Porque é que por todo o mundo existem católicos a pedir a celebração da missa na forma tradicional, também chamada de forma extraordinária do rito romano?
Primeiro resposta a algumas ideias erradas:
Quem pede a forma extraordinária não a pede por causa de ser em latim, nem por nostalgia do latim, mas sim por tudo o que ela contém, o latim nem é o mais importante.
As pessoas entendem a missa em português mas pelo que vemos (falta de vocações, poucos cristãos vão à missa, sacramentos tratados como serviços que a Igreja presta) a vasta maioria não a compreende, vai uma grande distancia entre entender o que é dito em oração até o compreendermos e vivermos. Além de que o que temos em português é uma tradução do missal de 1969 e não do missal usado na forma extraordinária, o texto que supostamente não compreendemos por ser em latim continuamos a não compreender porque o que temos em português é uma tradução de outro texto.
A Igreja sempre teve e tem uma diversidade de ritos, isso não é factor de desunião, antes pelo contrário é ir ao encontro das necessidades das pessoas e da forma que melhor as ajuda a viver uma vida cristã.
Procurar a forma extraordinária não leva a nenhum relativismo litúrgico, pelo contrário, é pelo facto de querermos uma expressão clara da nossa Fé e da liturgia que procuramos a forma extraordinária.
Porque pedimos então a forma extraordinária?
O motivo é porque queremos conhecer, viver e transmitir a Fé da Igreja, a Fé que sempre foi conhecida, vivida e transmitida ao longo dos séculos, desde os Apóstolos passando pelos mártires e diversos Santos. Sendo a missa fonte e centro da vida cristã e a Fé a virtude sobrenatural que alimenta a Esperança e a Caridade e nos leva a uma vida cristã, pedimos então uma missa que de facto nos ajude a viver a Fé da Igreja. A forma extraordinária de facto é verdadeira fonte e expressão da Fé da Igreja.
O que tem a forma extraordinária para de facto ser verdadeira fonte e expressão da Fé?
Em primeiro lugar tem claramente um sacerdote e um altar no qual se oferece o sacrifício da nossa redenção em glória e louvor a Deus e para a nossa salvação e santificação.
Nela vemos claramente que existe uma acção e que essa acção não é nossa mas de Cristo e que não somos nós o centro da atenção mas sim Deus e é a essa acção de Cristo tendo Deus como centro para a qual somos chamados a participar como povo de Deus.
Nela temos uma riqueza de textos e orações que abrangem todas as características do ser cristão: humildade de nos reconhecermos pecadores necessitados da Graça de Deus, contrição para pedirmos perdão, impetração e propiciação por nós e pelos que faleceram, louvor e glória a Deus vendo no nosso Pai as características do que é bom, justo e verdadeiro, a alegria da salvação, a esperança de alcançarmos o Céu que é a nossa verdadeira morada e o amor e união de reconhecermos o nosso próximo como nosso irmão.
Nela temos os salmos de impetração, as orações à Santíssima Trindade, a Avé Maria, a invocação do Espírito Santo, o ofertório que é todo ele uma oração magnífica do pecador que encontra o seu Salvador, que expressa claramente a acção que está a acontecer na missa. Temos as três línguas colocadas na Cruz do Senhor: latim, grego e hebraico. Temos a leitura de São Paulo a alertar-nos para nos examinarmos antes de recebermos o Corpo e Sangue do Senhor. Textos que nos recordam dos requisitos da Fé, da exigência dos preceitos morais, da justiça de Deus, do fim-dos-tempos. Temos o contacto e o realce de importantes e exigentes aspectos da doutrina que nos é transmitida pela Sagrada Escritura e que foi constantemente transmitida ao longo dos séculos praticamente desde os Padres da Igreja. Temos o contacto com a plenitude da Verdade que nos encaminha para a conversão e santificação, sendo este o verdadeiro fim da Sagrada Escritura.
Na evocação e memória dos santos temos um todo uniforme e rico em que as orações os evocam e honram, as leituras salientam as suas virtudes dando-os como exemplo, e o sacrifício eucarístico manifesta a ligação da Igreja Triunfante, representada pela lista de santos no Canon, a todos nós, peregrinos na Igreja Militante. Toda a liturgia expressa a unidade da santificação, mostrando-nos o caminho de santidade: Jesus na Eucaristia e o modelo de santidade que os Santos alcançaram.
Na Palavra que é lida temos além do Jesus que nos ama e procura o nosso bem-estar e felicidade temos também o Jesus que nos recorda do pecado, nos chama à conversão, nos alerta para os perigos que nos afastam de Deus e nos podem levar à condenação eterna.
Ao existirem apenas duas leituras é proporcionado um equilíbrio de distribuição do tempo dando maior ênfase ao Sacrifício Eucarístico como centro e motivo da missa, tornando as leituras num momento de oração e preparação da alma para depois nos unirmos a Jesus no oferecimento do Altar e O recebermos em comunhão.
Ao existir apenas um ciclo anual de leituras facilita a memorização e interiorização dessas leituras, tornando-as em acção de santificação.
Na forma extraordinária temos os sinais e símbolos do Mistério Pascal que celebramos, a sacralidade e beleza do espaço e dos gestos, o silêncio, a beleza e elevação do canto que nos ajudam a elevar a alma a Deus. São aspectos que nos levam à admiração, louvor e gratidão por tudo o que Deus fez por nós. Nela temos o mais sublime acto de oração da Igreja em adoração a Deus, onde de facto podemos dar o nosso melhor.
O facto de ser celebrada orientada para o oriente litúrgico, com o sacerdote como pastor a ir na frente do povo de Deus encaminhando-o e orientando-o no caminho da salvação e da oração, coloca o foco da atenção em Deus mostrando-nos o verdadeiro motivo porque estamos ali. Evoca a nossa esperança enquanto aguardamos a vinda do Senhor no fim-dos-tempos. É uma prática antiga e usada de forma consistente pela Igreja ao longo dos séculos, que sempre foi entendida como sendo uma forma adequada para louvor e glória de Deus. É simplesmente colocar o olhar em Cristo como o ponto de encontro em Deus e o Homem.
A forma como é tratado e reverenciado o Corpo e Sangue do Senhor mostra-nos claramente a verdade da transusbtanciação, que de facto estamos perante já não do pão e do vinho mas do Corpo e Sangue do Senhor, que o alimento que tomamos é de facto do Cordeiro de Deus com o olhar posto no banquete celeste e na vinda do Senhor no fim dos tempos.
Esta forma, pela virtude da religião, chama-nos à santidade, sendo a santidade a nossa união com Deus, a preparação da alma para se unir a Deus, o desejo e vislumbre da bem-aventurança eterna para a qual fomos criados. É esta santidade a verdadeira fonte das boas obras e do amor ao próximo, é ela que nos leva à humildade, castidade, caridade e fraternidade, obediência, penitência, pobreza de espírito, generosidade, à alegria e ao amor.
Com a forma extraordinária temos também os exorcismos do baptismo, as bênçãos, indulgências, devoções tradicionais, o ofício divino, missa de requiem pela alma de quem faleceu, as temporas, um tempo litúrgico após o Pentecostes, e tantos outros elementos que formam a nossa identidade católica.
