa salvação de darmos graças sempre e em toda a
parte que Jesus nos fala no episódio de Maria e Marta (Lc 10, 38-42).
Maria escolheu a melhor parte, que é escutar Jesus a falar-lhe de Deus e
do Seu Reino. Nesse momento diz-nos também Jesus que está é a única
coisa necessária. <br />
<br />
<i>"Amarás ao Senhor, teu Deus, com
todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o
maior e o primeiro mandamento." (Mt 22, 37-38).</i><br />
<br />
A transmissão da Fé e o acreditar está aqui, <u>entregamo-nos à melhor parte, amar o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente</u>.
Acreditando é um dever que temos para com Deus, não depende de
sentimentos, experiências ou dos benefícios que possamos receber.<br />
<br />
<u>É este amor, dever e entrega a fonte do amor ao próximo</u>.
Quem ama a Deus só pode fazer o que é bom, se pratica o mal mostra que
deixou de amar a Deus. E quem deixa de amar a Deus nenhuma outra coisa
lhe aproveita. É por isso que São Paulo indica <i>"ainda que eu
distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado,
se não tiver amor, de nada me aproveita." (1 Cor 13, 3)</i>. Nada do que
façamos, mesmo que sejam boas obras, nos aproveitam se não vieram da
melhor parte, do amar a Deus sobre todas as coisas. Do reconhecimento e
entrega ao nosso Senhor e nosso Deus.franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-66400531622419634912018-06-21T15:15:00.003+01:002018-06-22T16:46:17.967+01:00Não encontrei ninguém em Israel com tão grande Fé!No Evangelho na cura do servo do centurião Jesus mostra-nos o que é ter Fé, vejamos:<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>"Entrando em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos:</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.»</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» Respondeu-lhe o centurião:<br />«Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: ‘Vai’, e ele vai; a outro: ‘Vem’, e ele vem; e ao meu servo: ‘Faz isto’, e ele faz.»<br />Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.»<br />Disse, então, Jesus ao centurião: «Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado." (Mt 8, 5-13)</i></div>
<br />
<br />
A grande Fé que Jesus encontra no centurião é esta: O centurião reconhece a existência de Deus e que Jesus é na verdade o Filho de Deus, a Deus tudo é possível basta dizer e assim se faz e reconhece a humildade e diferença que existe entre nós e Deus.<br />
<br />
É este o sentido da Fé, acreditar em Deus e no que nos revelou em Jesus e acreditando vivemos como servos e filhos de Deus.<br />
<br />
A Fé não está dependente de uma experiência ou encontro, a Fé é reconhecer e acreditar em Deus. E como Homens e Mulheres que acreditam edificam a sua vida em Deus e para Deus.<br />
<br />
Nas <a href="http://www.catequesedoporto.com/" target="_blank">XIV jornadas catequéticas</a> da diocese do Porto vem indicado que o catequista é testemunha porque se deixou encontrar, tocar, amar,
transformar por Jesus Cristo e pela comunidade. Ainda que seja sem intenção, tentando mostrar o lado belo, é apresentada
a Fé e a nossa resposta moldada no sentido do mundo e não no sentido do
Evangelho. Isto reduz a Fé a um
sentimento e a nossa resposta deixa de ser humilde para passar a ser
edificada nos beneficios que a Fé me possa dar.<br />
<br />
Esta ideia de uma Fé que se adquire ou transmite por causa de um sentimento ou experiência é contrário ao Evangelho, segue a lógica do mundo centrada no «Eu». Jesus diversas vezes lamentava-se porque as pessoas se não vissem sinais extraordinários e prodígios não acreditavam (por exemplo Jo 4, 48). Querendo que a Fé seja adquirida ou transmitida por causa da um sentimento ou experiência caímos no mesmo erro! A Fé do centurião era grande porque acreditava em Deus e que Jesus era na verdade o Filho de Deus e as suas acções correspondiam ao que acreditava.<br />
<br />
<b>Assim, o catequista é testemunha porque tem Fé, acredita em Deus e no que nos
revelou, assim ama-O, conhece-O e serve-O porque é Deus, e daí amando o
próximo no amor de Deus quer que também eles se salvem e conheçam, amem e
sirvam a Deus. </b><br />
<br />
<u>Precisamos de recuperar o sentido da humildade,
do dever, de praticar o Bem, a justiça, a santidade.</u> Se acreditamos em
Deus e no que nos revelou temos de ser verdadeiros Filhos de Deus,
devemos reconhecer o dever de sermos bons servos e bons filhos, o dever
de praticar o Bem, a justiça, a santidade. <b>Não somos cristãos e levamos
uma vida cristã apenas porque isso é bom para nós, nós somos e fazemos
porque é isso que é justo e verdadeiro. </b><br />
<br />
Jesus sofreu e deu a
vida por nós e indicou-nos o caminho (da porta estreita) que devemos
seguir para recebermos os frutos da Sua redenção e da salvação. É um
convite que nos faz, explicando qual a realidade da vida. A esse convite
respondemos sim ou não. Como podemos perante Jesus que sofreu e deu a
