terça-feira, 27 de março de 2018

Fé é aceitar na Graça a Verdade revelada

"7. A melhor resposta à revelação de Deus é a «obediência da fé (Rom 1,5; cf. Rom 16,26; 2 Cor 10,5-6), com a qual o homem se entrega livre e totalmente a Deus, oferecendo a Deus “revelador a submissão plena da inteligência e da vontade” e dando voluntariamente assentimento à revelação feita por Ele ». A fé é um dom da graça: «Porque para professar esta fé, é necessária a graça de Deus que previne e ajuda, e os outros auxílios internos do Espírito Santo, o qual mova e converta para Deus os corações, abra os olhos da alma, e dê “a todos a suavidade no aderir e dar crédito à verdade” ».
A obediência da fé comporta a aceitação da verdade da revelação de Cristo, garantida por Deus, que é a própria Verdade: « A fé é, antes de mais, uma adesão pessoal do homem a Deus; ao mesmo tempo e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade que Deus revelou ». A fé, portanto, « dom de Deus » e « virtude sobrenatural por Ele infundida », comporta uma dupla adesão: a Deus, que revela, e à verdade revelada por Ele, pela confiança que se tem na pessoa que o afirma. Por isso « não se deve acreditar em mais ninguém, a não ser em Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo ».
Deve, portanto, manter-se firmemente a distinção entre a fé teologal e a crença nas outras religiões. Se fé é aceitar na graça a verdade revelada, « que permite penetrar no seio do mistério, favorecendo a sua inteligência coerente », a crença nas outras religiões é o conjunto de experiência e pensamento, que constitui os tesouros humanos de sabedoria e de religiosidade, que o homem na sua procura da verdade ideou e pôs em prática em referência ao Divino e ao Absoluto." 
Congregação para a doutrina da Fé, Dominus Iesus, 6 de Agosto de 2000

Eis a explicação do magistério da Igreja: Fé é aceitar na Graça a Verdade revelada enquanto o conjunto de experiência, pensamento e sentimentos é apenas crença religiosa. Não é Fé, é apenas uma busca do «Eu» que anda à volta de si mesmo à procura que Deus se revele.

Quanta falta fazem os discípulos do Senhor, que ensinem e expliquem, que nos ajudem a encontrar o que Deus nos revelou, não nos deixando perdidos em nós mesmos!

"Ora, como hão-de invocar aquele em quem não acreditaram? E como hão-de acreditar naquele de quem não ouviram falar? E como hão-de ouvir falar, sem alguém que o anuncie? E como hão-de anunciar, se não forem enviados? Por isso está escrito: Que bem-vindos são os pés dos que anunciam as boas-novas!" (Rm 10, 14-15)

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