Em relação ao suposto problema do latim, a leitura da Palavra pode ser feita em português como bem indicou o Papa Emérito Bento XVI, numa época em que felizmente já é elevada a alfabetização, facilmente se acompanha e participa na missa com um missal latim/português. Esse missal será depois bastante útil se for usado em casa como livro de oração pessoal e familiar.
Assim quando pedimos a forma extraordinária pedimos o mesmo que se pede no rito do baptismo segundo a forma extraordinária:
- Que vens pedir à Igreja de Deus?
- A Fé.
- E para que te serve a Fé?
- Para alcançar a vida eterna.
- Então se queres possuir a vida eterna, tens de cumprir os mandamentos: "amarás ao Senhor teu Deus como todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento; e amarás ao teu próximo como a ti mesmo."
A forma extraordinária de facto ajuda-nos a procurar o fim para que fomos criados: a bem-aventurança eterna.
A vós, pastores da Igreja, pedimos a generosidade de a facultardes para que nela possamos participar, pela graça de Deus e pela salvação das almas.
quinta-feira, 8 de agosto de 2019
quinta-feira, 25 de julho de 2019
Confissões
Santo Agostinho, Confissões, final do Livro IX:
"32. Foi conduzido o cadáver à sepultura. Fui e voltei, sem derramar lágrimas. Nem mesmo chorei durante as orações que Vos dirigimos, ao ser oferecido o Sacrifício da nossa redenção pela defunta,
cujo cadáver já estava depositado junto do sepulcro, antes de o
enterrarem, como ali é costume. Nem sequer chorei durante as orações !
Mas todo o dia senti, no meu íntimo, uma tristeza oprimente.
Com o espírito agitado Vos suplicava, com todas as forças, que sarásseis a minha dor. Creio que, se mo não concedíeis, era para gravardes na minha memória, ao menos por esta única experiência, quanto são poderosos os laços do hábito até na alma que já se não alimenta com palavras enganadoras. Lembrei-me de ir ao banho; ouvira dizer que este nome lhe fora dado por causa dos gregos lhe chamarem balanêion, por aliviar o espírito de angústias. Confesso também isso à vossa misericórdia, ó Pai dos órfãos, confesso que depois do banho fiquei como estava, sem conseguir expulsar do coração esta amarga tristeza. Depois adormeci.
Acordei e achei a minha dor bastante mitigada. Estando só, deitado no meu leito, recordei os versos verídicos do vosso Ambrósio: Vós sois, na verdade,
"Deus, Criador de todas as coisas, Regendo o mundo supremo,
Vestindo o dia com a beleza da luz, Vestindo a noite com a graça do sono,
Para que o repouso, ao labor de cada dia, Os membros fatigados restitua,
As mentes cansadas alivie e as tristezas angustiosas dissipe..."
33. Depois, pouco a pouco, voltava aos anteriores sentimentos a respeito da vossa serva. Recordava-me da sua convivência, piedosa para convosco, e santamente afável e paciente para comigo, e que de repente me fora arrebatada. Sentia consolação em chorar ante a vossa presença por causa dela e por ela, e também por causa de mim e por mim. As lágrimas que reprimia, soltei-as para que corressem à vontade, estendendo-as como um leito sob o meu coração. Este repousou nelas, porque aí estavam os vossos ouvidos e não os de qualquer homem que soberbamente interpretasse o meu choro.
Confesso-Vos agora tudo isso, Senhor, por escrito. Leia-o quem quiser, interprete-o como lhe parecer. Se alguém julgar que eu pequei, chorando uns breves minutos por minha mãe — que eu nesses momentos via morta ante os meus olhos e que tantos anos por mim chorara para que eu vivesse aos vossos olhos — , esse não se ria. Mas se é dotado de grande caridade, chore pelos meus pecados diante de Vós, que sois o Pai de todos os irmãos do vosso Cristo.
34. Agora, sarado já o meu coração desta ferida, na qual se poderia censurar a minha sentimentalidade, derramo diante de Vós, meu Deus, pela vossa serva, uma outra espécie de lágrimas. Manam dum espírito comovido pelos perigos que cercam toda a alma "que morre em Adão". Vivificada em Cristo ainda antes de ser libertada da carne, vivia de tal modo que o vosso nome era louvado na sua fé e nos seus bons costumes.
Contudo, não ouso dizer que desde o tempo em que a regenerastes pelo baptismo, não caísse de sua boca alguma palavra oposta à vossa lei. O vosso Filho, que é a Verdade, declarou: "Se alguém chamar 'louco' a seu irmão, será réu do fogo da geena". E ai da vida humana, ainda a mais louvável, se a julgardes sem a vossa misericórdia! Mas porque não examinais as nossas faltas com rigor, confiadamente esperamos algum lugar junto de Vós. Quem, porém, Vos enumera os seus verdadeiros méritos, que outra coisa expõe senão os vossos benefícios? Oh ! se os homens se reconhecessem como homens, "se aquele que se gloria se gloriasse no Senhor!"
35. Por isso, "Deus do meu coração, minha glória e minha vida", esqueço um momento as boas acções de minha mãe, pelas quais alegremente Vos dou graças, para Vos pedir perdão de seus pecados. Ouvi-me em nome d'Aquele que é a Medicina das nossas chagas, que foi suspenso do madeiro da cruz e, sentado "à vossa direita, intercede por nós". Sei que ela praticou a misericórdia e que perdoou de coração as faltas contra ela cometidas; perdoai-lhe também as suas dívidas, se algumas contraiu em tantos anos que se seguiram ao baptismo.
Perdoai-lhe, Senhor, perdoai-lhe, eu Vo-lo suplico, e "não entreis com ela em juízo". "Que a vossa misericórdia supere a vossa justiça", pois são verdadeiras as vossas palavras e prometestes misericórdia aos misericordiosos. Contudo, se alguém foi misericordioso, a Vós o deve, a Vós, "que Vos compadecereis de quem já tiverdes tido piedade e usareis de misericórdia com quem tiverdes sido misericordioso".
36. Creio que fizestes já o que Vos suplico, mas desejo, Senhor, que "aproveis esta oblação voluntária da minha boca". Perto do dia da sua morte, minha mãe não desejou que seu corpo fosse pomposamente sepultado, nem que fosse ungido com aromas, nem ambicionou um túmulo magnífico, nem se preocupou com tê-lo na pátria. Nenhuma destas coisas nos recomendou. Mostrou apenas desejo de que nos lembrássemos dela junto do vosso altar, onde nunca tinha faltado um só dia a render-Vos homenagens, porque sabia que lá se distribui a vítima santa que "destruíra o libelo de condenação, contrário a nós". Com essa vítima triunfou do inimigo que enumera as nossas faltas e procura acusações contra nós. Mas o nosso adversário nada encontrou n'Aquele com quem nós vencemos.
Quem poderá restituir a Cristo Jesus seu sangue inocente? Quem lhe poderá restituir o preço com que nos resgatou do inimigo para nos arrancar dele? Era a este mistério da vossa redenção que a vossa serva ligara a sua alma pelos vínculos da fé. Ninguém a arranque jamais da vossa protecção. Que o leão e o dragão nem à força nem por insidias se entreponham entre ela e Vós. Para que o astuto acusador a não convença e arrebate, ela não responderá que nada deve. Dirá antes que as suas dívidas lhe foram perdoadas por Aquele a quem ninguém pode restituir o que por nós pagou sem ser devedor.