vida por nós dizer-Lhe que primeiro temos de fazer a experiência, o
encontro para vermos se é bom e importante para mim?<br />
<br />
Às nossas
crianças ensinamos que devem respeitar e escutar os mais velhos, não
lhes dizemos para fazerem a experiência de estar com os mais velhos e
depois decidem se os respeitam e escutam. <br />
<br />
Temos de aprender a
conversão, aprender a abandonar o «Eu» e colocar o coração em Deus, o
mundo está edificado no orgulho mas Jesus pede-nos para nos edificarmos
na humildade. Somos a criatura que reconhece o seu criador e tudo o que
fez e faz por ela. <br />
<br />
Não é verdade que na missa rezamos "<i><b>Dêmos graças ao Senhor nosso Deus</b>. <b>É nosso dever, é nossa salvação</b>. Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, <br /><b>é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação</b> dar-Vos graças, sempre e em toda a parte por Cristo, nosso Senhor.</i>", não rezamos também que "<i>Senhor, <b>eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo</b></i>"?<br />
<br />
Não é verdade que no Pai-Nosso rezamos <i>"Venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu"</i>?
Pois o vir a nós o Vosso Reino é para Deus ser Nosso Senhor, um Rei
bom, justo e misericordioso para com o qual temos deveres como servos e
como filhos. A vontade que queremos que seja feita na Terra como no Céu é
a vontade de Deus, seguirmos os Seus mandamentos, amá-lO com toda a
alma e todas as nossas forças.<br />
<br />
É esta entrega, este amor de colocarmos Deus sempre em primeiro lugar, este nosso dever e nossa salvação de darmos graças sempre e em toda a parte que Jesus nos fala no episódio de Maria e Marta (Lc 10, 38-42). Maria escolheu a melhor parte, que é escutar Jesus a falar-lhe de Deus e do Seu Reino. Nesse momento diz-nos também Jesus que está é a única coisa necessária. <br />
<br />
<i>"Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento." (Mt 22, 37-38).</i><br />
<br />
A transmissão da Fé e o acreditar está aqui, <u>entregamo-nos à melhor parte, amar o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente</u>. Acreditando é um dever que temos para com Deus, não depende de sentimentos, experiências ou dos benefícios que possamos receber.<br />
<br />
<u>É este amor, dever e entrega a fonte do amor ao próximo</u>. Quem ama a Deus só pode fazer o que é bom, se pratica o mal mostra que deixou de amar a Deus. E quem deixa de amar a Deus nenhuma outra coisa lhe aproveita. É por isso que São Paulo indica <i>"ainda que eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita." (1 Cor 13, 3)</i>. Nada do que façamos, mesmo que sejam boas obras, nos aproveitam se não vieram da melhor parte, do amar a Deus sobre todas as coisas. Do reconhecimento e entrega ao nosso Senhor e nosso Deus.franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-40796953798977038802018-06-20T18:50:00.000+01:002018-06-20T18:51:22.358+01:00Crise de Fé<br />
A Fé é um todo em que se acredita, não se pode ignorar ou retirar algo
que não se aceita ou compreende, ou se tem ou não se tem. É um tesouro
que é transmitido de geração em geração, para que nós, os nossos filhos e
netos um dia também acreditem, com aquela alegria de acreditar sem ter
visto.<br />
É importante focarmos a missão neste ponto, no persevar e
transmitir a Fé, com toda a Verdade, todos os artigos do Credo,
Pai-Nosso e doutrina. É importante ajudar a conhecer bem a Fé,
compreender, ajudar a acreditar, à conversão, pedindo a Graça de Deus
para acreditar e ajudar a transmitir. Tudo o resto vem daqui, da Fé.<br />
<br />
Nós
acreditamos em alguém e no que ele nos diz porque esse alguém é de
confiança. Assim é com a Fé, acreditamos em Deus e no que nos revelou
porque em Deus podemos confiar. É com a nossa livre vontade, ajudados
pela Graça de Deus que acreditamos no que nos foi transmitido. É isto
ter Fé, acreditar em Deus e no todo que Deus nos revelou, é este o nosso
tesouro. <br />
Por isso a Fé não está dependente de fazermos ou não a
experiência de Deus, a Fé não é acreditar em algo que nos ajuda e não é
termos apenas um enriquecimento espiritual, também não é não saber o
sentido da vida e o que acontece depois da morte, não é ter Jesus apenas
como amigo e não é encontrar Deus por intuição nossa.<br />
<br />
<i>"Em Portugal se conservará sempre o dogma da Fé"</i>
disse Nossa Senhora de Fátima, e é este o ponto fundamental da nossa
missão pois é onde assenta tudo o resto. Ter Fé, acreditar, em Deus que
nos criou e na Verdade que nos revelou, com a Graça e conversão moldando
a nossa vida na Vida que nos quer dar. <br />
<br />
A crise que vivemos é
uma crise de Fé porque moldamos tudo a um acreditar que sabe mais de nós
do que de Deus. É uma crise presente não só entre os não crentes mas
muitas vezes também entre nós em que a Fé que possuimos já não é a Fé
católica, igual à dos Apóstolos e transmitida ao longo dos séculos.