37. Que ela esteja em paz com o marido, já que, anteriormente ou posteriormente à sua união com ele, com ninguém mais se desposou. Serviu-o com paciência, alcançando méritos para também o ganhar para Vós.
Inspirai, meu Senhor e meu Deus, inspirai aos vossos servos, meus irmãos, aos vossos filhos, meus senhores, a quem sirvo pelo coração, pela voz e pela pena, inspirai a todos os que lerem estas páginas que se lembrem, junto ao altar, de Mónica, vossa serva, e de Patrício, outrora seu esposo, pelos quais me introduzistes nesta vida, dum modo tal que eu ignoro.
Que se lembrem, com piedoso afecto, dos que foram meus pais nesta vida transitória e meus irmãos em Vós, nosso Pai, e na Igreja Católica, nossa Mãe, e meus concidadãos na eterna Jerusalém. Por esta suspira o vosso povo na sua peregrinação, desde a partida até ao regresso.
Assim,
graças a estas Confissões, o desejo último de minha mãe será mais
copiosamente cumprido, com as orações de muitos, do que somente com as
minhas."
quinta-feira, 16 de maio de 2019
A mensagem de Fátima e a conversão
Artigo original de Vittorio Messori na la nuova bussola quotidiana, traduzido por Equipe Christo Nihil Praeponere no site do padre Paulo Ricardo:
A mensagem de Fátima, tão politicamente
A mensagem de Fátima, tão politicamente
incorreta quanto o Evangelho
quinta-feira, 18 de abril de 2019
"Fazei isto em memória de Mim"
Do livro "A vida de Cristo" do Venerável Fulton J. Sheen:
"Todas as pessoas que vieram a este mundo vieram para viver. Ele veio para morrer. A morte foi um obstáculo para Sócrates - interrompeu o seu ensino. Mas para Cristo, a morte era o objectivo e o cumprimento da Sua vida, o ouro que Ele estava procurando. Poucas das suas palavras ou acções são inteligíveis sem referência à sua cruz. Ele apresentou-se como um Salvador e não apenas como um mestre. Não significava nada ensinar os Homens a serem bons sem também lhes dar o poder de serem bons, depois de resgatá-los da frustração da culpa.
A história de toda a vida humana começa com o nascimento e termina com a morte. Na Pessoa de Cristo, no entanto, foi a Sua morte que foi a primeira e a Sua vida que foi a última. A escritura descreve-o como "o Cordeiro imolado, por assim dizer, desde o princípio do mundo". Ele foi morto em intenção pelo primeiro pecado e rebelião contra Deus. Não foi tanto que o Seu nascimento lançou uma sombra em Sua vida e assim levou à Sua morte; foi antes que a cruz foi a primeira e lançou sua sombra de volta ao seu nascimento. A Sua foi a única vida no mundo que foi vivida em sentido inverso. Como a flor na fenda da parede diz ao poeta da natureza, e como o átomo é a miniatura do sistema solar, assim também, o Seu nascimento conta o mistério da forca. Ele passou do conhecido para o conhecido, da razão de Sua vinda manifestada por Seu nome "Jesus" ou "Salvador" para o cumprimento de Sua vinda, a saber, a Sua morte na cruz.
João dá-nos a sua pré-história eterna; Mateus, a sua pré-história temporal, por meio da sua genealogia. É significativo o quanto a Sua ascendência temporal estava ligada a pecadores e estrangeiros! Essas manchas na Sua linhagem humana sugerem uma compaixão pelos pecadores e pelos estranhos à Aliança. Ambos os aspectos da Sua compaixão seriam mais tarde lançados contra Ele como acusações: "Ele é amigo dos pecadores"; "Ele é um samaritano." Mas a sombra de um passado manchado prediz o Seu futuro amor pelos manchados pelo pecado. Nascido de uma mulher, Ele era um homem e poderia ser um com toda a humanidade; Nascido de uma virgem, que foi coberta pelo Espírito e "cheia de graça", Ele também estaria fora daquela corrente de pecado que infectou todos os homens."
5. Mas
esta natureza do sacerdócio ministerial vem também colocar na sua verdadeira
luz outra realidade de suma importância, que é o sacerdócio real dos fiéis,
cujo sacrifício espiritual, pelo ministério dos presbíteros, é consumado na
união com o sacrifício de Cristo, único Mediador. Com efeito, a celebração
da Eucaristia é acção de toda a Igreja; nesta acção, cada um intervém fazendo
só e tudo o que lhe pertence, conforme o posto que ocupa dentro do povo de
Deus. E foi isto precisamente o que levou a prestar maior atenção a certos
aspectos da celebração litúrgica que no decurso dos séculos não tinham sido
suficientemente valorizados. Este povo é o povo de Deus, adquirido pelo
Sangue de Cristo, congregado pelo Senhor, alimentado com a sua palavra; povo
chamado para fazer subir até Deus as preces de toda a família humana; povo que
em Cristo dá graças pelo mistério da salvação, oferecendo o seu Sacrifício;
povo, finalmente, que pela comunhão do Corpo e Sangue de Cristo se consolida na
unidade. E este povo, santo na sua origem, vai continuamente crescendo em
santidade, através da participação consciente, activa e frutuosa no mistério
eucarístico.
"Todas as pessoas que vieram a este mundo vieram para viver. Ele veio para morrer. A morte foi um obstáculo para Sócrates - interrompeu o seu ensino. Mas para Cristo, a morte era o objectivo e o cumprimento da Sua vida, o ouro que Ele estava procurando. Poucas das suas palavras ou acções são inteligíveis sem referência à sua cruz. Ele apresentou-se como um Salvador e não apenas como um mestre. Não significava nada ensinar os Homens a serem bons sem também lhes dar o poder de serem bons, depois de resgatá-los da frustração da culpa.
A história de toda a vida humana começa com o nascimento e termina com a morte. Na Pessoa de Cristo, no entanto, foi a Sua morte que foi a primeira e a Sua vida que foi a última. A escritura descreve-o como "o Cordeiro imolado, por assim dizer, desde o princípio do mundo". Ele foi morto em intenção pelo primeiro pecado e rebelião contra Deus. Não foi tanto que o Seu nascimento lançou uma sombra em Sua vida e assim levou à Sua morte; foi antes que a cruz foi a primeira e lançou sua sombra de volta ao seu nascimento. A Sua foi a única vida no mundo que foi vivida em sentido inverso. Como a flor na fenda da parede diz ao poeta da natureza, e como o átomo é a miniatura do sistema solar, assim também, o Seu nascimento conta o mistério da forca. Ele passou do conhecido para o conhecido, da razão de Sua vinda manifestada por Seu nome "Jesus" ou "Salvador" para o cumprimento de Sua vinda, a saber, a Sua morte na cruz.