Muitas vezes parecemos católico-protestantes ou com gestos pagãos de uma
crença incerta.<br />
<br />
A crise de Fé leva à crise moral presente não só
no mundo mas também por vezes em nós quando o nosso modo de vida não
difere muito de quem não acredita. Como diz São Paulo, <i>devemos ser
irrepreensíveis e íntegros, filhos de Deus sem mancha, no meio de uma
geração perversa e corrompida; nela brilhais como astros no mundo (Fl 2,
15)</i>. Mas muitas vezes pouca diferença e brilho existe, com uma Fé
frágil, vazia e sem substância não temos a força para formar e edificar a
nossa vida cristã. <br />
Por aqui já temos casos de quem não coloca os
filhos na catequese em nome de uma suposta liberdade, isto é crise de
Fé, e também é quando em casa não se transmite a Fé e se deixa tudo para
a catequese, também é quando não se leva o filho à missa, também é
quando se reduz a missa a um convivio/celebração da comunidade. <br />
A Igreja existe para ajudar nestes casos, e o mundo precisa que brilhemos e façamos um esforço adicional.<br />
<br />
Por
isso, venham, não nos conformemos, coloquem dúvidas, questões,
dificuldades, o que não compreendem ou não sabem, porque actualmente a
pessoa comum que vive de forma normal, mesmo sem cair em extremos, já
está afastada da vida cristã e da Fé que Cristo nos veio dar, colocando a
salvação em risco e onde o tesouro da Fé não foi recebido nem é
transmitido aos seus filhos e netos.<br />
<br />
<i>"Deus, nosso Salvador, quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (1Tm 2, 3-4)</i> façamos a nossa parte para persevar o dogma da Fé para que todos conhecendo a Verdade se salvem.<br />
<br />
Nos Evangelhos Jesus fala diversas vezes sobre a oposição que existe entre Ele e o mundo. <br /><i>"Entreguei-lhes
a tua palavra, e o mundo odiou-os, porque eles não são do mundo, como
também Eu não sou do mundo. Não te peço que os retires do mundo, mas que
os livres do Maligno. De facto, eles não são do mundo, como também Eu
não sou do mundo.<br />Faz que eles sejam teus inteiramente, por meio da
Verdade; a Verdade é a tua palavra. Assim como Tu me enviaste ao mundo,
também Eu os enviei ao mundo, e por eles totalmente me entrego, para que
também eles fiquem a ser teus inteiramente, por meio da Verdade." (Jo
17, 14-19)</i><br /><br />O mundo onde nascemos não é compatível com Deus
por causa do pecado e da nossa natureza, fruto do pecado original. Por
isso necessitamos de salvação, sem Jesus já estavamos condenados. É o
abismo que existe entre o mundo e Deus, <i>"entre nós e vós há um grande
abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de
vós, não poderia fazê-lo, nem tão-pouco vir daí para junto de nós." (Lc
16, 26)</i>. <br /><br />Pela salvação que Jesus alcançou esse abismo deixa
de existir, e em vez de um abismo temos a possibilidade de uma forte
comunhão, <i>"Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o
meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada. 24Quem não
me tem amor não guarda as minhas palavras; e a palavra que ouvis não é
minha, mas é do Pai, que me enviou." (Jo 14, 23-24)</i>.<br /><br />Mas para isto é necessário da nossa parte cooperarmos com a Graça de Deus, acreditarmos na Fé e convertermo-nos.<br /><br />O
mundo e a lógica do mundo onde existe o abismo continua, mesmo após o
baptismo precisamos de ajuda para perseverarmos na Fé. Para isso Jesus
deu-nos a Igreja e os sacramentos, principalmente a Hóstia Sagrada o
como alimento da vida eterna.<br />Não é necessário retirarmo-nos todos
para longe do mundo, temos de nele permanecer mas vivemos de maneira
diferente, passamos a viver para Deus santificando o mundo.<br /><br />Assim,
a nossa Esperança não é de um mundo melhor ou uma vida feliz, esses são