João dá-nos a sua pré-história eterna; Mateus, a sua pré-história temporal, por meio da sua genealogia. É significativo o quanto a Sua ascendência temporal estava ligada a pecadores e estrangeiros! Essas manchas na Sua linhagem humana sugerem uma compaixão pelos pecadores e pelos estranhos à Aliança. Ambos os aspectos da Sua compaixão seriam mais tarde lançados contra Ele como acusações: "Ele é amigo dos pecadores"; "Ele é um samaritano." Mas a sombra de um passado manchado prediz o Seu futuro amor pelos manchados pelo pecado. Nascido de uma mulher, Ele era um homem e poderia ser um com toda a humanidade; Nascido de uma virgem, que foi coberta pelo Espírito e "cheia de graça", Ele também estaria fora daquela corrente de pecado que infectou todos os homens."
1. Quando Cristo Senhor
estava para celebrar com os discípulos a ceia pascal, na qual instituiu o
sacrifício do seu Corpo e Sangue, mandou preparar uma grande sala mobilada
(Lc 22, 12). A Igreja sempre se sentiu comprometida por este mandato e por isso
foi estabelecendo normas para a celebração da santíssima Eucaristia, no que se
refere às disposições da alma, aos lugares, aos ritos, aos textos. As normas
recentemente promulgadas por vontade expressa do Concílio Vaticano II e o novo
Missal que, de futuro, vai ser usado no rito romano para a celebração da Missa,
constituem mais uma prova da solicitude da Igreja, da sua fé e do seu amor
inquebrantável para com o sublime mistério eucarístico, da sua tradição
contínua e coerente, apesar de certas inovações que foram introduzidas.
Testemunho de fé inalterável.
2. A natureza sacrificial da
Missa, solenemente afirmada pelo Concílio de Trento, de acordo com toda a
tradição da Igreja, foi mais uma vez formulada pelo Concílio Vaticano II,
quando, a respeito da Missa, proferiu estas significativas palavras: “O
nosso Salvador, na Última Ceia, instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo
e Sangue, com o fim de perpetuar através dos séculos, até à sua vinda, o
sacrifício da cruz e, deste modo, confiar à Igreja, sua amada Esposa, o memorial
da sua Morte e Ressurreição”. Esta doutrina do Concílio, encontramo-la
expressamente enunciada, de modo constante, nos próprios textos da Missa.
Assim, o que se exprime de forma concisa nesta frase do Sacramentário Leoniano
“todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício, realiza-se a
obra da nossa redenção” –aparece-nos desenvolvido com toda a clareza e
propriedade nas Orações Eucarísticas. Com efeito, no momento em que o
sacerdote faz a anamnese, dirigindo-se a Deus em nome de todo o povo, dá-Lhe
graças e oferece-Lhe o sacrifício vivo e santo; isto é, a oblação apresentada
pela Igreja e a Vítima por cuja imolação quis o mesmo Deus ser aplacado; e pede
que o Corpo e Sangue de Cristo sejam sacrifício agradável a Deus Pai e salvação
para o mundo inteiro. Deste modo, no novo Missal, a norma da oração (lex
orandi) da Igreja está em consonância perfeita com a sua ininterrupta norma de
fé (lex credendi). Esta ensina-nos que, para além da diferença no modo como
é oferecido, existe perfeita identidade entre o sacrifício da cruz e a sua
renovação sacramental na Missa, a qual foi instituída por Cristo Senhor na
Última Ceia, quando mandou aos Apóstolos que o fizessem em memória d’Ele.
Consequentemente, a Missa é ao mesmo tempo sacrifício de louvor, de acção de
graças, de propiciação, de satisfação.
3. O mistério admirável da presença
real do Senhor sob as espécies eucarísticas, reafirmado pelo Concílio Vaticano
II e outros documentos do Magistério da Igreja exactamente no mesmo sentido em
que tinha sido enunciado e proposto como dogma de fé pelo Concílio Tridentino,
é também claramente expresso na celebração da Missa, não somente nas próprias
palavras da consagração, em virtude das quais Cristo se torna presente por
transubstanciação, mas ainda na forma como, ao longo de toda a liturgia
eucarística, se exprimem os sentimentos de suma reverência e adoração. É este o
motivo que leva o povo cristão a prestar culto peculiar de adoração a tão
admirável Sacramento, na Quinta-Feira da Ceia do Senhor e na solenidade do
Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo.
4. Quanto à natureza do
sacerdócio ministerial, exclusivo do presbítero que em nome de Cristo
oferece o sacrifício e preside à assembleia do povo santo, a própria
estrutura dos ritos, o lugar de preeminência e a função mesma do sacerdote a
põem claramente em relevo. Os atributos desta função ministerial são enunciados
explícita e desenvolvidamente na acção de graças da Missa crismal, na
Quinta-Feira da Semana Santa, precisamente no dia em que se comemora a instituição
do sacerdócio. Nesta acção de graças é claramente afirmada a transmissão do
poder sacerdotal mediante a imposição das mãos; e é descrito este poder,
enumerando as suas diversas funções, como continuação do poder do próprio
Cristo, Sumo Pontífice da Nova Aliança.
quinta-feira, 28 de março de 2019
Cardeal Robert Sarah - "Le soir approche et déjà le jour baisse"
A crise da Fé
Em primeiro lugar temos de considerar que a fé é um dom de Deus, não é um trabalho humano, é um dom de Deus que recebemos da misericórdia de Deus.Em que este consiste este dom?
Deus manifesta-se a nós como aquele que é o nosso caminho, aquele que é o nosso Pai, aquele que nos guia, e nós devemos confiar nele.
A fé é uma confiança absoluta em Deus, é nós confiarmos plenamente nele e termos uma absoluta certeza de que não cairemos porque é uma rocha sólida e a fé é também uma resposta de amor, Deus nos ama.
E nós respondemos a esse amor.
Esta resposta de amor manifesta-se através de uma vida de oração, uma vida de diálogo, uma vida de encontro, de intimidade com o Senhor e, no entanto, tem uma dimensão eclesial, contagiante.
Eu não recebo este dom sozinho, tenho que partilhar com os outros.
Uma fé que não é partilhada arrisca-se a morrer e a fé, que hoje em dia está em crise, é essa absoluta falta de confiança em Deus.
Nós vivemos como se Deus não existisse, é como se matássemos Deus e não necessitássemos d'Ele.
É a Igreja que deve, talvez, ser como a serva para trazer de volta este dom que é oferecido ao Homem de hoje, respeitando a liberdade de cada pessoa.
Não vamos forçar ninguém a acreditar, mas vamos ajudá-lo a direcionar a sua vida para a fonte da sua vida.
Todos nós temos uma fonte, como um rio tem uma fonte, o Homem tem uma fonte de vida, é Deus.
A crise sacerdotal
Esta crise remonta há muito tempo. Não se trata apenas de falar de uma crise do ponto de vista do número de sacerdotes, mas especialmente do ponto de vista de seu compromisso com Cristo, dA sua fidelidade ao celibato, do seu testemunho de vida.Você vê que uma minoria se comporta de maneira escandalosa e ofende o trabalho dos 400.000 sacerdotes que permanecem fiéis e cumprem santamente a sua missão.
E assim, esta crise é real.
Naturalmente é necessário iniciar uma boa formação no seminário, um bom discernimento no recrutamento dos candidatos ao sacerdócio e uma boa formação contínua para que o sacerdote seja fiel à sua vocação missionária, ao seu compromisso com Deus e com a Igreja através do celibato, com o respeito escrupuloso do ensinamento da Igreja, porque aqui também, você sabe, muitos sacerdotes, muitos bispos, ensinam o que querem, contudo a minha doutrina de Jesus não é a minha doutrina, mas a do Pai, todo o sacerdote deveria dizer: "A minha doutrina é a doutrina de Deus, a doutrina da Igreja".
E assim, esta crise do sacerdócio é vasta, real, devemos enfrentá-la com serenidade e não temer em insistir em ir pedir aos sacerdotes que eles sejam santos sacerdotes, que eles tenham a doutrina da Igreja, a doutrina de Deus, que eles tenham um zelo missionário para tornar conhecido o reino de Deus.
Porque hoje poucos homens conhecem a Deus, poucos querem conhecê-lo. É por isso que Ele nos escolheu, precisamente, para que possamos cumprir essa missão de tornar seu reino conhecido, de tornar conhecido o seu amor.
E assim, é uma crise, na minha opinião, benéfica para nos despertar para a nossa missão e para a nossa identidade sacerdotal.
A crise na Igreja
A Igreja não é uma estrutura humana puramente social. A igreja é o prolongamento de Jesus. É Jesus, presente no meio dos homens e esta presença é manifestada pelo seu ensinamento, pela sua maternidade.A Igreja é mãe e educadora.
Ela é uma mãe porque que todos renascemos quando somos batizados na fé da Igreja e ela é educadora porque nos faz crescer nessa fé.
Todos, quando recitamos o Credo, não é o nosso Credo que recitamos, mas o Credo da Igreja, o Credo da nossa mãe.
A Igreja é uma extensão de Jesus, ela é mãe e educadora.
A Igreja faz-nos crescer. E todo o mundo ama a sua mãe, todo o mundo está ligado à sua mãe.
Hoje, todos os cristãos devem se apegar à mãe, mesmo que a sua mãe seja leprosa, mesmo que a sua mãe esteja desfigurada por uma doença, ela continua sendo a sua mãe.
Você deve amá-la, você deve sempre ouvir a voz dela.
Hoje, estamos como que determinados a desfigurar a Igreja, a desprezá-la, a acreditar nela como sendo uma sociedade puramente social que deve lidar com questões sociais, questões de pobreza, questões que dizem respeito ao Homem. Mas a Igreja deve acima de tudo orientar o Homem para as preocupações reais que não são apenas humanas, mas também espirituais.
Ela é uma educadora para nos gerar na vida de Deus, nas preocupações de Deus. E assim, nós realmente temos que nos apegar a ela e amá-la.
É verdade que hoje a Igreja está em crise também. Não é ela quem está em crise, estamos em crise, nós, seus filhos.
Ela é sempre santa, ela é sempre bonita, ela não tem rugas, mas somos nós os filhos, desfigurados, que a desfiguram.
Somos nós que estamos em crise, não a Igreja como tal, porque a Igreja sempre ensina o que Cristo lhe pediu para ensinar.
A Igreja é sempre mãe, como sempre foi mãe, mas nós somos as crianças que já não ouvem a sua voz e ensinam apenas o que querem.
A crise está ao nível dos filhos da Igreja e portanto, é aos filhos da Igreja que será necessário, talvez, ajudar para que eles encontrem este ouvido atento, como Salomão. Este coração que escuta a sua mãe, como o coração de Salomão.
https://fayard.landing-hachette.fr/le-soir-approche-et-deja-le-jour-baisse/
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
Ano missionário - Todos, Tudo e Sempre em Missão
Este ano estamos a viver um ano missionário que de acordo com a Conferência Episcopal vem assinalar o centenário da Carta Apostólica Maximum Illud do Papa Bento XV.
Vale a pena ler a carta apostólica do Papa Bento XV para compreendermos qual a missão a que somos chamados, eis alguns pontos:
- A Igreja de Deus, fiel ao mandato divino, nunca deixou, através dos tempos, de enviar a todo o mundo arautos e ministros da palavra divina que anunciassem a salvação eterna alcançada por Cristo para o género humano.
- Depois da descoberta da América, uma multidão de apóstolos consagrou-se à protecção dos indígenas contra a tirania humana, com a finalidade de os libertar da dura escravidão do demónio.
- Alguns deles, desejando a salvação dos irmãos, a exemplo dos Apóstolos, alcançaram o máximo da perfeição.
- é motivo de grande preocupação constatar como, depois de tantos sofrimentos associados ao anúncio da fé, depois de tantos trabalhos e exemplos de fortaleza, sejam ainda tantos os que permanecem nas trevas e nas sombras da morte
- querendo por compaixão e dever apostólico fazê-los participantes da redenção divina...cada dia aumenta mais, em várias partes da cristandade, o zelo dos bons na promoção e desenvolvimento das Missões no meio dos povos
- quem se consagra ao apostolado das Missões, abandona pátria, família e parentes; aventura-se frequentemente numa viagem grande e perigosa, disposto a suportar qualquer sofrimento a fim de ganhar mais pessoas para Cristo.
- quem preside a uma Missão...deverá responder pela salvação de todos os habitantes daquela região. Por essa razão não se deve contentar em ter conquistado para a fé, entre aquela multidão, alguns milhares de pessoas: procure cultivar e manter aqueles que ofereceu a Jesus Cristo, de maneira que ninguém regresse ao caminho da perdição. Não julgue ter conseguido completar o seu dever, se antes não tiver colocado todas as suas forças na cristianização também dos restantes que não conhecem Cristo, que é a missão maior.
- o superior da Missão...deve ser solícito apenas pela glória de Deus e a salvação das almas
- o superior da Missão...chame cooperadores de qualquer lado que o ajudem no seu ministério, sem se importar com a Ordem ou a nacionalidade, “desde que, de qualquer modo (…), Cristo seja anunciado”
- obras de caridade são um meio muito eficaz nas mãos da Providência divina para a propagação da fé.
- é conveniente que existam sacerdotes capazes de apontar aos seus concidadãos, como mestres e guias, o caminho da salvação eterna
- vós, queridos filhos que cultivais a vinha do Senhor e de quem depende mais directamente a propagação da verdade cristã e a salvação de tantas pessoas.
- é necessário que tenhais uma grande estima pela vossa sublime vocação. Tende em conta que a tarefa que vos está confiada é absolutamente divina e está acima dos pequenos interesses humanos, porque levais a luz a quem jaz nas sombras da morte e abris as portas do céu a quem estava a caminhar para o abismo.
- recordai-vos que não deveis difundir o reino dos homens, mas o de Cristo; não vos compete aumentar o numero de cidadãos para a pátria terrena, mas para a pátria celeste
- o Missionário [não] deve procurar outros ganhos que não sejam ganhar almas.
- procurar única e convenientemente a glória de Deus – como deve – e, para a promover salvando o seu próximo
- É frequente o Missionário encontrar-se sem livros e sem a possibilidade de consultar qualquer pessoa mais experiente, quando precisa de responder a objecções contra a fé e resolver questões e problemas difíceis
- não seria conveniente que os pregadores da verdade fossem inferiores aos ministros do erro.