os nossos deveres de cristãos que devemos fazer e proporcionar mesmo
aos pecadores e a quem não acredita, tendo sempre Deus como medida do
Bem e não apenas o Homem ou o mundo. Na verdade a nossa Esperança é o
Céu, a vida eterna no Reino de Deus quando o Senhor voltar, aqui na
terra somos peregrinos, dirigimo-nos para a nossa pátria que é o Céu,
como no plano original de Deus, antes do pecado original.<br /><br />Por isso no mundo temos uma tarefa importante: escolher e preparar onde vamos passar a eternidade.<br />Ajudemo-nos
uns aos outros para que seja no Céu, junto do Deus único e verdadeiro
que nos criou por amor, para o conhecermos, amarmos e servirmos.<br /><br />É
isto que temos de conseguir dar às nossas crianças e jovens, a Fé e
ajudá-los a converter-se. O maior amor que lhes podemos desejar é que
alcancem o Céu para o qual foram criados! E o Céu não está garantido à
partida, é necessário conversão, acreditar.<br />
<br />franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-989026042155078890.post-23592171279935742932018-06-15T10:44:00.003+01:002018-06-15T10:44:26.439+01:00É preciso viver, não ir vivendoNa quarta-feira o Papa Francisco na sua audiência geral citou a frase "<i>é preciso viver, não ir vivendo</i>" de uma carta do Beato Pier Giorgio Frassati, vale a pena ler a carta para compreendermos essa diferença entre viver ou ir vivendo.<br />
<br />
A carta pode ser lida <a href="http://vincentians.com/it/lettera-isidoro-bonini-27-febbraio-1925/" target="_blank">aqui</a> em italiano, coloco a minha tradução para português:<br />
<br />
<div style="background-color: #dbdbdb; margin-left: 50px; padding: 10px;">
<i>"Carta para Isidoro Bonini, 27 de Fevereiro de 1925<br /><br />Carissímo,</i><br />
<br />
<i>...Cada vez mais compreendo qual é a Graça de ser Católico. Pobres daqueles desgraçados que não têm Fé: viver sem uma Fé, sem um património a defender, sem perseverar numa luta continua pela Verdade não é viver mas ir vivendo. Não devemos mais ir vivendo mas viver porque mesmo que atravessemos desilusões devemos nos recordar de que somos os únicos que possuímos a Verdade, temos uma Fé a presevar, uma Esperança a alcançar, a nossa Pátria. <span class="notranslate"> E assim banimos qualquer melancolia que só pode existir quando a Fé está perdida. </span><span class="notranslate"><span class="notranslate">As
dores humanas tocam-nos, mas se elas são vistas sob a luz da Religião
e, portanto, de resignação não são prejudiciais, mas saudáveis porque
purificam a Alma dos pequenos mas inevitáveis pontos pelos quais nós
homens, devido à nossa má natureza, muitas vezes nos manchamos.</span></span></i><br />
<i><br /></i>
<i>Nesta santa Quaresma com o Coração ao alto e sempre em frente pelo triunfo do reino de Cristo na sociedade.</i><br />
<i><br /></i>
<i>Saudações cordiais em J.C.</i><br />
<i>Fra Girolamo"</i></div>
<br />
A sociedade vai vivendo, indiferente, descrente ou com uma crença em algo em que o horizonte é apenas aqui na terra.<br />
Devemos viver, ter Fé e acreditar, edificados na Verdade, amando a Deus sobre todas as coisas como Nosso Senhor, Criador de todas as coisas e como nosso Pai. <br />
<br />
Procuremos a Fé que esclarece a Verdade, ajuda-nos a conhecer Deus e a saber o que pretende de nós, pois não se ama o que não se conhece. Deixemos as ilusões do mundo que promete a felicidade na terra, o cristão não procura a felicidade porque já a encontrou no Deus único e verdadeiro, o que o cristão procura e vive é a alegria de acreditar e a forma de a transmitir ao próximo.<br />
<br />
É preciso viver, não ir vivendo!<br />
<br />franciscohttp://www.blogger.com/profile/00891522752536182844noreply@blogger.com0