- a pregação do Evangelho é a única finalidade para a qual foi enviado por Deus.
- aqueles que se preparam para o apostolado, é indispensável acima de tudo – como dissemos – a santidade de vida. É necessário que seja um homem de Deus aquele que prega Deus; e odeie o pecado aquele tal ódio ensina.
- Reconhecido para com Deus que o chamou para uma missão tão sublime, está disposto a tudo, a tolerar generosamente as dificuldades, os insultos, a fome, as privações, até a morte mais cruel, para resgatar uma só alma.
- a propagação da sabedoria cristã é, toda ela, uma intervenção divina, porque só Deus sabe entrar no íntimo de cada um, iluminar as mentes com o esplendor da verdade, acender nos corações a chama da virtude e fornecer ao homem as energias necessárias para que possa abraçar e seguir aquilo que ele reconheceu como verdadeiro e bom.
- quem terá mais necessidade da nossa ajuda fraterna do que aquele que desconhece Deus, estando à mercê das mais desenfreadas paixões e sob a duríssima tirania do demónio?
- todos aqueles que contribuem – segundo as próprias forças – para os iluminar, sobretudo ajudando a obra dos Missionários, prestam a Deus o testemunho mais agradável da sua gratidão por lhes ter dado o dom da fé.
- quando os Superiores tiverem conhecimento que os seus Missionários conseguiram felizmente trazer alguma população das superstições para a sabedoria cristã e aí tiverem fundado uma Igreja suficientemente estável, permitam que tais veteranos de Cristo se transfiram para ir resgatar outro povo das mãos do diabo, deixando a outros – sem lamentações – a tarefa de fazer crescer e melhorar o que eles próprios entregaram a Cristo.
- Quanto mais se deve observar a lei da caridade neste caso, tratando-se não só de socorrer uma infinita quantidade de gente que enfrenta a miséria e a fome, mas também e principalmente de resgatar uma multidão imensa da escravidão de satanás para a liberdade dos filhos de Deus?
A carta diz-nos, que sem o Evangelho somos escravos do pecado e do mal, Jesus sofreu, morreu e ressuscitou para que possamos receber as graças sobrenaturais para alcançarmos a liberdade de sermos filhos adoptivos de Deus, é necessário o baptismo e a conversão e na Fé e nas boas obras devemos perseverar para não recairmos na perdição e podermos assim alcançar a vida eterna no Céu. Neste anúncio como diz o início da Didaqué «Existem dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte. Há uma grande diferença entre os dois.», é encontrar a Verdade e permanecer fiel ao que é verdadeiro e bom, torna-se fascinante pois não é sobre nós nem sobre a nossa felicidade no mundo, é sobre Deus e a Vida. É encontrar em Deus a plenitude do Bem mesmo que tenhamos (e diz-nos o Evangelho que temos) de levar a nossa vida com sacrifício. É sobre Deus e o que Deus fez por nós, interpela-nos para Lhe correspondermos com a nossa vida. A Igreja torna-se assim a mãe e mestra da Verdade de Deus, é a Casa de Deus lugar dos pecadores que os ajuda a alcançar a bem-aventurança eterna.
Vale a pena ler a carta apostólica do Papa Bento XV para compreendermos qual a missão a que somos chamados, eis alguns pontos:
- a missão que Nosso Senhor Jesus
Cristo confiou aos seus discípulos continua "até ao fim dos tempos, isto
é, enquanto existirem na terra pessoas para salvar pelo ensino da
verdade."
- A Igreja de Deus, fiel ao mandato divino, nunca deixou, através dos tempos, de enviar a todo o mundo arautos e ministros da palavra divina que anunciassem a salvação eterna alcançada por Cristo para o género humano.
- Depois da descoberta da América, uma multidão de apóstolos consagrou-se à protecção dos indígenas contra a tirania humana, com a finalidade de os libertar da dura escravidão do demónio.
- Alguns deles, desejando a salvação dos irmãos, a exemplo dos Apóstolos, alcançaram o máximo da perfeição.
- é motivo de grande preocupação constatar como, depois de tantos sofrimentos associados ao anúncio da fé, depois de tantos trabalhos e exemplos de fortaleza, sejam ainda tantos os que permanecem nas trevas e nas sombras da morte
- querendo por compaixão e dever apostólico fazê-los participantes da redenção divina...cada dia aumenta mais, em várias partes da cristandade, o zelo dos bons na promoção e desenvolvimento das Missões no meio dos povos
- quem se consagra ao apostolado das Missões, abandona pátria, família e parentes; aventura-se frequentemente numa viagem grande e perigosa, disposto a suportar qualquer sofrimento a fim de ganhar mais pessoas para Cristo.
- quem preside a uma Missão...deverá responder pela salvação de todos os habitantes daquela região. Por essa razão não se deve contentar em ter conquistado para a fé, entre aquela multidão, alguns milhares de pessoas: procure cultivar e manter aqueles que ofereceu a Jesus Cristo, de maneira que ninguém regresse ao caminho da perdição. Não julgue ter conseguido completar o seu dever, se antes não tiver colocado todas as suas forças na cristianização também dos restantes que não conhecem Cristo, que é a missão maior.
- o superior da Missão...deve ser solícito apenas pela glória de Deus e a salvação das almas
- o superior da Missão...chame cooperadores de qualquer lado que o ajudem no seu ministério, sem se importar com a Ordem ou a nacionalidade, “desde que, de qualquer modo (…), Cristo seja anunciado”
- obras de caridade são um meio muito eficaz nas mãos da Providência divina para a propagação da fé.
- é conveniente que existam sacerdotes capazes de apontar aos seus concidadãos, como mestres e guias, o caminho da salvação eterna
- vós, queridos filhos que cultivais a vinha do Senhor e de quem depende mais directamente a propagação da verdade cristã e a salvação de tantas pessoas.
- é necessário que tenhais uma grande estima pela vossa sublime vocação. Tende em conta que a tarefa que vos está confiada é absolutamente divina e está acima dos pequenos interesses humanos, porque levais a luz a quem jaz nas sombras da morte e abris as portas do céu a quem estava a caminhar para o abismo.
- recordai-vos que não deveis difundir o reino dos homens, mas o de Cristo; não vos compete aumentar o numero de cidadãos para a pátria terrena, mas para a pátria celeste
- o Missionário [não] deve procurar outros ganhos que não sejam ganhar almas.
- procurar única e convenientemente a glória de Deus – como deve – e, para a promover salvando o seu próximo
- É frequente o Missionário encontrar-se sem livros e sem a possibilidade de consultar qualquer pessoa mais experiente, quando precisa de responder a objecções contra a fé e resolver questões e problemas difíceis
- não seria conveniente que os pregadores da verdade fossem inferiores aos ministros do erro.
- a pregação do Evangelho é a única finalidade para a qual foi enviado por Deus.
- aqueles que se preparam para o apostolado, é indispensável acima de tudo – como dissemos – a santidade de vida. É necessário que seja um homem de Deus aquele que prega Deus; e odeie o pecado aquele tal ódio ensina.
- Reconhecido para com Deus que o chamou para uma missão tão sublime, está disposto a tudo, a tolerar generosamente as dificuldades, os insultos, a fome, as privações, até a morte mais cruel, para resgatar uma só alma.
- a propagação da sabedoria cristã é, toda ela, uma intervenção divina, porque só Deus sabe entrar no íntimo de cada um, iluminar as mentes com o esplendor da verdade, acender nos corações a chama da virtude e fornecer ao homem as energias necessárias para que possa abraçar e seguir aquilo que ele reconheceu como verdadeiro e bom.
- quem terá mais necessidade da nossa ajuda fraterna do que aquele que desconhece Deus, estando à mercê das mais desenfreadas paixões e sob a duríssima tirania do demónio?
- todos aqueles que contribuem – segundo as próprias forças – para os iluminar, sobretudo ajudando a obra dos Missionários, prestam a Deus o testemunho mais agradável da sua gratidão por lhes ter dado o dom da fé.
- quando os Superiores tiverem conhecimento que os seus Missionários conseguiram felizmente trazer alguma população das superstições para a sabedoria cristã e aí tiverem fundado uma Igreja suficientemente estável, permitam que tais veteranos de Cristo se transfiram para ir resgatar outro povo das mãos do diabo, deixando a outros – sem lamentações – a tarefa de fazer crescer e melhorar o que eles próprios entregaram a Cristo.
- Quanto mais se deve observar a lei da caridade neste caso, tratando-se não só de socorrer uma infinita quantidade de gente que enfrenta a miséria e a fome, mas também e principalmente de resgatar uma multidão imensa da escravidão de satanás para a liberdade dos filhos de Deus?
- Estimulados pelo seu exemplo, robustecer-se-ão as fileiras de
missionários que, sustentados pelas orações e a generosidade das pessoas
boas, conquistarão muitos outros para Cristo.
A carta diz-nos, que sem o Evangelho somos escravos do pecado e do mal, Jesus sofreu, morreu e ressuscitou para que possamos receber as graças sobrenaturais para alcançarmos a liberdade de sermos filhos adoptivos de Deus, é necessário o baptismo e a conversão e na Fé e nas boas obras devemos perseverar para não recairmos na perdição e podermos assim alcançar a vida eterna no Céu. Neste anúncio como diz o início da Didaqué «Existem dois caminhos: o caminho da vida e o caminho da morte. Há uma grande diferença entre os dois.», é encontrar a Verdade e permanecer fiel ao que é verdadeiro e bom, torna-se fascinante pois não é sobre nós nem sobre a nossa felicidade no mundo, é sobre Deus e a Vida. É encontrar em Deus a plenitude do Bem mesmo que tenhamos (e diz-nos o Evangelho que temos) de levar a nossa vida com sacrifício. É sobre Deus e o que Deus fez por nós, interpela-nos para Lhe correspondermos com a nossa vida. A Igreja torna-se assim a mãe e mestra da Verdade de Deus, é a Casa de Deus lugar dos pecadores que os ajuda a alcançar a bem-aventurança eterna.
terça-feira, 29 de janeiro de 2019
Fomos feitos para Vós
A Vida é um meio que está ordenado para um fim: a total e eterna comunhão com Deus no Céu. Cada acção nossa deve ter esta realidade em consideração.
Esse fim não nos era possível alcançar se Deus não enviasse o Seu Filho ao mundo para nos salvar, pela Sua oferta de amor na Cruz sofrendo e morrendo por nós resgatou-nos do pecado e da morte eterna.
Esta é a oferta que Deus tem para nós, não é automática, temos de acolher e cooperar com a Graça de Deus, com Fé, com contrição abandonando o pecado, seguindo os mandamentos, praticando as boas obras.
Jesus mostra-nos a Verdade, ensina-nos as doutrinas, os mandamentos, as boas obras, as bem-aventuranças... estas não são moralismos ou apenas regras, são Vida, são a forma de cooperarmos e acolhermos a Graça de Deus, de realmente fazermos o Bem e promovermos a Justiça, são a forma de alcançarmos o fim para que fomos criados.
As pessoas não sabem qual o sentido do Ofertório e os pais não vêm necessidade de serem os primeiros a transmitir a Fé e a irem com os filhos à missa, isto é sinal de que se perdeu completamente o sentido da mensagem cristã.
A Igreja não é um clube para nos sentirmos bem, não nos vem trazer apenas uma proposta de felicidade. Propostas de felicidade, alegria no mundo e um mundo melhor é o que recebemos das várias comunidades protestantes, que se dividem em tantas porque cada uma quer Deus à sua maneira onde o importante é sermos felizes. Isso não é a Igreja Católica.
A Igreja Católica anuncia Deus e a Verdade, ajuda-nos a alcançar o fim para que fomos criados: a salvação da nossa alma na total e eterna comunhão com Deus no Céu. Ensina-nos e lembra-nos a cumprir os mandamentos porque para praticarmos o Bem necessitamos da ajuda de Deus, necessitamos da Sua Lei e do Seu Amor, sem Ele não somos realmente bons.
Como é possível numa capela mortuária não existir um crucifixo? Perdemos completamente a noção... Como é possível não acolhermos as pessoas com Senhor na Cruz?
Sem o amor da Cruz estamos apenas a criar uma alegria artificial, um faz de conta, abandonamos o jugo do Senhor, esquecemos o fim para que fomos criados em troca de uma suposta proposta de felicidade no mundo.
Penso que não são os pais que deixam a Igreja em segundo plano, não são os fieis que esqueceram o sentido do ofertório, estes foram abandonados por quem os devia ensinar. Os pastores abandonaram a Cruz do Senhor, como as comunidades protestantes apenas oferecem propostas de felicidade no mundo e as pessoas realmente estão felizes na ignorância, sem irem à missa.
Ser católico parte da humildade de reconhecermos que somos pecadores e de que necessitamos de Deus. Necessitamos não apenas para a nossa vida ser melhor, ter mais sentido e que as coisas nos corram bem, essas coisas podemos pedir a Deus considerando que não são um fim em si mesmo mas para nos ajudar a alcançar o Céu.
Como católicos reconhecemos de que necessitamos de Deus para fazermos realmente o que é bom e justo, para fazermos o bem, para vencermos o pecado original e as fragilidades da natureza humana. Reconhecemos de que necessitamos de Deus para alcançarmos o Céu.
É uma atitude de humildade, de grande beleza quando se consegue ver a Verdade. Como toda a criação louva e honra a Deus também nós, por Ele criados, o devemos fazer. Como seres com inteligência e vontade devemos entregar-nos a essa tarefa com grande dedicação: louvar e honrar a Deus, em corpo e alma. E essa atitude começa na humildade de reconhecer o Criador e o Pai de que necessitamos.
Infelizmente o mundo moderno alicerça-se na busca da liberdade absoluta, da igualdade absoluta. Sem o notarmos vivemos na soberba de não querermos reconhecer de que necessitamos de Deus. E assim se criam grupos e comunidades onde Deus não é uma necessidade, não é a origem e fim do Homem, mas sim apenas algo adicional a nós mesmos que nos preenche, nos ajuda. E assim vivemos, em que o «Eu e a minha felicidade» é o que necessitamos, é o nosso desejo e destino, Deus servirá para alcançarmos esse desejo. Pobres de nós abandonados à soberba do mundo como edificação da nossa vida.
Na semana passada em Nova York foi aprovada uma lei que permite o aborto até antes do nascimento, eis onde nos leva o «progresso» que recusa reconhecer a necessidade de Deus e qual é realmente o fim para que fomos criados.
Termos uma mesa à volta da qual celebramos uma festa e celebramo-nos a nós mesmos é fácil, difícil é termos um Altar onde oferecemos a Deus o Sacrifício Perpétuo para a Sua glória e louvor e para a remissão dos nossos pecados.
"quem nunca pecou que atire a primeira pedra", a missa é lugar dos pecadores, dos que reconhecem Deus, a missa é sobre Deus e sobre o que Deus fez por nós.
Devemos voltar para casa e sermos católicos de verdade, não nos deixarmos iludir por promessas de felicidade e momentos de alegria artificial e efémera. O nosso destino vive da Verdade, do cumprimento dos mandamentos e da Lei, do desejo de seguirmos e conhecermos a vontade de Deus. Qualquer mensagem, evangelização e promessa tem de partir daqui, se não partir da humildade de querermos seguir e conhecer a vontade de Deus é apenas ilusão e promessas fáceis.
Esse fim não nos era possível alcançar se Deus não enviasse o Seu Filho ao mundo para nos salvar, pela Sua oferta de amor na Cruz sofrendo e morrendo por nós resgatou-nos do pecado e da morte eterna.
Esta é a oferta que Deus tem para nós, não é automática, temos de acolher e cooperar com a Graça de Deus, com Fé, com contrição abandonando o pecado, seguindo os mandamentos, praticando as boas obras.
Jesus mostra-nos a Verdade, ensina-nos as doutrinas, os mandamentos, as boas obras, as bem-aventuranças... estas não são moralismos ou apenas regras, são Vida, são a forma de cooperarmos e acolhermos a Graça de Deus, de realmente fazermos o Bem e promovermos a Justiça, são a forma de alcançarmos o fim para que fomos criados.
As pessoas não sabem qual o sentido do Ofertório e os pais não vêm necessidade de serem os primeiros a transmitir a Fé e a irem com os filhos à missa, isto é sinal de que se perdeu completamente o sentido da mensagem cristã.
A Igreja não é um clube para nos sentirmos bem, não nos vem trazer apenas uma proposta de felicidade. Propostas de felicidade, alegria no mundo e um mundo melhor é o que recebemos das várias comunidades protestantes, que se dividem em tantas porque cada uma quer Deus à sua maneira onde o importante é sermos felizes. Isso não é a Igreja Católica.
A Igreja Católica anuncia Deus e a Verdade, ajuda-nos a alcançar o fim para que fomos criados: a salvação da nossa alma na total e eterna comunhão com Deus no Céu. Ensina-nos e lembra-nos a cumprir os mandamentos porque para praticarmos o Bem necessitamos da ajuda de Deus, necessitamos da Sua Lei e do Seu Amor, sem Ele não somos realmente bons.
Como é possível numa capela mortuária não existir um crucifixo? Perdemos completamente a noção... Como é possível não acolhermos as pessoas com Senhor na Cruz?
Sem o amor da Cruz estamos apenas a criar uma alegria artificial, um faz de conta, abandonamos o jugo do Senhor, esquecemos o fim para que fomos criados em troca de uma suposta proposta de felicidade no mundo.
Penso que não são os pais que deixam a Igreja em segundo plano, não são os fieis que esqueceram o sentido do ofertório, estes foram abandonados por quem os devia ensinar. Os pastores abandonaram a Cruz do Senhor, como as comunidades protestantes apenas oferecem propostas de felicidade no mundo e as pessoas realmente estão felizes na ignorância, sem irem à missa.
Ser católico parte da humildade de reconhecermos que somos pecadores e de que necessitamos de Deus. Necessitamos não apenas para a nossa vida ser melhor, ter mais sentido e que as coisas nos corram bem, essas coisas podemos pedir a Deus considerando que não são um fim em si mesmo mas para nos ajudar a alcançar o Céu.
Como católicos reconhecemos de que necessitamos de Deus para fazermos realmente o que é bom e justo, para fazermos o bem, para vencermos o pecado original e as fragilidades da natureza humana. Reconhecemos de que necessitamos de Deus para alcançarmos o Céu.
É uma atitude de humildade, de grande beleza quando se consegue ver a Verdade. Como toda a criação louva e honra a Deus também nós, por Ele criados, o devemos fazer. Como seres com inteligência e vontade devemos entregar-nos a essa tarefa com grande dedicação: louvar e honrar a Deus, em corpo e alma. E essa atitude começa na humildade de reconhecer o Criador e o Pai de que necessitamos.
Infelizmente o mundo moderno alicerça-se na busca da liberdade absoluta, da igualdade absoluta. Sem o notarmos vivemos na soberba de não querermos reconhecer de que necessitamos de Deus. E assim se criam grupos e comunidades onde Deus não é uma necessidade, não é a origem e fim do Homem, mas sim apenas algo adicional a nós mesmos que nos preenche, nos ajuda. E assim vivemos, em que o «Eu e a minha felicidade» é o que necessitamos, é o nosso desejo e destino, Deus servirá para alcançarmos esse desejo. Pobres de nós abandonados à soberba do mundo como edificação da nossa vida.
Na semana passada em Nova York foi aprovada uma lei que permite o aborto até antes do nascimento, eis onde nos leva o «progresso» que recusa reconhecer a necessidade de Deus e qual é realmente o fim para que fomos criados.
Termos uma mesa à volta da qual celebramos uma festa e celebramo-nos a nós mesmos é fácil, difícil é termos um Altar onde oferecemos a Deus o Sacrifício Perpétuo para a Sua glória e louvor e para a remissão dos nossos pecados.
"quem nunca pecou que atire a primeira pedra", a missa é lugar dos pecadores, dos que reconhecem Deus, a missa é sobre Deus e sobre o que Deus fez por nós.
Devemos voltar para casa e sermos católicos de verdade, não nos deixarmos iludir por promessas de felicidade e momentos de alegria artificial e efémera. O nosso destino vive da Verdade, do cumprimento dos mandamentos e da Lei, do desejo de seguirmos e conhecermos a vontade de Deus. Qualquer mensagem, evangelização e promessa tem de partir daqui, se não partir da humildade de querermos seguir e conhecer a vontade de Deus é apenas ilusão e promessas fáceis.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
Presença
"O pai respondeu-lhe: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu."
(Lucas 15, 31)
Na parábola do filho pródigo, em Lucas 15, a presença do Pai é o Seu presente ao filho mais velho. Se isto não é para nós suficiente, então nada será.
É isso que Jesus nos veio dar: "Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste." (João 17, 3).
Se a possibilidade de conhecermos Deus, sabermos a Sua vontade, conhecermos a Verdade e moldarmos a nossa vida na Graça de Deus segundo o Bem que é o próprio Deus não é para nós suficiente, então nada será.
Subscrever:
Mensagens (Atom)